mais_um Escreveu:Não é preciso serem empresas "manhosas", qualquer multinacional utilizava uma empresa satélite nacional para contornar estas questões laborais. É (ou era) a forma de contornar-se a rigidez da legislação laboral.
Eu conheço muitas empresas grandes e não conheço nenhuma que o faça ao longo de anos, muito menos uma década ou mais!
mais_um Escreveu:Humm.... o ensino vai piorar, assim como os cuidados de saúde mas não é isso que vai colocar o nosso futuro como nação em causa, considero que é mais importante resolver o problema das contas publicas e racionalizar os gastos em função da riqueza produzida pelo país, isso sim compromete o nosso futuro. Basta ver o que aconteceu na Grécia, se nada fosse feito daqui a uns anos estaríamos na mesma situação.
Eu acho que os riscos para o futuro da nação são grandes, mas admito que possas ter razão, esperemos que sim! E continuarei sempre com algumas dúvidas em relação ao contributo de muitos dos cortes para a redução da despesa... 10 mil professores são cerca de 120 milhões de euros/ano, tenho sérias dúvidas que este montante seja decisivo para a redução do défice, e parece-me que será decisivo para a redução da qualidade do ensino!
mais_um Escreveu:É provável que aconteça algo do género, ainda há muitos pais que julgam que a escola serve para educar os filhos, mas só por curiosidade, no ano passado, na turma do meu filho, metade dos alunos eram filhos dos professores e nas reuniões de pais eram esses os mais críticos e exigentes.
Pois, há de tudo em todas as profissões!
Mas concordo que estes deveriam ser mais compreensivos, mas tudo depende dos casos obviamente!
mais_um Escreveu:Sim é verdade, não sou a nível físico como a nível económico, a minha irmã, professora, vai a pé para escola em que dá aulas, com o novo mega agrupamento pode ir dar aulas a 15 km de distancia, logo tem que ir de automóvel, porque vive numa aldeia e pode ir dar aulas a outra aldeia, onde a oferta dos transportes públicos não é compatível.
Pois e eu nem estava a pensar nisso, estava a pensar em muitas outras coisas que vão tornar a profissão muito mais desgastante. 1. A maioria das disciplinas por turnos desaparecem, assim como as lecionadas por dois professores, o que constituirá uma sobrecarga grande para muitos professores; 2. Haverá menos professores nas escolas o que quererá dizer que a lista infidável de trabalhos necessários (planificações, testes de equivalência à frequência, atas, trabalho de direção de turma, relatórios, etc.) terão de ser feitos por menos, sobrecarregando-os mais; 3. Ter 30 alunos numa sala é diferente de ter 26 ou 28, a exigência e o desgaste serão certamente maiores;
Outra coisa que me lembrei é que muitos dos professores mais velhos têm muita dificuldade com as novas tecnologias, os mais novos vão dando uma ajuda... esta ajuda será agora bastante reduzida! Obviamente que não consigo prever o impacto que isto terá nas escolas mas pode ser algo preocupante! (?)