
silva74 Escreveu:Qual o impacto nos lucros da MOTA? Alguêm sabe qual a percentagem que a MOTA nesta concessionária?
A Ascendi tem 15% (60% mota e 40% BES). O BPI research atribui um impactto no Enterprise Value da Mota de apenas 1,5%.
Fórum dedicado à discussão sobre os Mercados Financeiros - Bolsas de Valores
http://teste.caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/
http://teste.caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=80208
silva74 Escreveu:Qual o impacto nos lucros da MOTA? Alguêm sabe qual a percentagem que a MOTA nesta concessionária?
Visitante57 Escreveu:Um pormenor caricato nas PPP's rodoviárias é que a sua maioria recebeu financiamento da UE, tendo algumas delas recebido mais de 50% do seu valor e há muitos anos (Por ex. a AE que liga Porto a Viana).
Neste contexto, eu nunca entendi bem como é que fazem as contas quanto aos valores que têm de ser pagos às concessionárias. Nunca entendi bem os valores milionários para pagar um valor residual de 100km de via.
PIKAS Escreveu:.Pelo contrário, no país vizinho os contratos de concessão incluem uma figura jurídica designada responsabilidade patrimonial da Administração (RPA), segundo a qual caso o contrato seja dissolvido por qualquer motivo, inclusivamente por falência da concessão, o Estado, que entra na posse da infra-estrutura mais cedo do que o previsto, tem de pagar os montantes em falta de dívida e capital
Eu não percebo nada de PPP's e afins. Aliás acho que quanto mais procuro esclarecer-me menos percebo.
Mas digam-me lá:
Se cá é mau, em Espanha ainda é pior, não?
Tanto quanto sei, boa parte destas obras recebem à cabeça verbas importantes dos fundos da UE. A partir de determinado momento, ainda antes de chegar a prejuízo, e se estiver a correr mal declara falência e o estado espanhol vai arcar com os montantes em falta.
Se a coisa estiver a correr bem, deixa andar.
Não é assim?
Cumprimentos,
Pelo contrário, no país vizinho os contratos de concessão incluem uma figura jurídica designada responsabilidade patrimonial da Administração (RPA), segundo a qual caso o contrato seja dissolvido por qualquer motivo, inclusivamente por falência da concessão, o Estado, que entra na posse da infra-estrutura mais cedo do que o previsto, tem de pagar os montantes em falta de dívida e capital
silva74 Escreveu:Qual o impacto nos lucros da MOTA? Alguêm sabe qual a percentagem que a MOTA nesta concessionária?
A estrutura accionista da concessionária é composta por grandes construtoras espanholas, como a Isolux, a Comsa, a Sando e a Azvi, assim como o português BES, que foi também quem liderou o consórcio bancário que financiou a construção da obra. Na exploração, a participação do Espírito Santo é de 15% e está em processo de transferência para a Ascendi, joint venture entre a Mota-Engil (60%) e o BES (40%) que detém uma vasta rede de concessões de infra-estruturas de transporte em Portugal e em vários mercados internacionais.É uma das duas concessões [em Espanha] que estão ainda na titularidade da ES Concessões [do BES], mas trata-se apenas de um formalismo, já que, na prática, integram o universo final da Ascendi, pelo que é aqui que irão reflectir-se as consequências económicas [da falência da Autopista Madrid-Toledo], explicou ao Negócios fonte próxima da joint venture formada pelos grupo Mota-Engil e BES
Celsius Escreveu:Só mesmo num País civilizando é que as PPP dão prejuízos...aos privados!
A possibilidade de uma concessão rodoviária em Portugal falir é bastante mais reduzida do que em Espanha, designadamente porque caso essa situação se verificasse nem concessionária nem bancos financiadores receberiam qualquer compensação.Pelo contrário, no país vizinho os contratos de concessão incluem uma figura jurídica designada responsabilidade patrimonial da Administração (RPA), segundo a qual caso o contrato seja dissolvido por qualquer motivo, inclusivamente por falência da concessão, o Estado, que entra na posse da infra-estrutura mais cedo do que o previsto, tem de pagar os montantes em falta de dívida e capital. Um sistema que, quando o país decidiu avançar para o lançamento de um conjunto de projectos rodoviários, permitiu que nenhum ficasse sem investidores nem financiadores. O governo espanhol está, por isso, a procurar soluções para a situação que vivem algumas concessões, designadamente as radiais de Madrid, de forma que consiga dar estabilidade ao sector já que pretende continuar a investir neste modelo. Caso as seis concessões que estão neste momento em causa falissem ao mesmo tempo, só este ano o Estado espanhol teria de pagar 2800 milhões de euros. O problema financeiro que vivem concessionárias do país vizinho agravou-se com a crise. Além de falhas de planeamento, o tráfego, e consequentemente as receitas, está muito abaixo das projecções, além de que em muitos projectos houve desvios elevados dos custos de investimento, uma vez que as expropriações foram sobreavaliadas na altura em que se vivia a bolha imobiliária.