
Aeroporto de Beja: passivo já ultrapassa um milhão
Empresa acusa Governo de «empatar» a sua extinção
2012-08-20 18:05
O passivo da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB) já ultrapassa um milhão de euros, revelou o presidente da assembleia-geral da instituição, que acusa o Estado de «empatar» a extinção da empresa.
«Isto é completamente absurdo. O adiar da extinção só traz prejuízos porque a empresa não está a funcionar, mas está a ter despesas e, quanto mais cedo se extinguir, mais cedo se deixa de ter estas despesas fixas», afirmou, citado pela Lusa.
Pulido Valente, também presidente do Município de Beja (PS), falava à Agência Lusa a propósito da última reunião da assembleia-geral da EDAB, realizada na sexta-feira, em que a extinção voltou a não ser concretizada.
Segundo Pulido Valente, realçando ter sido a terceira sessão da mesma assembleia-geral a acabar sem resultados, o acionista maioritário Estado, ¿mais uma vez¿, não tomou uma decisão.
«O que nos vieram dizer, agora, é que o ministro Álvaro [Santos Pereira] criou um entrave à conclusão do processo», afirmou.
O ministro da Economia e do Emprego, de acordo com Pulido Valente, pretende, «analisar a situação» e «falar com a ANA - Aeroportos de Portugal», o que «não faz sentido».
«A ANA não tem nada a ver com isto [EDAB] e esta empresa, toda a gente o sabe, é para acabar porque ela já não tem objeto, já não tem utilidade. Aquilo para que foi criada já foi atingido, que era construir o aeroporto», frisou.
Atraso custa 100 mil euros por mês
Enquanto se adiar a extinção, alertou Pulido Valente, são «mais de 100 mil euros que vão à viola» por mês: «É um absurdo e é inaceitável que se continue sem resolver este problema e os contribuintes a pagar».
O presidente da assembleia-geral afiançou ainda que este impasse, «só pelo facto de o Governo, e não se percebe porquê, não ter ainda tomado uma decisão», já leva a que «o prejuízo acumulado» da EDAB ascenda a «mais de um milhão de euros».
«O que é preciso é o Estado aprovar o orçamento de extinção e devolver o capital social aos acionistas que não são Estado, nomeadamente à AMBAAL (Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral) e ao NERBE (Núcleo Empresarial da Região de Beja)», explicou.
Pulido Valente admitiu que seja, precisamente, a devolução das verbas que esteja «a empatar» a extinção da EDAB, que deveria ter sido concretizada em 2011, tendo sido depois aprovado um orçamento até março deste ano, para culminar o processo, o que ainda não aconteceu.
No próximo dia 04 de setembro, os acionistas da EDAB «voltam a reunir», mas Pulido Valente deixou um recado ao Governo.
«Se não tiverem o processo em condições de tomarmos uma decisão, avisem-nos que é para não fazermos as pessoas deslocarem-se centenas de quilómetros e, depois, baterem com o nariz na porta outra vez», disse.
A EDAB é detida em 82,5% pelo Estado, em 10% pela AMBAAL e em 2,5 pela NERBE/AEBAL, tendo ainda como acionistas a empresa gestora do Alqueva (EDIA), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, a AICEP Global Parques e a Administração do Porto de Sines.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/emp ... -1728.html
Empresa acusa Governo de «empatar» a sua extinção
2012-08-20 18:05
O passivo da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB) já ultrapassa um milhão de euros, revelou o presidente da assembleia-geral da instituição, que acusa o Estado de «empatar» a extinção da empresa.
«Isto é completamente absurdo. O adiar da extinção só traz prejuízos porque a empresa não está a funcionar, mas está a ter despesas e, quanto mais cedo se extinguir, mais cedo se deixa de ter estas despesas fixas», afirmou, citado pela Lusa.
Pulido Valente, também presidente do Município de Beja (PS), falava à Agência Lusa a propósito da última reunião da assembleia-geral da EDAB, realizada na sexta-feira, em que a extinção voltou a não ser concretizada.
Segundo Pulido Valente, realçando ter sido a terceira sessão da mesma assembleia-geral a acabar sem resultados, o acionista maioritário Estado, ¿mais uma vez¿, não tomou uma decisão.
«O que nos vieram dizer, agora, é que o ministro Álvaro [Santos Pereira] criou um entrave à conclusão do processo», afirmou.
O ministro da Economia e do Emprego, de acordo com Pulido Valente, pretende, «analisar a situação» e «falar com a ANA - Aeroportos de Portugal», o que «não faz sentido».
«A ANA não tem nada a ver com isto [EDAB] e esta empresa, toda a gente o sabe, é para acabar porque ela já não tem objeto, já não tem utilidade. Aquilo para que foi criada já foi atingido, que era construir o aeroporto», frisou.
Atraso custa 100 mil euros por mês
Enquanto se adiar a extinção, alertou Pulido Valente, são «mais de 100 mil euros que vão à viola» por mês: «É um absurdo e é inaceitável que se continue sem resolver este problema e os contribuintes a pagar».
O presidente da assembleia-geral afiançou ainda que este impasse, «só pelo facto de o Governo, e não se percebe porquê, não ter ainda tomado uma decisão», já leva a que «o prejuízo acumulado» da EDAB ascenda a «mais de um milhão de euros».
«O que é preciso é o Estado aprovar o orçamento de extinção e devolver o capital social aos acionistas que não são Estado, nomeadamente à AMBAAL (Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral) e ao NERBE (Núcleo Empresarial da Região de Beja)», explicou.
Pulido Valente admitiu que seja, precisamente, a devolução das verbas que esteja «a empatar» a extinção da EDAB, que deveria ter sido concretizada em 2011, tendo sido depois aprovado um orçamento até março deste ano, para culminar o processo, o que ainda não aconteceu.
No próximo dia 04 de setembro, os acionistas da EDAB «voltam a reunir», mas Pulido Valente deixou um recado ao Governo.
«Se não tiverem o processo em condições de tomarmos uma decisão, avisem-nos que é para não fazermos as pessoas deslocarem-se centenas de quilómetros e, depois, baterem com o nariz na porta outra vez», disse.
A EDAB é detida em 82,5% pelo Estado, em 10% pela AMBAAL e em 2,5 pela NERBE/AEBAL, tendo ainda como acionistas a empresa gestora do Alqueva (EDIA), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, a AICEP Global Parques e a Administração do Porto de Sines.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/emp ... -1728.html