OffTheRecord Escreveu:PROJECÇÕES DE COTAÇÃO BCP ATÉ 2020
2018
Nuno Amado reafirmou o compromisso de ROE 10%.
Referiu que 2017 será um ano de transição e 2018 será o ano de normalidade.
Logo, com um nível de capitais próprios de 5.570M€, teremos previsivelmente o BCP com um nível de resultados de 557M€. Com um PER de 12 teremos 6.684M€ de capitalização bolsista e uma cotação por acção de 0,4422€.
2020
A variável que vai fazer o click na rentabilidade do BCP é a inflação e a consequente subida das taxas de referência EURIBOR.
2% de inflação e o seu efeito nas taxas de juro provocarão um crescimento nos juros do crédito de 0,02 x 39.400 e conservadoramente assumimos que também os depósitos a prazo terão o mesmo ajustamento de 0,02 x 21.400. Este efeito líquido dá 360M€ por ano.
A este efeito temos que somar 70M€ do sobrecusto que deixa de se verificar pelo pagamento dos cocos.
Temos então, com pressupostos razoáveis, um acréscimo de 430M€/ano na margem financeira.
Considere-se que o aumento de custos com o pessoal é compensado pelo aumento de comissões e restantes proveitos da actividade bancária por forma a que todo o aumento da margem financeira é repassado para o resultado operacional. Não será difícil garantir a exequibilidade deste pressuposto.
Teremos então, em Portugal, um resultado operacional antes de provisões/imparidades de 888M€ (valor de 2016) + 430M€ = 1.318M€
Vamos admitir que o Nuno Amado não consegue cumprir a promessa dos 0,75% de custo do risco e apenas consegue 1%, teremos 39.400M€ * 0,01 =390M€ de imparidades/ano.
Teremos então um resultado de 928M€/ano.
Em 2020 o BCP ainda não pagará impostos em Portugal dados os grandes prejuízos reportáveis que tem desta profunda crise que temos vivido mas o mercado precifica esses impostos numa lógica recorrente. Assumamos 20% de taxa de imposto. Resulta 928M€ x 0,80 = 742M€ /ano.
A este valor acrescentemos 10% por ano ao crescimento de 173M€ de 2016 de contributo das operações no estrangeiro para os resultados do BCP: 173M€ x (1,10)^4 = 253M€
Temos então um resultado projectado para 2020 de 995M€.
Uma cotação por acção de 0,7900€ com um PER de 12.
Em resultado de tudo isto teremos as seguintes projecções para:
31/12/2017: 0,3001
31/12/2018: 0,4422
31/12/2019: 0,6161
31/12/2020: 0,7900
Prometi fazer a actualização deste post uma vez por ano.
Está na altura, doze meses passados relativamente à sua publicação.
OffTheRecord Escreveu:2018
Nuno Amado reafirmou o compromisso de ROE 10%.
Referiu que 2017 será um ano de transição e 2018 será o ano de normalidade.
Logo, com um nível de capitais próprios de 5.570M€, teremos previsivelmente o BCP com um nível de resultados de 557M€. Com um PER de 12 teremos 6.684M€ de capitalização bolsista e uma cotação por acção de 0,4422€.
Compromisso reafirmado após fecho de 2017.
ROE 2018 de 10% comunicado não é o ROE standard mas sim o ROE com base num rácio CET1 fully implemented de 11%.
Com este ajustamento teremos em 2018 um resultado líquido de cerca de 425M€.
Se os números do primeiro trimestre a apresentar em Maio confirmarem a tendência para cumprir este objectivo, com PER de 12, a acção deverá tender para os 0,3365€.
OffTheRecord Escreveu:2020
A variável que vai fazer o click na rentabilidade do BCP é a inflação e a consequente subida das taxas de referência EURIBOR.
2% de inflação e o seu efeito nas taxas de juro provocarão um crescimento nos juros do crédito de 0,02 x 39.400 e conservadoramente assumimos que também os depósitos a prazo terão o mesmo ajustamento de 0,02 x 21.400. Este efeito líquido dá 360M€ por ano.
A este efeito temos que somar 70M€ do sobrecusto que deixa de se verificar pelo pagamento dos cocos.
Temos então, com pressupostos razoáveis, um acréscimo de 430M€/ano na margem financeira.
A inflação ainda não fez o click.
Mas já há mais sinais do BCE que as taxas de juro vão subir no médio prazo. Teremos que continuar a aguardar mas um pouco mais optimistas.
Os impactos da inflação estimados nas contas do BCP há um ano foram entretanto também confirmados recentemente pelo JP Morgan. Eles andam a fazer as mesmas contas.
O aumento da margem financeira recorrente em 2018 (em Portugal) atingiu os 72M€, muito alinhado com a previsão de 70M€ do sobrecusto dos cocos entretanto pagos.
Reforçada por isso a previsão para 2020 neste departamento. reforçada a convicção que com 2% (ou melhor, 2 pontos percentuais) de crescimento na EURIBOR, de se ultrapassarem os 430M€ de acrécimo na principal linha da conta de resultados.
OffTheRecord Escreveu:Considere-se que o aumento de custos com o pessoal é compensado pelo aumento de comissões e restantes proveitos da actividade bancária por forma a que todo o aumento da margem financeira é repassado para o resultado operacional. Não será difícil garantir a exequibilidade deste pressuposto.
Os custos, em termos recorrentes baixaram de 624M€ em 2017 para 588M€. Menos 36M€ portanto
As comissões e outros proveitos recorrentes baixaram de 574M€ em 2017 para 544M€. Menos 30M€.
Boas notícias também neste departamento. Mais 6M€ de "folga" relativamente ao pressupoto, o que reforça o grau de confiança na previsão.
OffTheRecord Escreveu:Teremos então, em Portugal, um resultado operacional antes de provisões/imparidades de 888M€ (valor de 2016) + 430M€ = 1.318M€
É necessário corrigir aqui o valor de base. É agora claro que os 888M€ de base (2016) não eram recorrentes. O valor recorrente era de 888 - 26(resultados Visa) - 186 (ajuste nos custos com o pessoal) = 676M€.
Adicionados aos 430M€ de acréscimos esperados na LUIBOR até 2020 temos 1.106M€.
OffTheRecord Escreveu:Vamos admitir que o Nuno Amado não consegue cumprir a promessa dos 0,75% de custo do risco e apenas consegue 1%, teremos 39.400M€ * 0,01 =390M€ de imparidades/ano.
O reforço continuado do compromisso já me leva a acreditar que em 2020 o custo do risco será até inferior aos 0,75% prometidos para 2018.
As boas notícias do lado da economia e ainda melhores do imobiliário reforçam o grau de confiança.
39.400M€ * 0,0075 =292M€ de imparidades/ano.
OffTheRecord Escreveu:Teremos então um resultado de 928M€/ano.
Teremos então um resultado recorrente de 1.106M€ - 292M€ = 814M€ / ano
OffTheRecord Escreveu:Em 2020 o BCP ainda não pagará impostos em Portugal dados os grandes prejuízos reportáveis que tem desta profunda crise que temos vivido mas o mercado precifica esses impostos numa lógica recorrente. Assumamos 20% de taxa de imposto. Resulta 928M€ x 0,80 = 742M€ /ano.
814M€ x 0,80 = 651M€ de resultado recorrente em Portugal em 2020.
OffTheRecord Escreveu:A este valor acrescentemos 10% por ano ao crescimento de 173M€ de 2016 de contributo das operações no estrangeiro para os resultados do BCP: 173M€ x (1,10)^4 = 253M€
Temos então um resultado projectado para 2020 de 995M€.
Nada indica que não irá ser cumprido este objectivo. As boas notícias de Varsóvia até o podem considerar pouco ambicioso.
651M€ (Portugal) + 253M€ (estrangeiro) = 904M€ de resultado recorrente consolidado em 2020.
OffTheRecord Escreveu:Uma cotação por acção de 0,7900€ com um PER de 12.
Em resultado de tudo isto teremos as seguintes projecções para:
31/12/2017: 0,3001
31/12/2018: 0,4422
31/12/2019: 0,6161
31/12/2020: 0,7900
Projecções actualizadas:
31/12/2018: 0,4326
31/12/2019: 0,5751
31/12/2020: 0,7177Actualização deste post fica desde já prometida para Fevereiro de 2019.