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Caldeirão da Bolsa

"O que está a dar"

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por remediado » 30/7/2012 17:26

:?
pessoalmente sempre investi no curto prazo com objectivos a longo prazo... e sempre beneficiei da capitalização , a capitalização não é um privilégio dos investimentos a longo prazo, é uma decisão que é tomada pelo investidor, investindo no curto prazo podes capitalizar ou não os rendimentos,é uma opção...
quanto a assegurar um rendimento superior por um longo período é relativo...pode acontecer se a conjuntura melhorar e fazer diminuir o rendimento no futuro relativo há subscrição do mesmo produto, mas o contrário é tambem possível...
o curto prazo tem a vantagem de poder alterar ou corrigir a estratégia em pouco tempo, mesmo que esta passe a ser o longo prazo...mantem o poder de decisão.
no fundo o que interessa é saber o que queremos, definir um objectivo , a maneira de como o alcançar o mais rápidamente possivel depende muito da correcta leitura dos acontecimentos presentes e a sua implicação futura ... decisões correctas só o são depois de comprovadas, a nós só nos cabe dentro da nossa própria prespectiva tomar a decisão que tem maior provabilidade de ser a correcta .
 
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"O que está a dar"

por Elias » 30/7/2012 14:17

O que está a dar
30 Julho 2012 | 11:12
João Cândido da Silva - joaosilva@negocios.pt

Junte-se um grupo de pessoas em que uma delas esteja relacionada, pelo exercício profissional, aos mercados financeiros. Mais tarde ou mais cedo, alguém fará a pergunta sobre "o que está dar" ou em que produto deverá colocar as suas poupanças.

Junte-se um grupo de pessoas em que uma delas esteja relacionada, pelo exercício profissional, aos mercados financeiros. Mais tarde ou mais cedo, alguém fará a pergunta sobre "o que está dar" ou em que produto deverá colocar as suas poupanças.

Em tempos de turbulência e volatilidade, as dúvidas ainda são mais justificadas do que em era de estabilidade. E o recurso a quem é suposto saber dar respostas racionais e informadas também. Não faltam, actualmente, motivos para considerar escorregadio o terreno que se pisa quando a matéria em causa é a de saber onde colocar o dinheiro. De preferência, em local seguro e capaz de fornecer rendibilidade.

A perspectiva tem, no entanto, um reverso. Tentar saber o que "está a dar" revela, por si só, uma perspectiva potencialmente distorcida da relação com o dinheiro. Indica que a preocupação prioritária de quem coloca a questão está orientada para o curto prazo e envia para um plano secundário o objectivo do investimento que se pretende fazer.

Não haveria grande problema se esta forma de encarar as decisões de investimento não apresentasse riscos para quem a pratica, a começar pela probabilidade de se colocar dinheiro nos instrumentos menos adequados para se cumprirem determinados objectivos.

De aplicação de curto prazo em aplicação de curto prazo, podem passar-se anos a apostar em produtos que distribuem rendimentos e poderiam ajustar-se bem a quem pretendesse fazer um fundo de emergência. Mas que são uma perda de tempo e de dinheiro para quem vise, por exemplo, poupar e investir para constituir um complemento de reforma.

No longo prazo, o melhor amigo do dinheiro é a capitalização. E quem encara uma período alargado como se fosse uma mera sucessão de aplicações de curto prazo, não beneficiará daquele fenómeno, arriscando-se a que o produto dos seus esforços acabe por ficar abaixo do que poderia ter sido acumulado. O pior está no facto de a triste descoberta surgir, habitualmente, quando é demasiado tarde para fazer correcções. A não ser que se aposte tudo, uma vez mais, nalguma aplicação de curto prazo que prometa rendibilidades chorudas. Ou seja, correndo ainda mais riscos.

A incerteza sobre o futuro do euro, as dúvidas sobre a saúde financeira dos bancos e uma recessão económica que faz alastrar a taxa de desemprego ajudam a fazer pressão para que os aforradores concentrem as suas preocupações no curto prazo. Mas nunca é demais tentar responder à questão de saber com que objectivo se quer poupar e investir, antes de se perguntar o que "está a dar". Cavalgar a volatilidade e os seus riscos ou diluir os humores dos mercados por um período longo faz toda a diferença.
 
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