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Supermann Escreveu:(...) por ventura o que Soros fez foi meter a carne toda no assador o que muitos se calhar não fariam.
VirtuaGod Escreveu:Aliás logo a seguir a este trade ele fez outro trade semelhante onde tomou a posição de ajudar a posição de um banco central, acabou por perder $ nesse trade, mas ele achava que estava a ajudar alguém que fazia sentido economicamente. (Não me recordo do país mas foi um país do sudueste asiático durante a crise de 1998).
Camisa Roxa Escreveu:VirtuaGod Escreveu:Uma pessoa por fazer rios de dinheiro nos mercados não significa que é "Evil"...Muito do dinheiro que ele fez foi aproveitar-se dos erros dos outros nada mais, para estas pessoas isso é como olhar para um pote de ouro e apenas esticar a mão!! Quem sabe sabe, o resto desdenha...
exactamente... ora o que ele diz agora é que os mercados são selvagens e têm de ser regulados quando ele beneficiou precisamente dessa mesma situação!
VirtuaGod Escreveu:Camisa Roxa Escreveu:Uma pessoa por fazer rios de dinheiro nos mercados não significa que é "Evil"...Muito do dinheiro que ele fez foi aproveitar-se dos erros dos outros nada mais, para estas pessoas isso é como olhar para um pote de ouro e apenas esticar a mão!! Quem sabe sabe, o resto desdenha...
MPC_finance Escreveu:VirtuaGod Escreveu:Por acaso ele não está longo no dólar não!!
Não está longo no dólar?!!!!
Está cheio de dólares, carregado
E não está longo?
VirtuaGod Escreveu:Por acaso ele não está longo no dólar não!!
Supermann Escreveu:por ventura o que Soros fez foi meter a carne toda no assador o que muitos se calhar não fariam.
Camisa Roxa Escreveu:agora que embolsou o dinheiro, é que passou a ser contra...estas posições esquerdóides que assumiu nos últimos anos só se podem dever a algum estado de demência com o avançar da idade
VirtuaGod Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:Ele é de esquerda, ou pelo menos anti-capitalista nos formatos em que vivemos!
MiamiBlueHeart Escreveu:Coitadinho do Soros, ainda vai ser apelidado de esquerda!!!
MPC_finance Escreveu:Não seria de esperar outra coisa de um Americano que muito provavelmente terá algum dinheiro apostado na queda do Euro.
[/quote]MiamiBlueHeart Escreveu:George Soros acusa Merkel de conduzir a Europa na direcção errada.
Já nem Soros acredita na política de Merkel e do caminho que a Europa está a percorrer..
Coitadinho do Soros, ainda vai ser apelidado de esquerda!!![/code]
Supermann Escreveu:Qual foi então?
VirtuaGod Escreveu:Apartir do ponto "o homem que ainda detém o recorde de fazer mais dinheiro num só dia de negociação do que qualquer outra pessoa" logo na primeira frase deixei de ler... deve fatar alguma pesquisa nesse artigo
George Soros: "A situação atual é a mais difícil que já vivi"
04/02/2012 | 00:00 | Dinheiro Vivo
Já conhece George Soros. É o investidor dos investidores - o homem que ainda detém o recorde de fazer mais dinheiro num só dia de negociação do que qualquer outra pessoa. Ele embolsou mil milhões de dólares a apostar contra a libra esterlina na "quarta-feira negra" de 1992, quando esta perdeu 20% do seu valor em menos de 24 horas e saiu do Sistema Monetário Europeu que controla o mecanismo das taxas de câmbio da zona. Não admira que os britânicos lhe chamem, com uma mistura de espanto e irritação, "o homem que fez falir o Banco de Inglaterra".
Soros não faz apostas pequenas em nada. Fora dos mercados, tem empregado milhares de milhões de dólares do seu dinheiro para promover a liberdade política na Europa de Leste e outras causas. Apostou contra a Casa de Branca de Bush, tornando-se um íman de ódios da direita que persiste até hoje. Portanto, enquanto Soros e os líderes do mundo se reuniam de novo, na semana passada, em Davos, Suíça, para o Fórum Económico Mundial, em que é que um dos maiores jogadores económicos do mundo estaria a apostar?
Em nada. Pela primeira vez na sua carreira de 60 anos, Soros, atualmente com 81 anos, admite que não tem a certeza do que há de fazer. "É muito difícil, tendo em conta os danos provocados durante os anos de crescimento," diz Soros. Ele não discute o seu portfólio, para ninguém achar que está a falar sobre como fazer dinheiro. Mas quem o conhece diz que prefere ações a longo prazo com empresas sólidas, evitando o ouro - "a derradeira bolha"- e sobretudo ter dinheiro.
Ele nem está a fazer a única coisa que se espera de um homem que reconhece uma divisa aleijada quando a vê: fazer uma short sell do euro, e talvez até do dólar norte-americano, enviando-os para o inferno. Muito pelo contrário. Apoia o sitiado euro, incitando publicamente os líderes europeus a fazer o que for preciso para assegurar a sua sobrevivência. "O euro tem de sobreviver porque a alternativa - a fragmentação - provocaria um colapso a que a Europa e o mundo não se podem dar ao luxo." Soros comprou cerca de dois mil milhões de dólares em obrigações europeias, principalmente italianas, à MF Global Holdings Ltd., a empresa de títulos gerida pelo antigo diretor do Goldman Sachs, Jon Corzine, que pediu proteção contra falência em outubro passado.
Será que o grande short seller amoleceu? Parece que sim. Sentado no seu escritório de canto no 33.oºº piso, bem lá no alto da Sétima Avenida em Nova Iorque, ele está mais preocupado em sobreviver do que em manter-se rico. "Em alturas como esta, a sobrevivência é a coisa mais importante," diz, olhando através dos seus óculos de coruja e afastando as madeixas cinzentas da testa. Ele não quer apenas dizer que está na hora de proteger os seus ativos. Quer dizer que está na hora de impedir o desastre. Segundo ele, o mundo enfrenta um dos períodos mais perigosos da história moderna - um período de "mal." A Europa está a confrontar-se com um declínio até ao caos e conflito. Na América, prevê tumultos nas ruas que levarão a uma repressão brutal e reduzirá drasticamente as liberdades civis. O sistema económico global pode até vir a desabar por completo.
"Não estou aqui para o animar. A situação é a mais séria e difícil que vivi na minha carreira," diz Soros à Newsweek. "Estamos a enfrentar um momento extremamente difícil, comparável em muitos aspetos aos anos 30, à Grande Depressão. É uma retração geral no mundo desenvolvido, que ameaça colocar-nos numa década de mais estagnação, ou pior. O melhor cenário é um ambiente deflacionário. O pior cenário é um colapso do sistema financeiro."
O aviso baseia-se tanto na sua história pessoal extraordinária como na sua intuição para os momentos de expansão e contração nos mercados. "Pessoalmente, sobrevivi a uma situação muito mais ameaçadora, por isso é emocional, mas também racional," admite. Soros tinha apenas 13 anos quando os soldados nazis invadiram e ocuparam a sua Hungria natal em março de 1944. Em apenas oito semanas, quase meio milhões de judeus húngaros foram deportados, muitos deles para Auschwitz. Viu corpos de judeus e dos cristãos que os ajudaram pendurados nos postes de iluminação com os crânios esmagados. Mas sobreviveu, graças ao pai, Tivadar, que arranjou identidades falsas para a família. Posteriormente, assistiu à expulsão dos nazis pelas forças russas e à substituição do fascismo por uma nova ideologia totalitária, o comunismo. Como a vida se tornou mais dura na ocupação pós-guerra soviética, Soros arranjou maneira de emigrar, primeiro para Londres e depois para Nova Iorque.
Soros aproveita a experiência do passado para defender que a crise económica global é tão significativa e imprevisível como o fim do comunismo. "O colapso do sistema soviético foi um acontecimento realmente extraordinário e hoje estamos a viver algo semelhante no mundo desenvolvido, sem compreender plenamente o que está a acontecer." O desmontar espetacular do credo dos mercados eficientes - a ideia de que os mercados são racionais e podem regular-se a si próprios para impedir o desastre - "é comparável ao colapso do marxismo como sistema político. A interpretação dominante acabou por ser muito enganadora. Assume um conhecimento perfeito, o que está muito longe da realidade. Precisamos de mudar da Idade da Razão para a Idade da Falibilidade para termos uma compreensão adequada dos problemas", diz.
Compreender, afirma, é crítico. "A concorrência desenfreada pode levar as pessoas a ações que, de outra forma, se arrependeriam. A tragédia da situação atual é a consequência não intencional da compreensão imperfeita. Muito do mal que acontece no mundo, na realidade, não é intencional. Imensas pessoas no sistema financeiro causaram imensos danos sem terem intenção de o fazer." Mesmo assim, Soros acredita que o Ocidente está a esforçar-se para lidar com as consequências do mal no mundo financeiro, da mesma forma que os países do antigo bloco de Leste lutaram contra ele a nível político. Estará ele realmente a dizer que os génios financeiros por detrás da crise económica não estavam só errados como eram maus? "É verdade." Tendo isso em consideração, Lloyd Blankfein, CEO do Goldman Sachs, disse ao The Sunday Times, no auge da crise financeira, que os banqueiros "fazem o trabalho de Deus".
Para muitos, a ideia de Soros a dar lições ao mundo sobre o "mal" é, digamos, requintada. Afinal, é um investidor que provou - e lucrou imensamente com isso - a ideia, agora muito ridicularizada, de que o mercado, ou neste caso um único investidor, é mais poderoso do que governos soberanos. Ele fez falir o Banco de Inglaterra, destruiu a reputação do Partido Conservador e reduziu o valor da libra nos bolsos dos consumidores britânicos em um quinto num só dia. Soros, o especulador de divisas, foi condenado como "inútil, improdutivo, imoral. "Mahathir Mohamad, ex-primeiro-ministro da Malásia, chamou-lhe "criminoso" e "atrasado mental."
Nos Estados Unidos, onde a direita ainda não lhe perdoou o ter-se empenhado contra George W. Bush e a "guerra de terror" após o 11 de Setembro, que descreveu como "maligna," a sua previsão de tumultos nas ruas - "já começou," afirma - provavelmente vai acender novas críticas sobre Soros ser um "lança-bombas radical de extrema-esquerda," como O'Reilly já o descreveu. Os seus críticos já o acusam de atear a chama financiando o movimento Occupy através dos Adbusters, os provocadores canadianos que desencadearam o movimento. "Não é verdade", diz Soros.
A vida pessoal condimentada de Soros também impelirá muitos a desdenhar da sua moral. No ano passado, Adriana Ferreyr, sua companheira de 28 anos, processou-o no Supremo Tribunal de Nova Iorque, em Manhattan, alegando que ele faltou à promessa de lhe comprar um apartamento, provocando-lhe um sofrimento extremo. Ferreyr, uma ex-estrela de telenovelas, no Brasil, disse que Soros dera o apartamento que lhe prometera a outra amiga. Também o acusou de a ter agredido. Soros considerou as acusações "frívolas e sem valor" e "repletas de falsas acusações, sendo obviamente uma tentativa para lhe extorquir dinheiro".
Apesar da sua bagagem, o homem que se vê a si próprio como um estadista filantropo não se deixa abalar. Tendo lucrado com os mercados não regulamentados, quer agora livrar-nos deles. Temos o caso da Europa. Está convencido de que, "se houver um colapso desordenado do euro, existe o perigo de um ressurgimento dos conflitos políticos que têm dividido a Europa ao longo dos séculos - uma forma extrema de nacionalismo, que se manifesta na xenofobia, na exclusão de estrangeiros e grupos étnicos. No tempo de Hitler, isso estava centrado nos judeus. Agora, é contra os ciganos, os Roma, que são uma pequena minoria, e também, claro, os imigrantes muçulmanos".
Há "uma probabilidade muito maior" de a Grécia entrar formalmente em default ainda este ano, disse Soros em Davos na semana passada. E criticou os líderes europeus que parece só "fazerem o suficiente para acalmar a situação, sem resolver o problema". Se Angela Merkel ou Nicolas Sarkozy alimentam algumas esperanças de encontrar a sua salvação fora do continente, estão enganados. "Recentemente fiz uma viagem à China e a China não virá resgatar a Europa," afirma Soros. E apesar de todos os males, acha que o euro vai conseguir sobreviver.
Embora Soros, cujo novo livro, Financial Turmoil in Europe and the United States, será publicado este mês, esteja concentrado na Europa, é rápido a afirmar que as divisões económicas e sociais nos EUA também se vão intensificar. Ele simpatiza com o movimento Occupy, que articula uma desilusão generalizada em relação ao capitalismo que ele partilha. As pessoas "têm razão para se sentir frustradas e zangadas" com o custo de resgatar o sistema bancário a ser suportado em grande parte pelos contribuintes em vez dos acionistas ou obrigacionistas.
O Occupy Wall Street "é uma manifestação de protesto rudimentar e sem liderança," mas que vai crescer. "Colocou na agenda questões que a esquerda institucional não conseguiu colocar durante um quarto de século." E pega numa análise, elaborada pelo blogue político ThinkProgress.org, que mostra como o movimento Occupy levou os problemas do desemprego para a agenda dos grandes meios de comunicação, como a MSNBC, a CNN e a Fox News. Segundo esta última, numa semana de julho de 2011 a palavra "dívida" foi mencionada mais de sete mil vezes nas principais cadeias televisivas norte-americanas. Em outubro, as menções à palavra "dívida" tinham descido para 398 ao longo de uma semana, enquanto occupy foi mencionada 1278 vezes, Wall Street 2378 e empregos 2738. Não se consegue manter um financeiro longe da sua métrica.
À medida que a raiva aumenta, os tumultos nas cidades americanas são inevitáveis. "Sim, sim, sim," diz, quase alegremente. A resposta à desordem pode ser mais prejudicial do que a própria violência. "Será uma desculpa para reprimir e usar táticas violentas para manter a lei e a ordem que, levadas ao extremo, podem levar a um sistema político repressivo, uma sociedade em que a liberdade individual seja muito mais condicionada, o que seria uma rutura com a tradição dos Estados Unidos."
Se há uma réstia de esperança para o mundo em 2012, Soros acredita que está nos mercados emergentes. O investidor insiste que a chave para evitar o cataclismo em 2012 é não deixar que a crise de 2011 seja um desperdício. "Nos períodos de crise, o impossível torna-se possível. A União Europeia pode recuperar o seu brilho.
E acredita que os principais banqueiros e primeiros-ministros que se reuniram em Davos têm o que é preciso para se unir e provar que está errado. Desta vez, estar errado faria que ficasse verdadeiramente feliz.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... tml?page=7