Fosun aumentou e Sonangol manteve a participação no BCPAumento de capital foi subscrito a mais de 100%, dando lugar a rateio. Há um aumento dos institucionais estrangeiros e a EDP e a InterOceânico acompanharam.A Fosun aumentou a participação para mais perto dos 20% e a Sonangol manteve a posição de 14,87% no aumento de capital do BCP que terminou ontem.
O Jornal Económico sabe que as novas ações foram totalmente subscritas e, como a procura superou largamente os 100%, terá de haver um rateio.
Segundo fontes conhecedoras do processo, terá havido uma subida relevante de investidores institucionais estrangeiros na estrutura de capital do Millennium bcp.
O Jornal Económico sabe também que todos os acionistas qualificados e ainda a InterOceâncio acompanharam o aumento de capital. Entre eles esteve a EDP, que investe cerca de 28 milhões de euros para manter uma posição de 2,15%. A posição da EDP está no Fundo de Pensões da empresa liderada por António Mexia.
A InterOceânico, com 1,7%, acompanhou o aumento de capital, não tendo sido possível confirmar se reforçaram a posição.
No âmbito da operação de aumento de capital do BCP de 1,332 mil milhões de euros, o período de subscrição de direitos da operação de aumento de capital do Millennium BCP terminou esta quinta-feira, sendo que a divulgação dos resultados da oferta está programada para hoje, sexta-feira.
As novas ações vão começar a ser transacionadas a partir de 9 de fevereiro.
A Fosun, que entrou no BCP com uma posição de 16,67% do banco, tendo investido 175 milhões de euros, comprou direitos e reforçou mesmo antes do rateio.
O grupo chinês, através da Chiado, tem intenção de reforçar para 30%. Aliás, apresentou uma ordem de subscrição irrevogável antecipada de um montante de ações que, se satisfeita integralmente, aumentaria a sua participação no BCP para 30%.
A Fosun é a maior acionista do banco liderado por Nuno Amado e, quando entrou no capital do banco, comprometeu-se a não vender durante três anos as ações.
Uma vez que as ordens de subscrição superam as novas ações emitidas, o BCP poupa na comissão que tinha previsto pagar ao consórcio de bancos internacionais, composto por JP Morgan, Goldman Sachs, Bank of America Merril Lynch, Crédit Suisse e Mediobanca, com quem assinou um contrato de tomada firme.
Esta semana, a FEBASE, uma associação de sindicatos filiados na UGT, exigiu que os 35,1 milhões de euros que o BCP poupou com a não tomada firme seja aplicada na reposição antecipada dos salários que foram cortados durante a ajuda do Estado em 2012.
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