Construção, uma bomba relogio
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http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=45612
Vai nascer o quarto gigante da construção em Portugal
Fundo de investimento Vallis irá assumir controlo de médias empresas falidas e formar companhia com volume de negócios próximo dos mil milhões de euros, revela Pedro Gonçalves
Portugal vai ter um novo peso pesado na construção. O fundo Vallis, constituído para a recuperação de empresas do sector, está a tomar controlo de médias empresas falidas com o objectivo de criar uma nova companhia com grande capacidade, revelou ao SOL o gestor do fundo, Pedro Gonçalves.
A estratégia é simples: o fundo irá angariar construtoras falidas, ficando responsável pelas suas dívidas. Depois, irá procurar ganhar sinergias com os activos existentes na sua carteira, formando uma construtora com maior capacidade competitiva.
A nova empresa estará focada em ganhar obras no mercado internacional. «Não podemos falar em competição com as outras grandes construtoras nacionais», observa o antigo CEO da Soares da Costa. O ‘bolo’ em território nacional é escasso e está cada vez mais pequeno.
As três maiores empresas do sector em Portugal são a Mota-Engil, a Teixeira Duarte e a Soares da Costa. E, segundo Pedro Gonçalves, a nova empresa terá, «sensivelmente», o mesmo tamanho da Soares da Costa, cujo volume de negócios ronda os 900 milhões de euros.
Vallis já é ‘dono’ da Edifer
O fundo Vallis, criado com a ajuda da banca, já tomou controlo da Edifer, que estava impossibilitada de pagar aos credores. No entanto, até ao final deste ano mais «três ou quatro empresas, com volumes de negócios entre os cem e os mil milhões de euros» irão integrar o fundo, adianta Pedro Gonçalves.
Até agora, o fundo não tem seguido uma política de contactar as empresas por sua iniciativa, mas as construtoras têm procurado, «oficialmente, o contributo» do fundo para a sua viabilização. «Estamos em contacto com várias construtoras neste momento», sublinhou.
Não há ainda uma data definida para se agregarem os activos das empresas e formar a nova construtora. Tudo dependerá, segundo o gestor, da evolução da situação económica e da dinâmica da integração das construtoras em dificuldades no fundoVallis.
Numa segunda fase, será decidida qual a estrutura accionista definitiva da nova empresa. Uma dispersão do capital em bolsa, acompanhando a estratégia das três grandes do sector nacional, está para já fora dos planos. «O fundo é fechado», explica. O que poderá acontecer é a transferência da participação para outros accionistas, ou seja, efectuar-se uma venda directa.
Certo é que o fundo foi criado para durar apenas até 2020. Faltam nove anos para se criar, viabilizar e vender o novo ‘gigante’. Oficialmente, o fundo Vallis tem no mínimo 300 milhões para investir. Mas o montante final entrará na casa dos milhares de milhões.
in Sol
Vai nascer o quarto gigante da construção em Portugal
Fundo de investimento Vallis irá assumir controlo de médias empresas falidas e formar companhia com volume de negócios próximo dos mil milhões de euros, revela Pedro Gonçalves
Portugal vai ter um novo peso pesado na construção. O fundo Vallis, constituído para a recuperação de empresas do sector, está a tomar controlo de médias empresas falidas com o objectivo de criar uma nova companhia com grande capacidade, revelou ao SOL o gestor do fundo, Pedro Gonçalves.
A estratégia é simples: o fundo irá angariar construtoras falidas, ficando responsável pelas suas dívidas. Depois, irá procurar ganhar sinergias com os activos existentes na sua carteira, formando uma construtora com maior capacidade competitiva.
A nova empresa estará focada em ganhar obras no mercado internacional. «Não podemos falar em competição com as outras grandes construtoras nacionais», observa o antigo CEO da Soares da Costa. O ‘bolo’ em território nacional é escasso e está cada vez mais pequeno.
As três maiores empresas do sector em Portugal são a Mota-Engil, a Teixeira Duarte e a Soares da Costa. E, segundo Pedro Gonçalves, a nova empresa terá, «sensivelmente», o mesmo tamanho da Soares da Costa, cujo volume de negócios ronda os 900 milhões de euros.
Vallis já é ‘dono’ da Edifer
O fundo Vallis, criado com a ajuda da banca, já tomou controlo da Edifer, que estava impossibilitada de pagar aos credores. No entanto, até ao final deste ano mais «três ou quatro empresas, com volumes de negócios entre os cem e os mil milhões de euros» irão integrar o fundo, adianta Pedro Gonçalves.
Até agora, o fundo não tem seguido uma política de contactar as empresas por sua iniciativa, mas as construtoras têm procurado, «oficialmente, o contributo» do fundo para a sua viabilização. «Estamos em contacto com várias construtoras neste momento», sublinhou.
Não há ainda uma data definida para se agregarem os activos das empresas e formar a nova construtora. Tudo dependerá, segundo o gestor, da evolução da situação económica e da dinâmica da integração das construtoras em dificuldades no fundoVallis.
Numa segunda fase, será decidida qual a estrutura accionista definitiva da nova empresa. Uma dispersão do capital em bolsa, acompanhando a estratégia das três grandes do sector nacional, está para já fora dos planos. «O fundo é fechado», explica. O que poderá acontecer é a transferência da participação para outros accionistas, ou seja, efectuar-se uma venda directa.
Certo é que o fundo foi criado para durar apenas até 2020. Faltam nove anos para se criar, viabilizar e vender o novo ‘gigante’. Oficialmente, o fundo Vallis tem no mínimo 300 milhões para investir. Mas o montante final entrará na casa dos milhares de milhões.
in Sol
Schi Escreveu:Pelo que li sobre o assunto as empresas grandes cotadas em bolsa já se precaveram há muito e estão bem lançadas "lá fora" uma vez que este panorama nacional já se adivinhava há muito muito tempo.
O desemprego em questão penso que seja redundante apesar dos números. Diria que uma percentagem enorme são trabalhadores estrangeiros, não residentes com contrato precários ou mesmo sem contratos que não irão aumentar significativamente o número "efectivo" de desempregados.
No sector da construção a crise veio separar definitivamente o trigo do joio. Acho que devia ser o sector com o pior índice de trabalhadores no mínimo sub-qualificados. Qualquer sujeito era "construtor", por norma pessoas que nem escrever sabiam. Tenho guardado uma cópia de um orçamento que recebi que dava para enviar aos Gato Fedorento a explicar como se faz humor:)
Esta crise a meu ver irá afectar muitas empresas precárias mas irá definitivamente fortalecer a quem se posicionou bem e que seja honesto e trabalhador, valores que defendo com unhas e dentes.
muitos dos estrangeiros que falas que trabalham na construção, estão nos trabalhos pesados.
a questão é que hoje as grandes construtoras vivem em subempreitadas, ganham a empreitada e fazem varias subempreitadas, para impor maior controlo no preço, menor necessidade de trabalhadores permanetes etc.
a falência de uma "grande" construtora rebenta não é com os seus trabalhadores mas sim com os subcontratados, estou a falar de empresas de mármores, calcários, pinturas, transportes, cimenteiras etc etc
EDIT: essas pequenas empresas de que falo estão a morrer ao pontapé por ruptura de caixa, não é por falta de trabalho (!)
a edifer chegou a andar com 4 meses de atraso no pagamento de salários em portugal com milhões presos em angola ao mesmo tempo. Obras a parar porque os subempreiteiros já não recebem à meses porque o dono de obra (estado muitas vezes) não pagou ao empreiteiro que depois não tem dinheiro para os subempreiteiros. estamos a falar de pagamentos médios a 720 dias
Pelo que li sobre o assunto as empresas grandes cotadas em bolsa já se precaveram há muito e estão bem lançadas "lá fora" uma vez que este panorama nacional já se adivinhava há muito muito tempo.
O desemprego em questão penso que seja redundante apesar dos números. Diria que uma percentagem enorme são trabalhadores estrangeiros, não residentes com contrato precários ou mesmo sem contratos que não irão aumentar significativamente o número "efectivo" de desempregados.
No sector da construção a crise veio separar definitivamente o trigo do joio. Acho que devia ser o sector com o pior índice de trabalhadores no mínimo sub-qualificados. Qualquer sujeito era "construtor", por norma pessoas que nem escrever sabiam. Tenho guardado uma cópia de um orçamento que recebi que dava para enviar aos Gato Fedorento a explicar como se faz humor:)
Esta crise a meu ver irá afectar muitas empresas precárias mas irá definitivamente fortalecer a quem se posicionou bem e que seja honesto e trabalhador, valores que defendo com unhas e dentes.
O desemprego em questão penso que seja redundante apesar dos números. Diria que uma percentagem enorme são trabalhadores estrangeiros, não residentes com contrato precários ou mesmo sem contratos que não irão aumentar significativamente o número "efectivo" de desempregados.
No sector da construção a crise veio separar definitivamente o trigo do joio. Acho que devia ser o sector com o pior índice de trabalhadores no mínimo sub-qualificados. Qualquer sujeito era "construtor", por norma pessoas que nem escrever sabiam. Tenho guardado uma cópia de um orçamento que recebi que dava para enviar aos Gato Fedorento a explicar como se faz humor:)
Esta crise a meu ver irá afectar muitas empresas precárias mas irá definitivamente fortalecer a quem se posicionou bem e que seja honesto e trabalhador, valores que defendo com unhas e dentes.
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ola como trabalhador da construçao civil e obras publicas gostava de esclarecer umas questoes desses numeros .
1 - onde esta o lucro das empresas que facturaram milhoes como e o caso da que eu trabalhei?
resposta :em urbanizaçoes e em offshores
2 - o porque das ppp (autostradas e outras)?
resposta : uma aposta das grandes empresas e bancos num investimento que muitas das vezes nao tinha viabilidade.
3 - porque das empresas compravam equipamento por vezes par fazer so 1 obra e depois entregava .
resposta :vaidade de mostrar equipamentos muito caros e pagar vencimentos de 600 euros a operarios especializados
os pseudos empresarios descapitalizaram as empresas que tinham .investiguem onde para o dinheiro dos empresarios e das falcatruas que faziam.
1 - onde esta o lucro das empresas que facturaram milhoes como e o caso da que eu trabalhei?
resposta :em urbanizaçoes e em offshores
2 - o porque das ppp (autostradas e outras)?
resposta : uma aposta das grandes empresas e bancos num investimento que muitas das vezes nao tinha viabilidade.
3 - porque das empresas compravam equipamento por vezes par fazer so 1 obra e depois entregava .
resposta :vaidade de mostrar equipamentos muito caros e pagar vencimentos de 600 euros a operarios especializados
os pseudos empresarios descapitalizaram as empresas que tinham .investiguem onde para o dinheiro dos empresarios e das falcatruas que faziam.
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- Registado: 23/6/2009 21:43
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Construção, uma bomba relogio
o expresso não publicou na integra a entrevista a Vera Pires Coelho, a agora antiga presidente do grupo Edifer. Devo dizer que, para quem trabalha na construção é de ler. Segundo a entrevista há algumas coisas que saltam à vista:
º o estado está a fazer pressão para fusões, a banca nem por isso, as empresas, mesmo em quase ruptura, não estão interessadas
º segundo a VPC a única construtora em portugal a pagar a tempo e horas é a TD (!!)
º qualquer construtora que vá para angola tem sempre dividas do estado angolano ("é como funciona") e tem problemas em transferir o dinheiro para portugal.
º nos próximos 2 ou 3 meses mais empresas vão-se juntar ao fundo de resgate Vallis
Mota-Engil estima que este ano fiquem no desemprego mais de 50 mil pessoas do sector da construção
http://economico.sapo.pt/noticias/mota- ... 32362.html
O licenciamento de obras bateu os valores mínimos da última década, em todas as variáveis em análise.
http://www.apcmc.pt/newsletter/newslett ... trucao.pdf
divida das autarquias às construtoras são de 930 Milhões.
http://www.apcmc.pt/newsletter/newslett ... ICCOPN.pdf
sobre o fundo de resgate das construtoras:
http://www.vallis.pt/empresas_participa ... -p-s-a-r-l
º o estado está a fazer pressão para fusões, a banca nem por isso, as empresas, mesmo em quase ruptura, não estão interessadas
º segundo a VPC a única construtora em portugal a pagar a tempo e horas é a TD (!!)
º qualquer construtora que vá para angola tem sempre dividas do estado angolano ("é como funciona") e tem problemas em transferir o dinheiro para portugal.
º nos próximos 2 ou 3 meses mais empresas vão-se juntar ao fundo de resgate Vallis
Mota-Engil estima que este ano fiquem no desemprego mais de 50 mil pessoas do sector da construção
http://economico.sapo.pt/noticias/mota- ... 32362.html
O licenciamento de obras bateu os valores mínimos da última década, em todas as variáveis em análise.
http://www.apcmc.pt/newsletter/newslett ... trucao.pdf
divida das autarquias às construtoras são de 930 Milhões.
http://www.apcmc.pt/newsletter/newslett ... ICCOPN.pdf
sobre o fundo de resgate das construtoras:
http://www.vallis.pt/empresas_participa ... -p-s-a-r-l
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