Alcoa e bancos dão pontapé de saída na época de resultados
09 Julho 2012 | 09:00
Raquel Godinho -
rgodinho@negocios.pt
Atenções centradas na reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, mas também nas minutas da última reunião da Reserva Federal dos EUA.
Arranca esta semana a época de apresentação de resultados do segundo trimestre. Como sempre, nos EUA, a Alcoa será a primeira empresa a fazê-lo, mas não a única. Mas, os próximos dias serão também marcados por alguns eventos relacionados com a política monetária. E não faltarão os habituais indicadores das principais economias do mundo.
Nas próximas semanas, as principais cotadas mundiais estarão em destaque. Os investidores pretendem saber como evolui a actividade das empresas no segundo trimestre do ano, e quais são as suas perspectivas para o remanescente de 2012. Os números divulgados e a sua relação com as estimativas dos analistas terão impacto no rumo dos mercados accionistas.
A gigante norte-americana Alcoa será a primeira a fazê-lo, como é habitual. E os seus números serão importantes para o sentimento dos investidores. A divulgação das contas da Alcoa está prevista para hoje e, na próxima sexta-feira, os mercados vão conhecer os números de outras cotadas. Entre as empresas que mais destaque terão junto dos investidores estão o JPMorgan, o Wells Fargo e o Google.
Para além das empresas, também as autoridades monetárias terão impacto na evolução dos mercados financeiros, ao longo desta semana. Já hoje, Mario Draghi discursa no Parlamento Europeu, em Bruxelas. Estas palavras do presidente do Banco Central Europeu (BCE) chegam poucos dias depois de ter cortado a taxa de juro de referência da Zona Euro para um novo mínimo histórico (0,75%).
Do outro lado do Atlântico, a Reserva Federal dos Estados Unidos vai divulgar as minutas da última reunião de política monetária, que decorreu entre 19 e 20 Junho. A autoridade monetária dos EUA voltou a manter o preço do dinheiro no intervalo entre 0% e 0,25%.
Foi nesta reunião que desceu as suas previsões para a maior economia do mundo, para este ano e o próximo. Por outro lado, o presidente da Fed destacou que os últimos indicadores têm sido "decepcionantes" e que, deste modo, "novos estímulos monetários são certamente algo que podemos considerar".
Contudo, a crise da dívida soberana na Zona Euro continuará a ser um tema dominante, nos próximos dias. Pouco mais de uma semana depois da última cimeira europeia, os ministros das Finanças da Zona Euro reúnem-se hoje, em Bruxelas. Para amanhã está agendada a reunião dos ministros das Finanças da União Europeia.
Serão discutidas as recentes medidas anunciadas pelos líderes europeus para travar a crise da dívida. Entre os anúncios feitos, no final de Junho, esteve a autorização da recapitalização da banca pelos fundos de resgate da dívida soberana. Mas, também o resgate do sector bancário espanhol estará em cima da mesa.