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MensagemEnviado: 28/6/2012 23:30
por Automech
rmachado Escreveu:Sem querer entrar nas questões técnicas que me ultrapassam...

É giro ver que é agiotagem empréstimos a 10% quando são feitos a nós...

Mas já não são quando é ao contrário...

Ou então, é simpático conseguir emprestimos a 1% para depois emprestar ao Estado a 3-4%... (ou estou a pensar mal?)


Qualquer das partes (estado e bancos) tem a possibilidade de recusar a agiotagem e ir directamente ao mercado. :wink:

MensagemEnviado: 28/6/2012 18:39
por A330-300
rmachado Escreveu:
A-330 Escreveu:É agiotagem mesmo...Não pagam e depois emprestam a 10%.

Tenho um conhecido que tem uma empresa e está bem mal das pernas porque o estado não lhe paga.
Outro já não faz trabalhos para o estado porque este é dos maiores caloteiros.

Depois querem atrair investimento...

A330


Sem querer entrar nas questões técnicas que me ultrapassam...

É giro ver que é agiotagem empréstimos a 10% quando são feitos a nós...

Mas já não são quando é ao contrário...

Ou então, é simpático conseguir emprestimos a 1% para depois emprestar ao Estado a 3-4%... (ou estou a pensar mal?)


Não ultrapassam , estão a passar ao largo mesmo.
Uma coisa é ter a opção de investir ou não.

Outra bem diferente é o credor não nos pagar e ainda lhe termos que pedir dinheiro a 10% para manter o nosso negócio.

É muuuito diferente.

A330

MensagemEnviado: 28/6/2012 18:22
por Mcmad
Pata-Hari Escreveu:Fixe, Macmad. Mas nota que o teu vai junto, porque o tens lá depositado.


Esse é precisamente o argumento dos que têm interesse em manter o esquema de salvamento à banca.Mas comigo não cola. Quando as empresas abrem falência os fornecedores também ficam sem o dinheiro....

MensagemEnviado: 28/6/2012 16:13
por rmachado
A-330 Escreveu:É agiotagem mesmo...Não pagam e depois emprestam a 10%.

Tenho um conhecido que tem uma empresa e está bem mal das pernas porque o estado não lhe paga.
Outro já não faz trabalhos para o estado porque este é dos maiores caloteiros.

Depois querem atrair investimento...

A330


Sem querer entrar nas questões técnicas que me ultrapassam...

É giro ver que é agiotagem empréstimos a 10% quando são feitos a nós...

Mas já não são quando é ao contrário...

Ou então, é simpático conseguir emprestimos a 1% para depois emprestar ao Estado a 3-4%... (ou estou a pensar mal?)

MensagemEnviado: 28/6/2012 16:07
por Pata-Hari
Fixe, Macmad. Mas nota que o teu vai junto, porque o tens lá depositado.

MensagemEnviado: 28/6/2012 12:19
por Mcmad
Pata, então ainda pior...

Se a banca empresta a um caloteiro (estado) deve pagar por não ter medido devidamente os riscos..

MensagemEnviado: 28/6/2012 11:06
por rmachado
Pata-Hari Escreveu:Rmachado (Rui?): vou dar-te um exemplo. Conheço uma empresa de enorme sucesso. Nos anos passados, tinha uma margem de lucro de 30%. Emprega centenas de pessoas. De repente, este ano, a margem caiu para 7%, não sabemos se terá prejuizo e se terá que fechar lojas em breve. Quantos empregados achas justo despedir dado o risco do negócio (risco óbvio, basta olhar para os números e a variação dos mesmos?)

Não te parece que quem corre o risco e mete o dinheiro é quem tem que decidir qual a margem que quer obter do negócio? não te parece que os empregados têm a sorte de poder ou não aceitar o emprego enquanto este existe?


Sim (Rui). :)

Mas eu concordo contigo. E já o referi em vários "posts". Se é para evitar dificuldades é preferivel e racional despedir x para evitar fechar ou despedir x+y..

Logo estamos os dois de acordo. :)

O que eu referi que me mete confusão são algumas praticas empresariais que para mim são demasiado digamos de uma maneira airosa... gananciosas...

Ainda ontem estive a falar acerca de situações que se passam em certas empresas de nomeada em que surge um ordem de corte e eles são feitos de uma maneira tão cega que até assusta. E não estou a falar se os cortes são necessários ou não.. é mesmo como cortam.. é de uma irracionalidade empresarial que até mete medo..

MensagemEnviado: 28/6/2012 8:31
por Massao1
Pata-Hari Escreveu:mcmad, o estado está financiar a banca em grande parte pelo valor do calote (a preços de mercado) provocado pela divida à banca do ... estado! E tem a noção que o estado (não é o estado, é a troika, porque o estado não tem dinheiro para privatizar nada) está efectivamente em grande parte só a proteger as tuas poupanças que estão depositadas na banca e que desapareceriam se a banca falisse.

Cito noticia de hoje relativamente ao crédito feito à banca:

Maior accionista português do BPI não vai ao aumento de capital
28 Junho 2012 | 00:01
Rui Neves - ruineves@negocios.pt


O BPI deverá deixar de contar com a única participação qualificada portuguesa após um aumento de capital que não será acompanhado pela HVF, que acusa o Estado da prática de "agiotagem".
Edgar Ferreira, o "rosto" da HVF, maior accionista português do BPI, mostrou-se resignado, ontem, à saída da assembleia-geral do BPI que aprovou, por unanimidade, o recurso a dinheiros públicos: "Quando as coisas são feitas à machadada, por obrigação, que remédio se tem senão dizer amém", reagiu, em entrevista ao Negócios, acusando o Estado de fazer "agiotagem" ao cobrar perto de 10% de juros pelos 1,359 mil milhões de euros


Cara Pati, as minhas poupanças já deixaram de estar na banca portuguesa há muito tempo.

Por mim, podem falir à vontade.

MensagemEnviado: 28/6/2012 8:26
por A330-300
É agiotagem mesmo...Não pagam e depois emprestam a 10%.

Tenho um conhecido que tem uma empresa e está bem mal das pernas porque o estado não lhe paga.
Outro já não faz trabalhos para o estado porque este é dos maiores caloteiros.

Depois querem atrair investimento...

A330

MensagemEnviado: 28/6/2012 8:02
por Pata-Hari
mcmad, o estado está financiar a banca em grande parte pelo valor do calote (a preços de mercado) provocado pela divida à banca do ... estado! E tem a noção que o estado (não é o estado, é a troika, porque o estado não tem dinheiro para privatizar nada) está efectivamente em grande parte só a proteger as tuas poupanças que estão depositadas na banca e que desapareceriam se a banca falisse.

Cito noticia de hoje relativamente ao crédito feito à banca:

Maior accionista português do BPI não vai ao aumento de capital
28 Junho 2012 | 00:01
Rui Neves - ruineves@negocios.pt


O BPI deverá deixar de contar com a única participação qualificada portuguesa após um aumento de capital que não será acompanhado pela HVF, que acusa o Estado da prática de "agiotagem".
Edgar Ferreira, o "rosto" da HVF, maior accionista português do BPI, mostrou-se resignado, ontem, à saída da assembleia-geral do BPI que aprovou, por unanimidade, o recurso a dinheiros públicos: "Quando as coisas são feitas à machadada, por obrigação, que remédio se tem senão dizer amém", reagiu, em entrevista ao Negócios, acusando o Estado de fazer "agiotagem" ao cobrar perto de 10% de juros pelos 1,359 mil milhões de euros

MensagemEnviado: 27/6/2012 23:27
por Mcmad
Há aqui um pormenor importante a reter. Ao nacionalizar a banca o Estado tem que garantir o emprego pelo menos nas empresas com lucro, isto se quiser ser ético !

Não é descabido pedir tratamento igual para empresas saudáveis ao que ten sido dado à banca, ou seja, emprego garantido!

MensagemEnviado: 27/6/2012 23:11
por Automech
Nesta história toda a única coisa errada é o estado subsidiar empregos, introduzindo distorção entre empresas que têm trabalhadores pagos por elas e empresas que têm trabalhadores pagos, total ou parcialmente, pelo estado. Quanto ao resto nada a apontar.

Já agora, se não for uma grande maçada isto dos detalhes:
Return On Equity - ROE
Return On Assets - ROA

MensagemEnviado: 27/6/2012 19:01
por gorgo
rmachado Escreveu:Devo confessar que me faz alguma espécie este tipo de coisas...


Despedem pq agora conseguem cumprir o que está legalmente estipulado mas prevêm tempos dificeis?



Despedem porque há uma redução da procura de 10%, nos transportes de passageiros e uma grande crise nos transportes de veículos.

Ninguém deve pagar ordenados a motoristas parados se não tiver trabalho. Já chega ter autocarros parados com custos de capital sem receitas.

As empresas não são a Santa Casa da Mesericórdia.

MensagemEnviado: 27/6/2012 18:50
por Pata-Hari
Rmachado (Rui?): vou dar-te um exemplo. Conheço uma empresa de enorme sucesso. Nos anos passados, tinha uma margem de lucro de 30%. Emprega centenas de pessoas. De repente, este ano, a margem caiu para 7%, não sabemos se terá prejuizo e se terá que fechar lojas em breve. Quantos empregados achas justo despedir dado o risco do negócio (risco óbvio, basta olhar para os números e a variação dos mesmos?)

Não te parece que quem corre o risco e mete o dinheiro é quem tem que decidir qual a margem que quer obter do negócio? não te parece que os empregados têm a sorte de poder ou não aceitar o emprego enquanto este existe?

MensagemEnviado: 27/6/2012 16:41
por pmatos23
Sem conhecer o caso especifico da Barraqueiro, penso que a questão é sempre a mesma, o empregador não "deixa" os empregados passar de contratados a prazo para efectivos por uma questão de custos, não só de idemnizações, mas também da verdadeira dificuldade em despedir alguém efectivo numa empresa.

Sendo que o clima actual económico é dificil, e acima de tudo, incerto, é normal que o empregador se "defenda" e não admita ninguém para os quadros.

É por isto que se diz que não há flexibilidade laboral, as empresas não conseguem ajustar facil e atempadamente a sua força de trabalho as flutuações da actividade da empresa.

Não tem sempre que ver com malvadez e mesquinhez intrinseca dos patrões cá do burgo, conforme algumas almas pensam (embora haja casos desses).

hoje em dia a empresa até pode ter trabalho, mas, e amanhã, se não tiver? e se não tiver dinheiro para as idemnizações e ordenados de quem fica, como é? ficam todos a berrar??

MensagemEnviado: 27/6/2012 15:34
por rmachado
Ulisses Pereira Escreveu:rmachado, o risco de prejuízo e falência não entram nas tuas contas?

Um abraço,
ULisses


Claro que entra Ulisses, mas como sabes e infelizmente é algo que esta espelhado em muitos casos reais, normalmente quem gere nem sempre pensa nisso e mesmo assim atribui-se prémios chorudos... Lehman Brothers diz-te alguma coisa, por exemplo?
Quase todos os bancos em Pt? and so on...

Mais uma vez reitero que acho de elementar boa gestão o eventual despedimento para precaver aflições futuras como já referi. é preferivel despedir x para manter y do que afundar x+y..

MensagemEnviado: 27/6/2012 15:30
por Ulisses Pereira
rmachado, o risco de prejuízo e falência não entram nas tuas contas?

Um abraço,
ULisses

MensagemEnviado: 27/6/2012 15:25
por rmachado
Elias Escreveu:rmachado, só falta acrescentares aí qual é o nível de lucro que consideras 'justo' :roll:


:)

É uma boa pergunta... sem um resposta objectiva.. mas diria que se tiveres 9% e não 10% por teres mais 5 empregados... 9% é justo. :)

Ou quando tens um gestor a ganhar mais em prémios que 80% dos seu colaboradores em ano salarial... não é justo...

Enfim, a justiça como sabemos é um conceito muito elástico. :)

MensagemEnviado: 27/6/2012 15:13
por mundial
Boa tarde a todos, o que se passa neste sector e em especial neste grupo é o facto de se trabalhar muito com serviço de turismo, coisa que tá muito fraco em relação a outros anos, logo torna-se dificil manter postos de trabalho, isto para terem uma ideia, nos dias em que há muitas partidas e chegadas do aeroporto, os funcionários não chegam, no entanto nos restantes dias ficam parados sem serviço.

MensagemEnviado: 27/6/2012 15:02
por Elias
rmachado, só falta acrescentares aí qual é o nível de lucro que consideras 'justo' :roll:

MensagemEnviado: 27/6/2012 14:43
por rmachado
Tenho de intervir pq o Elias "atacou-me".. :) hihihihi

Marta (se me permites usa o teu nome)

Eu não disse que eles não são livres de gerir a empresa deles com o dinheiro deles, nem sequer quero opinar nessa gestão, contudo tenho uma coisa que se chama consciência social ou de justiça (ou algo assim) que não me deixa que concorde com certas práticas de gestão que acho menos corretas (do ponto de vista ético/social/humano).
Note-se que até elenquei (bonita palavra) duas possiveis razões para este despedimento e acho extremamente saudável que para permitir que a empresa continue a existir e a empregar 100 (por exemplo) se tenha de despedir 10 é melhor para 100 e suas familias do que eventulamente manter-se os 10 e ser depois pior para 110 e suas familias.
Agora irrita-me que para teres 30% de lucro e não 27% se despeçam pessoas que até serão úteis.
Ou se para dares um prémio de 100000Euros ao gestor o tenha de fazer tb me irrita...

As empresa privadas ou não fazem parte de um tecido social que não se limita aos gestores...

Queres um bom exemplo? Olha a Delta...

MensagemEnviado: 27/6/2012 14:42
por mcarvalho
Quem é que está a gerir a minha despensa???!!!

Não sou eu...

SAO OS GESTORES DESTE PAÍS QUE ME OBRIGARAM A DESCONTAR UMA VIDA INTEIRA COM PROMESSAS ..

E AGORA JÁ NÃO SOU EU QUE ESTOU A GERIR NADA..

nem perspectivas tenho.........

PORQUE O QUE HOJE É VERDADE PARA ME ROUBAREM.. AMANHÃ JÁ NÃO É .. POR QUE A CULPA FOI DOS OUTROS..

ISTO É GESTÃO???

MensagemEnviado: 27/6/2012 14:36
por Elias
Pata-Hari Escreveu:rmachado, alguém decide como queres gastar o teu dinheiro ou gerir a tua dispensa? porquê que achas que cada umt em o direito de opinar sobre a gestão das empresas de cada um? ninguém opina ou se revolta contra a gestão das empresas públicas que são geridas com o que é nosso. Mas no dinheiro dos outros achamos que podemos opinar.

A única coisa que tens que saber é que há alguém que criou uma empresa (DELE) e que (sorte das sortes) até gera algum emprego porque tem lucro e o negócio faz sentido (mais uma vez, para o bem de todos). Só e apenas. E enquanto os donos das empresas não puderem ser livres de as gerir dado que é o seu capital que está em risco, seremos o que somos e não teremos empresas a crescer. O ajuste do tamanho de uma empresa em função das necessidades e por modo a preservar a sua existência (gerando lucro) é parte essencial da existência de qualquer empresa.

Se te obrigarem sempre a gastar no supermercado o que gastas no natal, és capaz de passar a gastar sempre menos.


Muito bem 'dizido' :clap:

Re: Grupo Barraqueiro dá lucro e despedem pessoal

MensagemEnviado: 27/6/2012 14:32
por Camisa Roxa
marinhas Escreveu:Sendo utilizador dos serviços tenho assistido ao descontentamento do pessoal desta empresa que dá lucro que contrata pessoal ao abrigo da lei de benificios fiscais para quem cria postos de trabalho. Mas o que é um facto é que ao fim de 1 ano ou antes que possam passar a efectivos são dispensados. O governo tem que tomar medidas pois o Sr. Ministro da Economia disse que empresas lucrativas não podiam dispensar pessoal. Como é que ficamos? Se as pequenas empresas de transportes de passageiros se Unirem incluindo uma petrolifera que lhes forneça combustivel Low Cost terão muito mais força que o Grupo Barraqueiro.
Portugal vive numa grande desigualdade entre empresas. Uns comem tudo e os outros ficam com os restos. Empresas unidas é o futuro para fazer frente às grandes.


empresas lucrativas não podem despedir pessoal? onde é que ouviste tamanha baboseira (por alguém que tenha responsabilidades, não de Louçãs, Jerónimos e outros lunáticos do género que não sabem nem nunca saberão o que é minimamente gerir uma empresa)

MensagemEnviado: 27/6/2012 14:32
por Pata-Hari
rmachado, alguém decide como queres gastar o teu dinheiro ou gerir a tua dispensa? porquê que achas que cada umt em o direito de opinar sobre a gestão das empresas de cada um? ninguém opina ou se revolta contra a gestão das empresas públicas que são geridas com o que é nosso. Mas no dinheiro dos outros achamos que podemos opinar.

A única coisa que tens que saber é que há alguém que criou uma empresa (DELE) e que (sorte das sortes) até gera algum emprego porque tem lucro e o negócio faz sentido (mais uma vez, para o bem de todos). Só e apenas. E enquanto os donos das empresas não puderem ser livres de as gerir dado que é o seu capital que está em risco, seremos o que somos e não teremos empresas a crescer. O ajuste do tamanho de uma empresa em função das necessidades e por modo a preservar a sua existência (gerando lucro) é parte essencial da existência de qualquer empresa.

Se te obrigarem sempre a gastar no supermercado o que gastas no natal, és capaz de passar a gastar sempre menos.