Líder da APB defendeu, em entrevista à Reuters, que a banca portuguesa é sólida, que a exposição do sector financeiro nacional ao BCE deverá diminuir e que já há condições para os bancos lusos dinamizarem a economia.
Faria de Oliveira deu uma entrevista à agência Reuters onde contestou as previsões da Moody’s relativas à necessidade de capitalização adicional de até 8 mil milhões de euros.
“Obviamente que respeito a Moody's, mas não creio, de todo, que haja necessidade de um tal montante de aumento de capital", salientou o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), rejeitando a ideia de que a recessão económica que Portugal regista teve um impacto superior ao previsto no aumento do crédito malparado (créditos em que não é cumprido o prazo de pagamento).
O “chairman” da Caixa Geral de Depósitos considera que os bancos nacionais estão, neste momento, “muito bem capitalizados”. “Nós estamos confiantes na solidez da banca portuguesa", referiu em entrevista à Reuters.
“Os bancos têm tido um acompanhamento intensíssimo pelo regulador - Banco de Portugal - que lhes exige a apresentação de planos de resolução, de planos de contingência e segue as instituições através da realização de inspecções 'on site' quase que permanentes", adiantou o responsável da banca nacional.
Para o líder da APB, o sistema bancário português tem os instrumentos necessários para cumprir os requisitos impostos para “passar” nos próximos testes à solidez financeira da banca, a realizar-se no segundo semestre de 2014. "Nesse quadro, os bancos portugueses estão perfeitamente à vontade", referiu.
“É evidente que, como aconteceu no passado recente, poderá haver alteração de critérios que possam conduzir a novas necessidades de capital. Mas, nós temos ainda uma 'almofada' de 6 mil milhões de euros da linha de recapitalização”, acrescentou Faria de Oliveira na entrevista à Reuters.
Exposição ao BCE deve continuar a cair
Sobre a exposição ao Banco Central Europeu – os bancos recorreram à autoridade monetária quando os outros bancos deixaram de emprestar dinheiro e têm vindo, nos últimos meses, a reduzir essa dependência –, o banqueiro defendeu que “a expectativa” é que possa continuar a haver uma diminuição.
"Até porque se espera que se possa continuar a fazer emissões de obrigações que, no caso do BES e Caixa, foram bem-sucedidas", concretizou.
Banca com capacidade para empurrar economia
Faria de Oliveira defendeu, na mesma entrevista, que os bancos já têm capacidade para “empurrar a economia” e salientou ainda que não há, em Portugal, o perigo de um “credit crunch”, ou seja, uma crise no crédito.
"O problema que existe, na realidade, em Portugal tem muito a ver com a debilidade do balanço de muitas pequenas e médias empresas que estão descapitalizadas, com rácios de autonomia financeira muito baixos e necessitam de grande reforço de capital", concluiu o responsável da APB.
Fonte:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... izada.html
Nota: Como é que é possível!!!! BCP na segunda página!!!! sem comentário hoje!!!! não pode ser!!!!