CALDEIRÃO DE BOLSA

"Há emigrantes portugueses a dormir nas estações de comboios da Suíça"
Pedidos de ajuda dispararam Pedidos de ajuda que chegam à Igreja cresceram significativamente.

Governo reconhece que "sozinho" não consegue dar repostas às situações de carência que vão surgindo nas comunidades portuguesas no estrangeiro.
24-01-2012 19:49 por Domingos Pinto


O número de pedidos de ajuda à Igreja de emigrantes portugueses na Suíça aumentou 80% nos últimos dois anos, alerta o padre Aloísio Araújo, coordenador nacional da Pastoral das Missões Católicas naquele país.

“Todos os dias, temos gente a bater à porta das missões e já há compatriotas nossos a dormir nas grandes estações de comboios, nos abrigos comunais”, relata o padre Aloísio Araújo.

A Suíça é o destino da Europa para onde os portugueses mais emigram. Só no ano passado, 11 mil portugueses partiram para aquele país, onde a comunidade lusa ronda as 200 mil pessoas.

As leis da imigração na Suíça são bastante rígidas e o mercado de trabalho estás saturado. Quando todas as portas se fecham, "as da Igreja continuam abertas para fazer o possível", diz o padre Aloísio Araújo, coordenador nacional da Pastoral das Missões Católicas na Suíça.

Os pedidos de ajuda visam as necessidades mais básicas, mas também para arranjar trabalho, como é o caso de Patrícia Moreira, uma enfermeira que tem os pais na Suíça.

O Governo reconhece que "sozinho" não consegue dar repostas às situações de carência que vão surgindo nas comunidades portuguesas no estrangeiro.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, afirma que quem emigrar deve fazê-lo “sempre com contratos de trabalho que lhes dêem algumas garantias”. Apela ainda para que “não se deixem iludir com promessas fáceis”.

In RR

O custo de vida é alto em muitos sitios, a começar por Portugal.
O problema em Portugal foi todos lucrarem a custa dos emprestimos (Estado, Bancos e supostamente os clientes).

No entanto fui ver o grafico dos salarios e encontrei isto:

Claro, que Portugal partiu quase do zero em 1974 , com salarios muito baixos , e o salario minimo sempre foi vergonhoso, mas serve de exemplo para os salarios acima (de certeza evoluiram da mesma forma ou ainda mais como é normal).

De 2001 a 2010 tivemos uma subida a rondar 25% dos salarios , no entanto o País cresceu 10,7% . Aqui esta a receita para a tragedia.

Reparem na subida de salarios em 2008,2009 e 2010 quando Portugal ja estava em recessão.

Nao esquecer que com o euro, tudo subiu em escala.

A Fonte do grafico é: http://www.dgert.mtss.gov.pt/trabalho/r ... ao_smn.htm

A ultima coluna e a % subida

Lion_Heart Escreveu:Nao se esqueçam que o que tramou a Grecia e a Espanha e em menor dimensão Portugal (pq nunca saiu da recessão) foi a subida artificial de salarios ocorrida principalmente depois da entrada do euro em vigor.

De um momento para o outros todos eram ricos, mas como se verificou no final não era bem assim.

Uma subida de quase 100% no salario não é possivel , ate mesmo na Suiça.

Subida artificial de salários em Portugal? O que houve foi o acesso irrestrito ao crédito que permitiu às pessoas gastarem os salários que não tinham.

A Suíça produz muito. E bens caros.Tem dos melhores bancos do mundo.Laticínios. Há muito dinheiro ali.E uma população de 7 milhões e meio , mais ou menos.

Também não acho que não subirá tudo o que os sindicatos pedem , mas subirá bastante.

O custo de vida é alto. Ao menos em Zurique.

A330

Blue Epsilon Escreveu:A Suiça é um pais muito organizado sem dúvida.

Por outro lado, e vou ser polémico, vejo-o como uma "Máquina de Lavar Dinheiro Gigante".

Pelo menos possibilita que projectos como o CERN sejam desenvolvidos!

Sujeito a referendo, como quase tudo, desde que se consiga um numero suficiente de assinaturas; pessoalmente, duvido que passe, depende do peso dos lobys e dos montantes que tiverem disponiveis para as campanhas.

A Suíça tem na sua história situações engraçadas em matéria de resulatdos de iniciativas sujeitas a referendo, como o sim a um aumento de combustíveis em 20% entre outros ao longo da sua história.

A todos os níveis de decisão, existem sempre referendos agendados pelos mais diverso motivos.
Neste caso os sindicalistas argumentam que a intenção será evitar, como no caso recente de portugueses sem documentos, o dumping salarial a +- 1/3 do valor horário habitual só possível pq não declarados ou seja sem possibilidade de negociação.

No entender de outros e que é tambem a minha opinião, a liberdade contratual e negocial devem continuar a prevalecer e para os casos de fuga ao fisco ou trabalho clandestino há que reforçar entidades fiscalizadoras, assim se protegem os postos de trabalho.

4.000 CHF mensais é um salário baixo que só é aceite por quem não tem formação profissional que no contexto suíço pouco tem a ver com formação académica.

Podem ver aqui ofertas para empregos na Suíça, actualmente só existem ofertas para enfermeiros. Os salários começam em 2300€.

http://www.netemprego.gov.pt/IEFP/pesqu ... asEures.do

Este tópico devia ser apagado já para ninguém ver, senão Portugal ainda se sujeita a que o seu salário mínimo tenha o mesmo caminho.


Cump.s e B.N.

Não concordo,
Para isso diriamos que todos os que têm acções, são uma cambada de assassinos.
Afinal, o que querem é o lucro, e estão-se nas tintas para quem lá trabalha e suas condições.

O mundo capitalista é assim.O dinheiro não tem cor, nem sofrimento.

É triste ?
É
Mas é assim

Blue Epsilon Escreveu:A Suiça é um pais muito organizado sem dúvida.

Por outro lado, e vou ser polémico, vejo-o como uma "Máquina de Lavar Dinheiro Gigante".

Dinheiro vindos das Mafias, Ditadores sem escrúpulos e mesmo de fontes nazis durante as guerras mundiais, está lá em grande parte. Ser um pais neutral é uma boa estratégia para isto claro.


PS: Não me peçam links para eu provar isto.

A Suiça é um pais muito organizado sem dúvida.

Por outro lado, e vou ser polémico, vejo-o como uma "Máquina de Lavar Dinheiro Gigante".

Dinheiro vindos das Mafias, Ditadores sem escrúpulos e mesmo de fontes nazis durante as guerras mundiais, está lá em grande parte. Ser um pais neutral é uma boa estratégia para isto claro.


PS: Não me peçam links para eu provar isto.

Nao se esqueçam que o que tramou a Grecia e a Espanha e em menor dimensão Portugal (pq nunca saiu da recessão) foi a subida artificial de salarios ocorrida principalmente depois da entrada do euro em vigor.

De um momento para o outros todos eram ricos, mas como se verificou no final não era bem assim.

Uma subida de quase 100% no salario não é possivel , ate mesmo na Suiça.

E depois a inflação? Quanto mais têm mais gastam?
A moeda não poderá desvalorizar se isso for posto em prática?

"Suíça propõe salário mínimo de 3.300 euros"

É o título que está no Negócios, nem liguei muito ao título porque de qualquer modo subentende-se o que está em causa.

Eu tinha uma vaga ideia que o SMN lá rondaria os 1700€, não andava longe da verdade, este valor proposto de 3300€ é um grande salto.

Se isto é para eles terem um vida digna, nós cá, somos uns miseraveis

O título correcto é:


Sindicado Suíço propõe salário mínimo de 3300 euros



A Suíça actualmente não tem salário mínimo estatutário. Existe contudo uma série de acordos voluntários/bi-laterais entre entidades patronais e trabalhadores com valores mínimos de compensação pelo trabalho. Os valores começam pelos 2200 francos suíços (cerca de 1800 euros) e portanto é o mais "parecido" com um salário mínimo (não significa necessariamente que não exista quem aufira menos).

(Não sei se ria se chore )


Suíça propõe salário mínimo de 3.300 euros

Os sindicatos querem dar uma vida "decente" aos cidadãos por isso pretendem fixar o valor do salário mínimo em 3300 euros. Os patrões não concordam e dizem que é preciso ter em atenção as desigualdades regionais.
“Viver de forma decente”. É assim que a União Sindical da Suíça (USS) classifica a proposta que lançou e que prevê a fixação de um valor para o salário mínimo no país.

De acordo com o jornal espanhol “El Mundo”, este sindicato propôs que seja inscrito na Constituição da Suíça que o salário mínimo auferido seja de 3300 euros (4000 francos suíços).

Assim, defende o economista chefe deste sindicato, Daniel Lampart, “com esta iniciativa queremos garantir que todos têm um salário digno na Suíça”. Esta medida, de acordo com a mesma fonte, pode abranger cerca de 400 mil cidadãos.

Mas nem todos defendem a fixação de um valor para o salário mínimo. Os órgãos que representam os patrões defendem que a definição de valor generalizado “é uma solução má”. Ruth Derrer Balladore, o líder da União Patronal da Suíça (UPS), citado pela publicação espanhola, adianta que “existem diferenças regionais importantes ao nível dos salários e do custo de vida”.

“Em algumas áreas 4000 francos (3300 euros) podem ser suficientes para uma vida digna, enquanto em Zurique, 5000 francos (4.100 euros) às vezes não são suficientes” frisou ainda o responsável. Balladore defendeu ainda que os sindicatos têm apenas em conta famílias em que apenas um dos membros trabalha “mas muitas vezes há duas fontes de rendimento”. Partilhar