
artista Escreveu:
Convinha era saber quais são os princípios que são aplicados em Espanha?!![]()
Parece ser mais ou menos como se ficava livre da tropa antigamente, para prestar assistência familiar.
Se tiver meios tem de pagar: rendimentos ou ativos.
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artista Escreveu:
Convinha era saber quais são os princípios que são aplicados em Espanha?!![]()
alexandre7ias Escreveu:O presidente do Santander Totta, António Vieira Monteiro, diz que o banco concorda com os princípios aplicados em Espanha para a entrega de casa à banca por parte de clientes que não conseguem pagar os empréstimos.
Santander Totta concorda com regra espanhola de entrega de casa aos bancos
09.05.2012 - 16:10 Cristina Ferreira, Pedro Crisóstomo
Foto: Dário Cruz
Os lucros do banco caíram 55% face ao primeiro trimestre de 2011
O presidente do Santander Totta, António Vieira Monteiro, diz que o banco concorda com os princípios aplicados em Espanha para a entrega de casa à banca por parte de clientes que não conseguem pagar os empréstimos.
Vieira Monteiro, que hoje apresentou os resultados trimestrais do braço português do grupo Santander, sublinhou que a instituição sempre aceitou imóveis de quem não tem capacidade de saldar o empréstimo.
“Aceitamos desde que se comprove que as famílias não possam efectivamente pagar”. Mas, frisou, esta prática não deve ser alargada a quem consegue saldar as dívidas ao banco.
Duas propostas de lei, uma do PS e outra do Bloco de Esquerda, visam permitir a entrega da casa em dação de pagamento da dívida em determinadas situações, ou seja, a entrega do imóvel anulando integralmente o crédito ao banco. Também os partidos da maioria parlamentar estão a trabalhar sobre a matéria. E o PCP também já admitiu apresentar uma proposta.
O Santander Totta, acrescentou Vieira Monteiro, está a colaborar com o Governo para ser criado um fundo de habitação, para as casas entregues à banca poderem ser arrendadas como habitação social.
No primeiro trimestre, o braço português do grupo espanhol Santander teve um lucro de 31 milhões de euros, menos 55% do que no mesmo período do ano passado.
artista Escreveu:gorgol Escreveu: Em todo o caso o incumprimento na habitação está em 2% do total dos empréstimos à habitação e perfeitamente aceitável.
Não percebi? estás a dizer que 2% é o incumprimento das famílias no total do crédito à habitação? sendo o resto promotores imobiliários e empresas?
gorgol Escreveu: Em todo o caso o incumprimento na habitação está em 2% do total dos empréstimos à habitação e perfeitamente aceitável.
artista Escreveu:alexandre7ias Escreveu:Todos os dias há 100 portugueses que deixam de pagar o crédito da casa
Sara Antunes
Havia para ai um tópico onde se defendia que a maior parte das habitações entregues aos bancos provinha de promotores imobiliários... tendo em conta esta notícia, se calhar não é bem assim!? Será que alguém consegue dados mais concretos sobre o assunto?
alexandre7ias Escreveu:Todos os dias há 100 portugueses que deixam de pagar o crédito da casa
Sara Antunes
Todos os dias há 100 portugueses que deixam de pagar o crédito da casa
Sara Antunes
O número de portugueses que não consegue pagar os empréstimos está a aumentar de forma mais acelerada desde o início do ano. Mais 27.800 particulares passaram a ter prestações em atraso durante o primeiro trimestre, o equivalente a 306 por dia. Três vezes mais do que a média do ano passado. Em muitos casos, é a prestação da casa que fica por pagar.
O número de portugueses que não consegue pagar os empréstimos está a aumentar de forma mais acelerada desde o início do ano. Mais 27.800 particulares passaram a ter prestações em atraso durante o primeiro trimestre, o equivalente a 306 por dia. Três vezes mais do que a média do ano passado. Em muitos casos, é a prestação da casa que fica por pagar.
Em cada 100 portugueses com crédito, 15,3 têm prestações em atraso, de acordo com os dados da central de responsabilidades de crédito do Banco de Portugal, divulgados ontem. O que equivale a 699.129
Dados do BdP
Apesar do Banco de Portugal revelar o crédito concedido às famílias, os números que são divulgados trimestralmente relativos ao incumprimento são referentes ao número de pessoas. Isto porque se um casal deixar de pagar o seu empréstimo à habitação, são incluídos as duas pessoas nestes dados.
particulares.
O grosso dos casos está no crédito ao consumo. Mas o crescimento é também muito elevado nos empréstimos à habitação, onde o incumprimento tem um impacto social muito mais grave. Nos primeiros três meses mais 8.841 particulares deixaram de pagar a prestação da casa, somando agora 148,7 mil. São 97 casos por dia, um ritmo muito mais acelerado do que em 2011 (34 por dia).
Ainda que o número de portugueses que deixou de pagar o crédito seja expressivo, o peso do malparado no montante total dos empréstimos não é ainda considerado perigoso. O rácio de crédito vencido nas famílias atingiu os 3,53% em Março, um novo recorde desde que há dados (Dezembro de 1997). Na habitação o peso é de 1,94%, superando os 10% no crédito ao consumo.
"São níveis preocupantes, mas não alarmantes", afirma Teresa Gil Pinheiro, economista do BPI. Tendo em conta o crescimento do desemprego, é de esperar que os níveis de incumprimento continuem a aumentar nos próximos meses. A especialista acredita, no entanto, que " a descida das taxas de juro pode moderar o aumento do crédito malparado".
Um quarto das empresas tem dívidas à banca em atraso
O incumprimento está também a agravar-se nas empresas. O peso do malparado atingiu um novo recorde de 7,42% em Março, que equivale 8,29 mil milhões de euros de créditos de cobrança duvidosa.
De acordo com os dados da central de responsabilidades de crédito, 26,1% das empresas com dívidas à banca têm prestações em atraso. No final do ano passado eram 24,4%. Os números são ainda mais elevados no caso dos empresários em nome individual, com 28,5% em situação de incumprimento. Há um ano eram 24,1%.
Crédito volta a chegar às empresas e famílias
Os bancos concederam mais empréstimos às famílias e empresas, em Março, num sinal de inversão face ao comportamento dos últimos meses. O novo financiamento à economia somou 5,8 mil milhões de euros, mais 47,01% que em Fevereiro, e mais 31,11% do que no mesmo mês do ano passado.
O crédito às empresas aumentou em todos os segmentos, mas sobretudo para as grandes. Nos financiamentos acima de um milhão de euros o aumento mensal foi de 39,56%, e de 82% em termos homólogos. No caso das famílias foram concedidos 1,5 mil milhões de euros de empréstimos, o que corresponde a um acréscimo homólogo de 27,13%.
Esta subida acentuada está relacionada principalmente com o comportamento dos novos financiamento do segmento de "outros fins", onde se inclui a educação, a energia e os trabalhadores por conta própria. Mas também na habitação e no consumo houve um aumento face ao mês anterior, de 31,3% e 12,3%, respectivamente.
.Facilitar a entrega da casa ao banco pode criar mais problemas às famílias
04.05.2012 - 11:12 Rosa Soares
Foto: Adriano Miranda
A banca é chamada a ter uma actuação mais preventiva
Alterar a legislação para entregar a casa ao banco, anulando a dívida existente, pode criar uma situação explosiva para as famílias e para a economia nacional.
Esta é a opinião de Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), mas também de um alto quadro bancário, com conhecimento profundo do mercado de crédito imobiliário. Ambos defendem outro caminho, o da renegociação dos contratos à habitação no caso das famílias que entraram em situação de dificuldade.
Neste momento, há já duas propostas de lei, do PS e do Bloco de Esquerda, que visam permitir a entrega da casa em dação de pagamento da dívida (entrega do imóvel que anula integralmente o crédito ao banco independentemente do seu valor). O PSD e o CDS estão também a trabalhar sobre esta matéria e o PCP admitiu que também vai avançar com uma proposta no mesmo sentido.
Mas para Luís Lima, a estratégia do Governo no pacote de medidas que está a preparar com o Banco de Portugal deveria ser o de criar condições para que as famílias em dificuldades económicas possam reduzir as prestações do empréstimo.
Luís Lima admite que a divulgação, pela APEMIP, do crescente número de casas entregues aos bancos este ano alertou para a dimensão do problema, assunto que ganhou ainda maior actualidade com sentença inédita de Portalegre (ver caixa).
No primeiro trimestre, foram entregues 2300 imóveis, o que corresponde a 25 casas por dia, um crescimento de 70% face a igual período do ano anterior. Boa parte do aumento ficou a dever-se a entregas feitas por promotores imobiliários, que não conseguem vender os imóveis e suprir as dívidas aos bancos.
Luís Lima defende que, apesar de a banca estar a revelar maior sensibilidade para com as dificuldades das famílias para continuarem a pagar os empréstimos, há medidas que o Governo pode adoptar, nomeadamente "no sentido de responsabilizar os bancos pela identificação atempada das situações críticas". Muitas famílias, para não deixarem de pagar a casa, começam a pedir empréstimos paralelos, até que chegam a uma altura em que a situação já é de falência total. "É preciso prevenir essas situações e a banca tem de ter essa preocupação", refere Luís Lima, que critica a demora no avanço do pacote de medidas que o Governo está a preparar, bem como no atraso da lei do arrendamento.
Luís Lima, que diz estar a receber diariamente dezenas de mensagens por correio electrónico de famílias sobreendividadas, ou em situação de desemprego, a dizerem que vão entregar a casa ao banco, alerta para as dificuldades que muitas vão ter para encontrar habitação para arrendar a preços razoáveis, se optarem por se desfazer do imóvel.
"Estamos a incentivar o que pode ser um problema social e económico grave", porque as pessoas ficam sem casa para viver e os bancos cheios de casas, que vão vender com descontos muito elevados, gerando uma forte desvalorização dos imóveis e arrastando muitos promotores imobiliários para a falência.
Uma fonte da banca, que pediu anonimato, também defendeu que a solução para as famílias sobreendividas deve passar pela renegociação dos contratos, porque garante a permanência na habitação. Este gestor defende que a aprovação de uma lei que permita a dação em larga escala criará um problema para os bancos, mas também para as famílias, pela falta de casa para viver. Uma lei que vá no sentido da solução encontrada em Espanha até pode ser aceite pela banca portuguesa, mas é tão restritiva que abarcará um número ínfimo de famílias.
© Público Comunicação Social SA
Elias Escreveu:uma coisa que nunca percebi muito bem é se os bancos são obrigados a aceitar os imóveis e em que condições.
AutoMech Escreveu:Foi um juiz estagiário que proferiu a sentença. A relação já trata de anular isto.
“É uma decisão extraordinária, de ruptura com o conservadorismo do direito bancário”
Áudio António Júlio Almeida espera que o caso faça jurisprudência
António Júlio Almeida, da Associação de Consumidores de Produtos Financeiros, aplaude a decisão do Tribunal de Portalegre em julgar saldada a dívida de uma casa entregue ao banco.
Decisão de Portalegre prova que juízes se sabem "adaptar à realidade"
Tribunal de Portalegre decreta que entrega de casa ao banco salda empréstimo
“É uma decisão extraordinária, de ruptura com aquilo que é o conservadorismo do direito bancário até agora e da jurisprudência sempre favorável aos bancos e sempre em desequilíbrio e em desfavor dos devedores". A decisão agora introduz "equilíbrio e justiça”, elogia António Júlio Almeida, da Associação Portuguesa de Consumidores e Utilizadores de Produtos e Serviços Financeiros (SEFIN), em declarações à Renascença.
A SEFIN aplaude a decisão do juiz que dita a entrega de casa ao banco, saldando assim toda a dívida do crédito. A sentença do tribunal de Portalegre, que já transitou em julgado, é inédita em Portugal e pode fazer jurisprudência.
António Júlio Almeida espera que assim seja, não só no crédito à habitação, mas também noutras matérias: “Que esta visão seja alargada a muitas outras matérias porque é de ao menos isto que os clientes financeiros necessitam. Toda a jurisprudência, todo o exercício de direito bancário é menos favorável aos consumidores financeiros”.
“A perda de posição relativa em termos negociais, dando muitas vezes situações de contencioso, sempre em desequilíbrio, sempre em desfavor em relação aos bancos. Que isto sirva de exemplo também para outros casos,” conclui António Júlio Almeida.
A sentença divulgada este sábado pelo “Diário de Notícias”, é de Janeiro deste ano. Já transitou em julgado e é definitiva.
A norma é o banco avaliar a casa a preços de mercado, ficar com o imóvel e exigir ao cliente o pagamento do valor remanescente do empréstimo.
Em Portugal, só nos primeiros três meses do ano foram entregues aos bancos 2.300 casas, uma média de 25 por dia.
.gorgol Escreveu:No curto prazo parece ser positivo para quem deve, mas no longo prazo o sistema vai ter em conta com este risco, logo corrige da seguinte forma:
1 - Aplica spreads mais elevados
2 - Baixa o valor das avaliações
3 - Exige um maior rácio na relação empréstimo versus valor
4 - Exige uma maior taxa de esforço a quem pede empréstimo.
Resultado:
Passamos a ter mutualização de parte da dívida, isto é, os novos compradores pagam pelos atuais e uma forma de matar o principio da responsabilização individual.
Vão todos pagar mais um pouco para colmatar os casos de dação.