
Nick Cohen explains how Britain's Liberal Democrats sold their birthright and didn't even get a mess of pottage for it
in http://jeffweintraub.blogspot.de/2013/0 ... tains.html
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Fórum dedicado à discussão sobre os Mercados Financeiros - Bolsas de Valores
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Banesco Escreveu:Muffin Escreveu:O problema conceptual reside na ideia que o enriquecimento dos indivíduos é da sua única responsabilidade (ou mérito pessoal), o que não me parece correcto, pois por simples funcionamento do mercado, e para que esses individuos enriqueçam é necessário que outros não o consigam. Se todos fôssemos patrões não haveria operários...
Mas todos podemos tentar por livre iniciativa ser patrões (e o Estado pode facilitar ou dificultar isto!), naturalmente uns vão-se sair melhor que outros e prevalecer. Esses patrões, que se sairam melhor, vão conseguir manter uma empresa mais produtiva e terão melhores condições a dar aos seus empregados.Muffin Escreveu:Nem numa perspectiva moral esta visão me parece correcta, pois se eu fôr mais inteligente posso estar a ganhar mais que um outro colega menos inteligente, mesmo trabalhando menos... mas não devería o salário recompensar o trabalho?!. Sabemos que na prática recompensa a produtividade (lá está o mercado a funcionar), mas o facto de teres mais potêncial não é mérito exclusivamente teu, pelo que se poderá perguntar se a recompensa deverá ser toda tua?!
A mecânica do sistema capitalista leva, na sua "perfeita" distribuição de recursos, à desigualdade de rendimentos, à desigualdade de poderes, e consequentemente à desigualdade de oportunidades. Cabe ao Estado fazer o seu equilibrio e a redistribuição de rendimentos (sem alterar as leis de mercado).
Todos temos capacidade de aprender, com mais ou menos facilidade. É natural que os melhores a desempenhar uma determinada tarefa sejam melhor remunerados que os restantes nessa mesma tarefa. Moralmente incorrecto é nivela-los e dizer que trabalham o mesmo.
Se houvesse igualdade na distribuição das recompensas, então bastava que todos nós deixássemos de nos esforçar. Teríamos uma sociedade só com médicos medianos, advogados medianos, trabalhadores da construção medianos, etc => pouco produtiva e pouco motivada pois não há recompensa pela produtividade. Vejamos as razões que levaram ao fim da URSS.
Quando o Estado nivela as pessoas por baixo e lhes impõe um estilo de vida, impedindo que progridam e desenvolvam as suas capacidades, equivale a perpetuar a pobreza.
Banesco Escreveu:Os créditos para o imobiliário são muito regulados, basta ver as leis todas que existem à volta disso e que restringem a acção dos bancos. Não seriam os bancos americanos obrigados a aceitar esses créditos de famílias que tinham condições débeis demais para os continuar a pagar (e que eram o constituinte desses pacotes de ativos tóxicos)?Muffin Escreveu:Quanto ao resto... relembro que o aparecimento dos activos tóxicos está ligado à desregulamentação (portanto liberalização) do mercado bancário, onde progressivamente foram sendo abolidas as restrições do acesso da Banca tradicional aos activos de risco, foi permitida a concentração, e tudo terminou nos famosos Activos Tóxicos, que já ninguém sabia muito bem o que eram, e nos Bancos "too big to fall".
Neste caso, a liberalização levou ao colapso do sistema financeiro, tendo sido o Estado com a sua intervenção a salvar as mobílias (e os quadros).
Credo! nem Socialismo nem Estatismo! Isso são teorias políticas, ou Tuguíticas no caso do Estatismo).Banesco Escreveu:Muffin Escreveu:Mas mais uma vez estamos a falar mais dos USA que de PT num tópico do UK!
lol, o tópico já resvalou completamente, mais valia mudar-lhe o nome para liberalismo vs socialismo ou estatismo, whatever
Muffin Escreveu:migluso, não estamos a falar do mesmo. Não estou a fazer uma crítica ao Sr. Bill Gates nem a "insinuar que o patrão apenas enriquece à custa dos operários".
Esse discurso marxista não entra, felizmente, na minha forma de pensar.
Muffin Escreveu:migluso Escreveu:Muffin Escreveu:...para que esses individuos enriqueçam é necessário que outros não o consigam.
Muffin,
temos muitas discordâncias, mas jamais pensei ler isto escrito por ti...
O Bill Gates é responsável pelo enriquecimento de muita gente, por um enorme bem estar "oferecido" à sociedade e na pior das hipóteses impediu que alguns concorrentes enriquecessem...
O saldo para a sociedade?!? ++++++++++++++++++++++++++
Fico por aqui, pois não estou com muita disposição para escrever...
migluso, não é uma frase para descontextualizar.
Ao truncares estás a alterar o contexto onde se debatia se se deveríam taxar os "ricos":
"O problema conceptual reside na ideia que o enriquecimento dos indivíduos é da sua única responsabilidade (ou mérito pessoal), o que não me parece correcto, pois por simples funcionamento do mercado, e para que esses individuos enriqueçam é necessário que outros não o consigam. Se todos fôssemos patrões não haveria operários... "
Desculpem, editei para reduzir...
Banesco Escreveu:
lol, o tópico já resvalou completamente, mais valia mudar-lhe o nome para liberalismo vs socialismo ou estatismo, whatever
Storgoff Escreveu:Há ai uma certa contradição no teu discurso.
Num ambiente de economia liberal o estado não mete o bedelho.
Portanto se os bancos entram em falencia quem sofre as consequencias são os seus credores e os accionistas como em qualquer outra empresa.
Não sei se reparaste mas qualquer depositante é um credor do banco.
Muffin Escreveu:O problema conceptual reside na ideia que o enriquecimento dos indivíduos é da sua única responsabilidade (ou mérito pessoal), o que não me parece correcto, pois por simples funcionamento do mercado, e para que esses individuos enriqueçam é necessário que outros não o consigam. Se todos fôssemos patrões não haveria operários...
Muffin Escreveu:Nem numa perspectiva moral esta visão me parece correcta, pois se eu fôr mais inteligente posso estar a ganhar mais que um outro colega menos inteligente, mesmo trabalhando menos... mas não devería o salário recompensar o trabalho?!. Sabemos que na prática recompensa a produtividade (lá está o mercado a funcionar), mas o facto de teres mais potêncial não é mérito exclusivamente teu, pelo que se poderá perguntar se a recompensa deverá ser toda tua?!
A mecânica do sistema capitalista leva, na sua "perfeita" distribuição de recursos, à desigualdade de rendimentos, à desigualdade de poderes, e consequentemente à desigualdade de oportunidades. Cabe ao Estado fazer o seu equilibrio e a redistribuição de rendimentos (sem alterar as leis de mercado).
Muffin Escreveu:Quanto ao resto... relembro que o aparecimento dos activos tóxicos está ligado à desregulamentação (portanto liberalização) do mercado bancário, onde progressivamente foram sendo abolidas as restrições do acesso da Banca tradicional aos activos de risco, foi permitida a concentração, e tudo terminou nos famosos Activos Tóxicos, que já ninguém sabia muito bem o que eram, e nos Bancos "too big to fall".
Neste caso, a liberalização levou ao colapso do sistema financeiro, tendo sido o Estado com a sua intervenção a salvar as mobílias (e os quadros).
Muffin Escreveu:Mas mais uma vez estamos a falar mais dos USA que de PT num tópico do UK!
Banesco Escreveu:Storgoff, se o Estado não tivesse intervido nos bancos, e tivesse adoptado uma política estritamente Liberal, simplesmente dava o dinheiro dos depósitos aos clientes e deixava-os falir = ardiam "apenas" os accionistas e os credores, mas estes sabiam nos riscos que incorriam ao investirem no banco. Não achas que seria mais justo para o comum português (que já não tinha de financiar bailouts)?
Vamos falar de Portugal. Portugal para evitar a crise da banca interveio nos bancos (podia simplesmente tê-los liquidado e garantido os depósitos, tal como o migluso disse), incorrendo em altos défices (e que já tem há anos, mesmo quando não havia crises!!). Agora para corrigir o défice e a elevada dívida pública anda a impor medidas de rigor orçamental duradouras que levam ao desemprego e perda do poder de compra. Será que o saldo destas intervenções foi/vai ser positivo?
E a falência dos bancos estaria a remover de cena os maus actores económicos, para dar espaço a outros mais eficientes. Mas o Estado decidiu que a má gestão é para continuar (e para financiar)
migluso Escreveu:Muffin Escreveu:...para que esses individuos enriqueçam é necessário que outros não o consigam.
Muffin,
temos muitas discordâncias, mas jamais pensei ler isto escrito por ti...
O Bill Gates é responsável pelo enriquecimento de muita gente, por um enorme bem estar "oferecido" à sociedade e na pior das hipóteses impediu que alguns concorrentes enriquecessem...
O saldo para a sociedade?!? ++++++++++++++++++++++++++
Fico por aqui, pois não estou com muita disposição para escrever...
Banesco Escreveu:Storgoff Escreveu:Eu diria mais.
Se a crise financeira mundial tivesse sido abordada numa perspectiva liberal,seria completamente proibido qualquer das intervenções gigantescas da FED em conjunto com o Tesouro americano para travar um proceso de deflação brutal que estava iminente.
O resultado seria uma depressão economica nos EUA ,e por contagio ao resto do mundo, muito mais destrutiva do que em 1930.
Graças a deus , a lição já tinha sido aprendida.
Alias a defesa acerrima do free-market é imcompativel com a propria existencia de bancos centrais ou qualquer apoio estatal, nomeadamente ao sistema finaceiro.
Imaginem por cá o que acontecia ao nosso sector bancario.
O pais já estava de pnatanas com corridas aos depositos e bancos falidos.
As experiencias do liberalismo economico nos EUA foram tão ou mais destrutivas do que o proprio comunismo na União Sovietica.
Storgoff, se o Estado não tivesse intervido nos bancos, e tivesse adoptado uma política estritamente Liberal, simplesmente dava o dinheiro dos depósitos aos clientes e deixava-os falir = ardiam "apenas" os accionistas e os credores, mas estes sabiam nos riscos que incorriam ao investirem no banco. Não achas que seria mais justo para o comum português (que já não tinha de financiar bailouts)?
Vamos falar de Portugal. Portugal para evitar a crise da banca interveio nos bancos (podia simplesmente tê-los liquidado e garantido os depósitos, tal como o migluso disse), incorrendo em altos défices (e que já tem há anos, mesmo quando não havia crises!!). Agora para corrigir o défice e a elevada dívida pública anda a impor medidas de rigor orçamental duradouras que levam ao desemprego e perda do poder de compra. Será que o saldo destas intervenções foi/vai ser positivo?
E a falência dos bancos estaria a remover de cena os maus actores económicos, para dar espaço a outros mais eficientes. Mas o Estado decidiu que a má gestão é para continuar (e para financiar)
Storgoff Escreveu:Eu diria mais.
Se a crise financeira mundial tivesse sido abordada numa perspectiva liberal,seria completamente proibido qualquer das intervenções gigantescas da FED em conjunto com o Tesouro americano para travar um proceso de deflação brutal que estava iminente.
O resultado seria uma depressão economica nos EUA ,e por contagio ao resto do mundo, muito mais destrutiva do que em 1930.
Graças a deus , a lição já tinha sido aprendida.
Alias a defesa acerrima do free-market é imcompativel com a propria existencia de bancos centrais ou qualquer apoio estatal, nomeadamente ao sistema finaceiro.
Imaginem por cá o que acontecia ao nosso sector bancario.
O pais já estava de pnatanas com corridas aos depositos e bancos falidos.
As experiencias do liberalismo economico nos EUA foram tão ou mais destrutivas do que o proprio comunismo na União Sovietica.
Muffin Escreveu:...para que esses individuos enriqueçam é necessário que outros não o consigam.
AutoMech Escreveu:Storgoff Escreveu:A questão da distorção da lei da oferta e da procura não a tem a ver com o que disseste.
Deve-se ao facto de nos activos financeiros ser a subida de preço que aumenta a procura e a sua descida que aumenta a oferta ou seja um sistema instavel que não caminha para o equilibrio
No mercado de bens e serviços é exactamente o contrario, tal como se aprende nos livros de economia
Storgoff, se o preço (taxas de juro) influenciam a procura e a oferta, claro que estamos a manipular o mercado. Penso que isso é indiscutivel.
Mas não só. Ao permitir, por exemplo, que mais gente tenha dinheiro via hipotecas, cria liquidez adicional. Oferta adicional de dinheiro vai ter impacto na taxas de juro.
E finalmente, quando o estado necessita de fundos, porque gastou mais do que devia, coloca pressão nas taxas de juro.
Ou seja, a manipulação é feita nos três patamares: preço, oferta e procura. É o chamado 3 em 1.
Storgoff Escreveu:
Deve-se ao facto de nos activos financeiros ser a subida de preço que aumenta a procura e a sua descida que aumenta a oferta ou seja um sistema instavel que não caminha para o equilibrio
No mercado de bens e serviços é exactamente o contrario, tal como se aprende nos livros de economia
Storgoff Escreveu:A questão da distorção da lei da oferta e da procura não a tem a ver com o que disseste.
Deve-se ao facto de nos activos financeiros ser a subida de preço que aumenta a procura e a sua descida que aumenta a oferta ou seja um sistema instavel que não caminha para o equilibrio
No mercado de bens e serviços é exactamente o contrario, tal como se aprende nos livros de economia
Muffin Escreveu:Automech, não tem nada a ver com este tópico, mas faz-me confusão uma linha de argumentação que usas com o Storgoff.
Ele diz que se para resolver esta crise se tivessem adoptado as medidas preconizadas pelos liberais o mundo "tinha acabado".
Tu, em vez de o refutares apenas dizes que se tivessem sido seguidas não estaríamos nesta crise, e não te apercebes que estás a confirmar a sua inutilidade para responder à presente crise.
Muffin Escreveu:Então eu sou um liberal que pensa que para resolver esta crise (e mais uma vez digo que não me refiro a Portugal) as medidas keynesianas fazem todo o sentido.
Muffin Escreveu:Perdi-me... Quem afirmou que os ricos são os que criam empregos foste tu. Eu apenas disse que quem os cria são as PME (maioritariamente). O tema do emprego vem da tua mão.
Muffin Escreveu:Quanto ao conceito de "rico" versão francesa é:
"O Governo do novo presidente francês, François Hollande, vai taxar mais os contribuintes mais endinheirados. Quem ganha acima de 150 mil euros por ano vai passar a pagar um imposto de 45%. Já quem ganha mais de um milhão de euros será taxado a 75%.
Não que seja a favor destas medidas, mas nos tempos que correm não me chocam, desde que sejam definidos limites temporais. Tenho bastante mais simpatia pelo imposto sobre o património.
AutoMech Escreveu:Que fique bem claro que eu não defendo a não existência do estado. Nunca ouviste um liberal a defender que não haja regulação. Regulação é uma coisa. Intervenção activa é outra bem diferente.
AutoMech Escreveu:Muffin, então referes-te a quem concretamente ? Se a citação se referia a "ricos que criem empregos para outros" afinal qual foi o conceito de 'rico' que tu percebeste aqui para teres logo criticado ? Podes dar exemplos de ricos que criem emprego só para se perceber o teu conceito?