Bolsas europeias podem afundar se a Grécia deixar o euro
O facto de na Europa cada um poder ter um interesse, uma opinião diferente, uma maneira de fazer dura, tudo isso pode ser benéfico por cá só para encontrar um chão e levantar a economia.
Nos EUA é diferente, todos querem mandar, mas ninguém manda, tanto que fecham os olhos aos problemas e vão adiando o inevitável.
Nos EUA é diferente, todos querem mandar, mas ninguém manda, tanto que fecham os olhos aos problemas e vão adiando o inevitável.
Ainda relativamente aos EUA e vem ao encontro do que eu falava sobre o risco dos EUA no fim de 2012.
O ano passado por esta altura lembram-se de qual era o medo? Andava-se a discutir o alargamento do limite de divida.
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in JN
O libanês Nassim Taleb, professor na Universidade de Nova Iorque e conhecido pelo seu famoso livro “O Cisne Negro”, afirmou em entrevista à Bloomberg que o euro não está assim tão mal para que se fale em ruptura e que não receia investir na Europa. “Tenho é medo dos Estados Unidos”, disse.
“Claro que a Europa tem os seus problemas, mas está em muito melhor forma do que os EUA”, acrescentou o ex-trader de Wall Street, que está radicado nos Estados Unidos.
Em seu entender, a ausência de um governo centralizado torna a Europa mais atractiva do que os EUA. “O governo centralizado não funciona. (…) A melhor coisa que a Europa fez foi ter membros que se confrontam, pelo que não existe o ‘Grande Governo’”, sublinhou Nassim Taleb.
O autor do famoso “bestseller” referiu também a situação do défice na Europa e nos EUA como factor determinante. “Enquanto na Zona Euro o desequilíbrio orçamental em termos de PIB escalou para 4,1%, nos EUA disparou para 8,2%”.
“A Europa é como alguém que está doente, mas que está consciente disso. Nos Estados Unidos, estamos doentes, mas não o sabemos. Não falamos disso”, salientou.
Recorde-se que “O Cisne Negro” é um livro sobre a incerteza, publicado em 2007 e completado em 2010. Até 1967, acreditava-se que só existiam cisnes brancos, mas nesse ano surgiu um cisne negro na Austrália.
No seu livro, Taleb recorre a essa ideia de que não havia cisnes negros descrever o cisne negro como um acontecimento bastante raro e improvável, com um grande impacto no sistema social, político e financeiro.
O ano passado por esta altura lembram-se de qual era o medo? Andava-se a discutir o alargamento do limite de divida.
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in JN
O libanês Nassim Taleb, professor na Universidade de Nova Iorque e conhecido pelo seu famoso livro “O Cisne Negro”, afirmou em entrevista à Bloomberg que o euro não está assim tão mal para que se fale em ruptura e que não receia investir na Europa. “Tenho é medo dos Estados Unidos”, disse.
“Claro que a Europa tem os seus problemas, mas está em muito melhor forma do que os EUA”, acrescentou o ex-trader de Wall Street, que está radicado nos Estados Unidos.
Em seu entender, a ausência de um governo centralizado torna a Europa mais atractiva do que os EUA. “O governo centralizado não funciona. (…) A melhor coisa que a Europa fez foi ter membros que se confrontam, pelo que não existe o ‘Grande Governo’”, sublinhou Nassim Taleb.
O autor do famoso “bestseller” referiu também a situação do défice na Europa e nos EUA como factor determinante. “Enquanto na Zona Euro o desequilíbrio orçamental em termos de PIB escalou para 4,1%, nos EUA disparou para 8,2%”.
“A Europa é como alguém que está doente, mas que está consciente disso. Nos Estados Unidos, estamos doentes, mas não o sabemos. Não falamos disso”, salientou.
Recorde-se que “O Cisne Negro” é um livro sobre a incerteza, publicado em 2007 e completado em 2010. Até 1967, acreditava-se que só existiam cisnes brancos, mas nesse ano surgiu um cisne negro na Austrália.
No seu livro, Taleb recorre a essa ideia de que não havia cisnes negros descrever o cisne negro como um acontecimento bastante raro e improvável, com um grande impacto no sistema social, político e financeiro.
lfhm Escreveu:Drecksack Escreveu:Não é por nada, mas o mais provável é acontecer exactamente o oposto.
Pois concordo também se me quer parecer que os mercados também já estão fartos de ver os gregos a derreter dinheiro a melhor solução era mesmo por os gaijos a andar para além de servirem de exemplo. O
único contra é o desmembramento da UE mas também não foi por falta de vontade, portanto acho que seria assimilável pelos restantes membros.
Ora aqui está a chave da questão... quem está sistemáticamente desinteressado em cumprir as regras da casa tem de ser "convidado" a sair.
Com que moral se pode impor à Irlanda, Portugal e, provavelmente, a Espanha que ponham as finanças em ordem (principalmente à custa de acréscimo de impostos) e paguem as suas dívidas, se "o outro gajo lá de casa" continua a derreter o dinheiro de todos e nem com perdão de dívida se endireita?
Não vale a pena tentar tratar o doente que não quer tomar o medicamento.
Deixemos-nos de "politicamente correctos" e toca a chutar a Grécia para fora, antes que o bicho se espalhe e toda a gente decida, e bem, que se eles não pagam e nada lhes acontece, então não vale a pena estar a fazer esforço para pagar.
Drecksack Escreveu:Não é por nada, mas o mais provável é acontecer exactamente o oposto.
Pois concordo também se me quer parecer que os mercados também já estão fartos de ver os gregos a derreter dinheiro a melhor solução era mesmo por os gaijos a andar para além de servirem de exemplo. O
único contra é o desmembramento da UE mas também não foi por falta de vontade, portanto acho que seria assimilável pelos restantes membros.
Stresszero Escreveu:É cada vez mais claro que a Grécia não vai sair do euro. O problema maior neste momento chama-se Espanha.
Não sei se isso será assim tão claro... esse compromisso da Europa com a Grécia já deveria ter ficado claro há um ano atrás... neste momento acho que é apenas mais uma forma de tentarem ganhar tempo para a uma saída da Grécia mas com poucas perdas para alguns países do Euro.
A Europa está a chegar a um ponto de ruptura onde tem de ser realista e decide se:
- avança para uma aproximação/fusão entre países e se colocam todos no mesmo barco (orçamentos comuns)
- avança para uma separação da fruta podre e que não aceita os tratamentos que impedem contágios (Grécia neste caso)
Com a situação Espanhola e Italiana, parece-me agora que a Alemanha terá mesmo de decidir se ajuda às soluções ou não... porque o chegar para a frente com a barriga, nestes dois casos vai levar a Europa para o buraco e muito depressa.
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Stresszero Escreveu:É cada vez mais claro que a Grécia não vai sair do euro. O problema maior neste momento chama-se Espanha.
Mas a Moodies começa a dar relatórios positivos sobre Portugal. Se Portugal está fortemente dependente de Espanha, para mim fica claro que Espanha conseguirá superar-se. sozinha.
O Importante aqui é mesmo Portugal e EUA.
Portugal porque é mesmo e ainda nosso.
EUA porque é a causa e a consequência do resto que acontece no mundo.
O ano passado em Junho o secretário do tesouro americano referia que era de extrema importância que os EUA não entrem em incumprimento nos próximos 18 meses. 18 meses são o fim de 2012 altura em que poderá haver de facto alguma volatidade acrescida em torno dos pagamentos dos EUA.
Relativamente à Grécia as coisas estão a recompor-se, pior do que o actual momento será?
Relativamente à Grécia as coisas estão a recompor-se, pior do que o actual momento será?
se a Grécia sair do Euro, acaba a crise
se a Grécia sair do Euro, acaba-se a pressão em torno da Grécia. Desvaloriza o Dracma, aumenta as exportações e melhora a economia.
Vender na especulação e comprar na noticia...
Vender na especulação e comprar na noticia...
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nada na manga, tudo na mão.
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Bem..., entre 1929 e 1933 o Dow caiu mais do que os dois somados ( e tudo começou porque ficaram 13 milhões de acções por vender, na famosa "Quinta -Feira")...!
Não me parece que agora seja caso disso. Mas que vai haver um dia ( ou dois, ou três) muito especial para ir às compras lá isso vai haver. É por isso que vou aguardando. Dizem que: "Cash is King". Pois eu decidi dar uma de Rei por duas ou três semanas...!

Não me parece que agora seja caso disso. Mas que vai haver um dia ( ou dois, ou três) muito especial para ir às compras lá isso vai haver. É por isso que vou aguardando. Dizem que: "Cash is King". Pois eu decidi dar uma de Rei por duas ou três semanas...!

The sense of responsibility in the financial community for the community as a whole is not small. It is nearly nil. ..... So the wise in Wall Street are nearly always silent. The foolish thus have the field to themselves.
John Kenneth Galbraith
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Então, se a Grécia abandonar o euro o tombo das bolsas pode ser de 50%.
Se entretanto a Espanha pedir ajuda o tombo pode ser de quê? 30%?
Somando os dois trambolhões, o que resta?
E a Itália, Portugal, e outros como ficam?
Espero bem que lá para o centro e norte alguém de direito esteja a equacionar isto...
Se entretanto a Espanha pedir ajuda o tombo pode ser de quê? 30%?
Somando os dois trambolhões, o que resta?

E a Itália, Portugal, e outros como ficam?

Espero bem que lá para o centro e norte alguém de direito esteja a equacionar isto...
AutoMech Escreveu:HU Escreveu:AutoMech Escreveu:Quando saem estas notícias é fácil perceber quem está entalado com dívida pública Grega. A Societe Generale é uma delas.
Por acaso até não.
Está mas é entalada com dívida privada Grega ( e não é pouca...!)
Estão e não é nenhuma novidade (sim, acredito que na divida privada também estejam entalados).
Societe Generale profits hit by Greek debt writedown
As notícias de analistas têm de ser lidas sempre ao contrário.
No final de Janeiro a exposição da GLE à dívida pública Grega era de 307 milhões de euros. O Verdadeiro problema com a dívida grega é, para as instituições privadas, a dívida privada grega. A dívida pública é agora uma dor de cabeça para o BCE e para quem garantiu os empréstimos mais recentes (i.e., os parceiros europeus). No conjunto a dívida privada grega aos bancos franceses ronda os 90 Bis.

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repetida
Editado pela última vez por Laribau em 28/5/2012 23:02, num total de 1 vez.
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Ainda não perceberam que o problema não é a Grécia... aliás não é SÓ a Grécia. São os PIIGS
A Espanha pelo seu tamanho é agora um problema sério, muito sério, basta ver o BANKIA...
Só se e quando a Europa resolver agir em conjunto será possível evitar esta catastrofe que se abate sobre os povos europeus.
Sei que catastrofe é forte... mas a ideia era essa mesmo, senão vejam o nº de desempregados a crescer e a FOME a aumentar, por exemplo aqui ao lado... em Portugal.
A Grécia éum problema sério que poderá provocar ondas de choque que poderão derrubar outras nações.
Esse é o verdadeiro problema com que a Europa ainda não arranjou forma de lidar.
A Espanha pelo seu tamanho é agora um problema sério, muito sério, basta ver o BANKIA...
Só se e quando a Europa resolver agir em conjunto será possível evitar esta catastrofe que se abate sobre os povos europeus.
Sei que catastrofe é forte... mas a ideia era essa mesmo, senão vejam o nº de desempregados a crescer e a FOME a aumentar, por exemplo aqui ao lado... em Portugal.
A Grécia éum problema sério que poderá provocar ondas de choque que poderão derrubar outras nações.
Esse é o verdadeiro problema com que a Europa ainda não arranjou forma de lidar.
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HU Escreveu:AutoMech Escreveu:Quando saem estas notícias é fácil perceber quem está entalado com dívida pública Grega. A Societe Generale é uma delas.
Por acaso até não.
Está mas é entalada com dívida privada Grega ( e não é pouca...!)
Estão e não é nenhuma novidade (sim, acredito que na divida privada também estejam entalados).
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As notícias de analistas têm de ser lidas sempre ao contrário.

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AutoMech Escreveu:Quando saem estas notícias é fácil perceber quem está entalado com dívida pública Grega. A Societe Generale é uma delas.
Por acaso até não.
Está mas é entalada com dívida privada Grega ( e não é pouca...!)

The sense of responsibility in the financial community for the community as a whole is not small. It is nearly nil. ..... So the wise in Wall Street are nearly always silent. The foolish thus have the field to themselves.
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Re: Bolsas europeias podem afundar se a Grécia deixar o euro
Dom_Quixote Escreveu:http://economico.sapo.pt/noticias/bolsas-europeias-podem-afundar-50-se-a-grecia-deixar-o-euro_145471.html
Se amanhã não chover pode estar um rico dia...
Se investir, faça-o na indústria farmaceutica (ansiolíticos, antidepressivos e afins)...
Há duas expresões típicas deste tempo nos jornais:
Está em risco.....
Pode verificar-se isto e aquilo...... O verbo poder transformado em condicional sem condição definida.
Ou não!
Seriam bom que estudassem estatistica e probabilidades e nos dissessem sempre o valor quantitativo da probalilidade do acontecimento.
50% é moeda ao ar.
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