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Caldeirão da Bolsa

The price of ofshore Revisited - 17 biliões de Euros

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Camisa Roxa » 24/7/2012 13:27

CLARO!
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por PMACS » 24/7/2012 12:11

Os resultados de um inquérito que o portal sapo está a fazer sobre este assunto, não deixa margem para dúvidas sobre o que os Portugeses fariam na mesma situação!
Resultados de hoje ás 12.10.
Anexos
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sapo.png (55.27 KiB) Visualizado 594 vezes
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― Confucius
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por altrio » 23/7/2012 23:05

O que é espantoso é que, segundo esse estudo, metade desse dinheiro pertence a apenas 0.001% das pessoas...
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por artista_ » 23/7/2012 22:52

Pois... se calhar resolviam-se os problemas financeiros de muitos países! É para aí que está a fugir o capital?! :roll:
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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por LTCM » 23/7/2012 21:46

A riqueza privada depositada em paraísos fiscais como a Suíça e as Ilhas Caimão é de pelo menos 21 biliões de dólares (17,7 biliões de euros). Segundo dados ontem divulgados pela ONG Tax Justice Network - organização de defesa da transparência fiscal -, o dinheiro não declarado escondido em contas offshores é equivalente ao produto interno bruto (PIB) combinado norte-americano e japonês.

Os chineses, russos, coreanos e brasileiros, por esta ordem, são os que mais remetem dinheiro para países onde não pagam impostos. Os africanos, mexicanos, argentinos e venezuelanos também aparecem com destaque no relatório.

Quem trata da fuga de capitais são os grandes bancos privados, tais como a UBS, o Credit Suisse e Goldman Sachs à cabeça, além de outras instituições como o Bank of America, JP Morgan e Citybank.

O estudo "The Price of offshore Revisited" - encomendado pela Tax Justice Network a James Henry, consultor e antigo economista-chefe da empresa McKinsey-, é o mais completo e rigoroso mapeamento da aplicação de dinheiro em paraísos fiscais - ou seja, não declarados nos países de origem-, feito até hoje nesta área.

James Henry reuniu dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial (BM), ONU, bancos centrais e informações prestadas pelos governos de cada país, cruzando-os com dados acerca da procura de reservas em moeda e ouro, e, ainda, ainda, dados de várias consultoras sobre o setor do private banking com offshores.
"Buraco negro" na economia mundial

O autor do relatório diz que, levando-se em contra um universo de mais de 139 países e 10 milhões de investidores (os donos destas fortunas), a soma de recursos nos paraísos fiscais varia entre 17 biliões de euros - uma estimativa mais conservadora - a 26,3 biliões. De acordo com o site Esquerda.net, "caso esse dinheiro rendesse 3% de juro anual e o rendimento desses juros fosse taxado a 30%, a receita para os cofres públicos alcançaria até 230 mil milhões de euros num ano, ou seja, cerca do triplo do valor do empréstimo da troika a Portugal. Isto sem contar com outras tqaxas sobre mais-valias financeiras ou heranças que fariam a receita fiscal subir muito mais".

Segundo James Henry, a desigualdade no mundo é, certamente, muito maior so que a estimada, uma vez que os estudos sobre o tema não levam em conta tais valores. Os 100.000 mais ricos do mundo detêm sozinhos 8 biliões de euros em offshores.

O autor do estudo responsabiliza o FMI, Banco Mundial, OCDE e G20 por nada terem feito para controlar esta fuga, apesar de saberem de grande parte desta informação agora disponível.

"Estes ativos estão protegidos por um grupo de facilitadores profissionais, altamente pagos e diligentes, na banca privada e nos setores do direito, da contabilidade e dos veículos de investimento, que se aproveitam de uma economia global com cada vez menos fronteiras", disse James Henry.

De acordo com o diretor da Tax Justicce Network, John Christensen, os bancos que tratam da fuga de capitais agem, principalmente, abordando sobretudo os milionários dos países exportadores de riquezas minerais, como os africanos. Além de o dinheiro não ser declarado nos países de origem e nos paraísos fiscais, o governo norte-americano, de onde provémo a maioria destes bancos, também não compartilha informações tributárias.

"Este relatório centra as atenções num gigantesco "buraco negro" na economia mundial que nunca tinha sido medido. Ou seja, a riqueza privada colocada nos offshores e a enorme quantia de rendimento não taxado que ela produz. Isto, numa altura em que os governos de todo o mundo estão famintos de recursos, e estamos mais conscientes que nunca acerca dos custos da desigualdade económica", afirma James Henry.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/mais-de-17-bili ... z21TrqNjf0
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por Zeb_PT » 23/7/2012 16:40

Muito interessante leitura, e muito interessante a falta de comentários...

A meu ver mais do que impedir a saida deste capital para paraísos fiscais falta um sério controle e fiscalização da entrada e saida dos mesmos capitais dos "infernos fiscais" como Portugal.

Quando em França vemos impostos sobre a riqueza temos de perguntar como é que não se taxa igualmente os que fugiram com o capital? Será que com séria fiscalização os capitais tinham sequer saído?
http://marketapprentice.wordpress.com

Para muito errar e muito mais aprender!

"who loses best will win in the end!" - Phantom of the Pits

Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
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The price of ofshore Revisited - 17 biliões de Euros

por urukai » 23/7/2012 9:47

Penso que esta notícia justifica um tópico próprio:

Um bilião são mil vezes mil milhões (os anglo-saxónicos, que saltam a designação “mil milhões”, chamam trilião ao que os portugueses contam como bilião). O resgate financeiro da troika a Portugal fica muito aquém desse valor: é de 78 mil milhões de euros.

O estudo foi feito pelo norte-americano James Henry, para a Tax Justice Network, organização com sede em Londres que tem por objectivo combater os paraísos fiscais. O valor a que o economista chegou – 21 biliões de dólares – foi encontrado com recurso a dados do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional, do Banco de Compensações Internacionais e dos governos nacionais.

Os dados coligidos dizem apenas respeito a património financeiro depositado em contas bancárias e de investimento, até ao final de 2010, deixando de fora activos como propriedades móveis e imóveis. De resto, o economista diz que a estimativa de 21 biliões de dólares é conservadora e que esse valor pode ascender aos 32 biliões de dólares (26,3 biliões de euros).

Ainda assim, o cálculo mais “conservador” presente no estudo “The Price of Offshore Revisited”, como o classifica James Henry, resulta num valor equivalente ao tamanho das economias dos Estados Unidos e do Japão juntas. “A perda de receitas fiscais é enorme, de acordo com as nossas estimativas. É grande o suficiente para fazer uma diferença significativa para as finanças de muitos países”, afirmou o economista, citado pela BBC.

O antigo economista-chefe da McKinsey, empresa norte-americana de consultadoria financeira, sublinha no entanto que “este estudo são muito boas notícias”. “O mundo acaba de localizar uma grande quantidade de riqueza financeira que pode ser convocada para contribuir para a solução dos problemas globais mais prementes”, sugere James Henry.

O estudo revela ainda que, desde a década de 1970 e até ao final de 2010, os cidadãos mais ricos de 139 países em vias de desenvolvimento acumularam em paraísos fiscais entre 7,3 e 9,3 biliões de dólares (entre 6 e 7,7 biliões de euros) em “riqueza não registada”, assim fugindo aos impostos nos seus países de origem.

O UBS, o Credit Suisse e o Goldman Sachs são os três bancos privados que gerem mais activos em offshores, em todo o mundo, ainda de acordo com o mesmo estudo.
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