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Caldeirão da Bolsa

Hungria - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por BlitzFerr » 2/4/2012 16:48

Vou à Hungria na Quinta 5 até dia 15 para Turismo/Negócios.

Por motivos pessoais pode ser que vá para lá viver nos próximos tempos. Tenho visto algumas empresas lá interessadas em quem fale português (talvez por causa do Brasil). Alguém conhece alguma empresa Portuguesa com negócios por lá? Sinceramente não estou a ver nenhuma. Só se mando um e-mail à Jeronimo Martins que a Polónia não fica longe :P
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por pmatos23 » 13/3/2012 20:06

Isto realmente de desafiar os mercados nesta altura, se fosse apenas para consumo interno, ainda vá, mas assim é arriscar muito. A Hungria não é uma Polónia.


Ainda assim, muito interessante ver o desenvolvimento de um "nucleo duro" dentro da UE, afastando cada vez mais os paises fora do euro, e, especialmente, os que não teem processos de adesão em curso, como o Reino Unido.
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por Automech » 13/3/2012 8:53

Ministros dos 27 decidem hoje sanção inédita à Hungria
13 Março 2012 | 07:36

Os ministros das Finanças da União Europeia deverão decidir hoje a suspensão parcial dos fundos de coesão à Hungria, por desrespeito dos limites de défice, na primeira sanção do género à luz das novas regras de governação económica.
Em causa estarão perto de 500 milhões de euros em fundos para 2013, que deverão ser "congelados" a 1 de Janeiro do próximo ano, como sanção por Budapeste, ao longo dos últimos anos, não ter tomado as medidas necessárias para reduzir o seu défice.

Em Janeiro passado, e fazendo uso pela primeira vez dos novos poderes que possui no quadro do chamado "6 pack" - as novas regras de reforço da governação económica -, a Comissão Europeia fez uma avaliação negativa das medidas adoptadas pela Hungria para reduzir o seu défice.

A Comissão recomendou, então, a aplicação de medidas suplementares dirigidas ao país, que, por não ser membro da Zona Euro, não pode ser sujeito a multas, mas poderá ver congelados os fundos de coesão de que beneficia.

Deverá ser essa sanção que os ministros dos 27 hoje decidirão, numa reunião na qual participa o ministro português, Vítor Gaspar, e na qual será também discutida a proposta de um imposto sobre as transacções financeiras.

A reunião de hoje foi antecedida, na segunda-feira à noite, de um encontro do Eurogrupo (apenas os 17 Estados-membros da Zona Euro), na qual foi dado o aval político ao segundo pacote de ajuda à Grécia, de 130 mil milhões de euros, e revisto o objectivo do défice espanhol para o corrente ano de 5,8% para 5,3%.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=544091
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por Sr_SNiper » 19/1/2012 0:34

Elias... não digas mal da Hungria que eu já fui lá muito feliz...

Mas alguém está disposto a financiar a Hungria agora???
Vão morrer de fome se não aceitão os bem-ditos marcos alemães...
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por Elias » 19/1/2012 0:25

"A Hungria prefere ir ao mercado do que aceitar dinheiro alemão"
Económico
18/01/12 18:23

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, afirmou hoje que prefere continuar a financiar-se no mercado do que "aceitar o dinheiro dos alemães".

"O que queremos é uma linha de crédito, uma rede de segurança, mas nada de resgates", disse Orbán aos jornalistas. Com um endividamento de 80 do PIB e um défice que o Governo está a tentar manter abaixo dps 3%, através de um plano de cortes nos gastos, a economia húngara encontra-se numa delicada situação.

O empréstimo internacional é urgente para que o país refinancie em quase 5.000 milhões de euros a dívida que vence nos próximos meses.

"A Hungria não necessita de mais dinheiro. O que precisamos é de uma linha de crédito quando não formos capazes de vender as nossas obrigações", reforçou o líder húngaro.
 
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por Elias » 6/1/2012 20:23

Hungria recebe corte de rating da Fitch e passa a “lixo” para as três grandes agências
06.01.2012 - 18:39 Por Pedro Crisóstomo

Depois das agências Moody’s e Standard & Poor’s, foi hoje a vez de a Fitch baixar o rating da Hungria para um patamar considerado como “lixo” financeiro. Para isso bastou um corte em um nível (para BB+), um dia depois de o Governo se confrontar com uma emissão de dívida mal sucedida e aceitar reatar as negociações com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para receber um resgate financeiro.

A Fitch faz eco das dificuldades do executivo conservador de Viktor Orban e apresenta, numa nota, as razões deste corte: “A revisão em baixa dos ratings da Hungria reflecte a deterioração do ambiente fiscal e financeiro externo e das perspectivas de crescimento, motivada, em parte, por políticas económicas pouco ortodoxas que estão a minar a confiança dos investidores e a dificultar um novo acordo com o FMI/UE”.

Perante as dificuldades económicas do país, avisa a agência, o rating húngaro mantém-se em perspectiva negativa, face à estimativa de uma recessão de 0,5% este ano. É a terceira revisão em baixa da nota de crédito do país em cerca de dois meses, por parte das grandes agências de notação norte-americanas. As outras duas, que, com a Fitch, controlam o mercado de rating mundial, já haviam colocado a notação húngara num nível de investimento especulativo (considerado nos mercados como “lixo” financeiro): a Standard & Poor’s baixou em Dezembro o rating para o nível BB+ e a Moody’s descera em Novembro para Ba1.

Sob os receios de colapso financeiro revelados pelos parceiros europeus, a Hungria (um dos dez da UE que não estão na zona euro) acedeu ontem retomar as negociações com a Comissão Europeia e o FMI, para receber uma linha de crédito que, tal como 2008, evite a entrada do país em incumprimento da sua dívida, ou seja, em bancarrota.

As negociações estão, desde 16 de Dezembro, num impasse, após as duas instituições suspenderem as discussões com Governo de Viktor Orban, confrontadas com a reforma, entretanto aprovada pelo Parlamento, da governação do banco central húngaro, que Bruxelas e os parceiros europeus consideram pôr em causa a independência e as boas regras da governação do supervisor bancário.

A nova Constituição húngara, que entrou em vigor no novo ano, foi mal recebida nas ruas. O Parlamento aprovou a nova Lei Básica e vários diplomas que garantem o controlo governamental sobre instituições públicas e que limitam, por exemplo, a autonomia do banco central. A revista Economist escreve que, pela segunda vez consecutiva, o Governo de Budapeste começa o ano envolto em controvérsia com aquilo a que os críticos consideram ser desvios perigosos das normas democráticas.

Ao mesmo tempo, as dificuldades financeiras do país evidenciaram-se ontem numa emissão de obrigações (com maturidade de um ano). O Estado não conseguiu emitir a totalidade da dívida prevista e pagou pelos 35 mil milhões de forint emitidos (110 milhões de euros) um juro de 9,96%.

Sinal de aversão dos investidores, esta emissão falhada teve o seu peso no corte de rating da Fitch. “Os movimentos adversos no sentimento dos mercados em relação à Hungria foram maiores do que nos seus pares do centro europeu, como a Polónia e a Roménia, realçando os seus problemas internos, bem como o contágio da crise da dívida da zona euro [à qual a Hungria não pertence]”, nota a agência.

Tamas Fellegi, o representante da Hungria nas negociações com a UE e o FMI, e com o governador do banco central húngaro, Andras Simor, mostrou-se já hoje aberto a um compromisso, mas também deixou claro que o Governo não está disposto a ceder em tudo nas negociações para receber o financiamento externo.
 
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por Lion_Heart » 6/1/2012 13:11

Estes ja vão com IVA a 27% o que pode começar a dar ideias aos artista ca do burgo para fazer o mesmo. O problema é que a Hungria ja não é comunista e a malta pode comprar nos Países a volta.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por Elias » 6/1/2012 12:31

Hungria em "lixo" leva investidores a pedirem mais juros em leilão
03 Janeiro 2012 | 13:06
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt

O país de Leste foi hoje ao mercado colocar dívida mas as dúvidas dos investidores levaram as rendibilidades pedidas a máximos de mais de um ano. Foi o primeiro leilão de dívida depois da suspensão da ajuda do FMI e da Comissão Europeia.

A Hungria voltou a sentir dificuldades no mercado de dívida. Depois de ter falhado um leilão no final de Dezembro, sentiu hoje um agravamento nos custos de financiamento numa emissão.

A nação da Europa de Leste conseguiu colocar o montante previsto, 45 mil milhões de forint (142,7 milhões de euros), mas a taxa de juro implícita média pedida pelos investidores subiu para 7,67%, acima de 7,43% do leilão comparável. Foi o valor mais elevado desde Agosto de 2009.

A justificar o aumento das rendibilidades pedidas pelos investidores para deterem títulos do país da União Europeia está a suspensão das negociações para a ajuda financeira por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia.

“A perspectiva de curto prazo para os activos húngaros parece, claramente, negativa”, indicou numa nota de “research” do UniCredit citada pela Bloomberg.

Legislação suspende ajuda internacional e prejudica ratings

No final de 2011, o Governo de Viktor Orban conduziu à aprovação de legislação que retira independência ao banco central em relação ao poder político e altera as nomeações na entidade. As instituições internacionais decidiram, assim, suspender as negociações.

A Hungria tinha antes feito um pedido de ajuda externa para enfrentar as dificuldades orçamentais que verifica no momento.

Esse pedido de ajuda levou a Moody’s a cortar o “rating” da dívida húngara para o grau especulativo – “lixo” –, onde a agência de "rating" deixa de aconselhar investimento. Posteriormente, a Standard & Poor’s seguiu-se à congénere e também baixou a notação financeira do crédito da Hungria para “lixo”, neste caso, devido às referidas alterações legislativas.

Além do insucesso da emissão de hoje, os cortes de “rating” e a ausência de conversações para uma intervenção externa já tinham levado a agência de crédito da nação a cancelar um leilão de dívida a três anos no final de Dezembro.

Intensificam-se, portanto, as dúvidas sobre a capacidade da economia húngara em financiar-se, com dificuldades na colocação de dívida no mercado e sem a ajuda internacional.
 
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Hungria - Tópico Geral

por Elias » 6/1/2012 12:30

Saiba mais sobre a crise na Hungria
04 Janeiro 2012
dn.pt

A Hungria vive a maior crise política e económica fora da zona euro

A democracia está em perigo na Hungria?
É o que afirmam intelectuais húngaros e jornais de países europeus. No entanto, a argumentação não é convincente. O governo reforçou os poderes do parlamento no controlo do Tribunal Constitucional e do banco central, limitou a intervenção de futuros governos a nível económico. Os órgãos de comunicação públicos são acusados de cobertura enviesada das notícias. Mas é difícil demonstrar que o país não cumpre os critérios de Copenhaga que regulam a adesão de um país à UE (democracia, Estado de direito, direitos humanos, economia de mercado).

A Hungria pode sofrer sanções europeias?
Teoricamente, é possível, embora difícil. Só para iniciar a discussão, seriam precisos quatro quintos dos países. Ora, a ingerência da Comissão em decisões de parlamentos eleitos não será muito popular entre os pequenos países da UE. Era natural que a Hungria tivesse alguns aliados.

A pressão pode estar ligada à forma como a Hungria votou no último Conselho Europeu?
O apoio de Orbán aos ingleses não deve ter agradado aos franceses e aos alemães, mas esta explicação não é satisfatória. A Comissão Europeia e o FMI contestam o controlo governamental sobre o banco central e a comissão é a guardiã dos Tratados, tem portanto o dever de intervir, se julgar que a legislação comunitária não está a ser respeitada. O pior é que a sua intervenção provocou o pânico nos mercados e está a conduzir a uma reação nacionalista em Budapeste.

Que temem os mercados?
Que não haja um acordo com o FMI (e Comissão Europeia) sobre um crédito preventivo que os húngaros não querem usar mas que pedem para estabilizar o nervosismo geral. A queda da moeda nacional, o forint, está a atingir níveis insustentáveis, 320 forints por euro, quando a barreira de 315 era considerada catastrófica. Os húngaros insistem que podem financiar-se nos mercados, mas os prémios de risco estão a subir e o seu rating é semelhante ao português.

Mas a lei eleitoral vai prolongar o domínio do partido no poder?
É possível. A Hungria elege 386 deputados (para um país da dimensão de Portugal) e, com 52% dos votos, segundo o actual sistema, os conservadores do Fidesz conseguiram dois terços do parlamento. A oposição é extremamente débil, mas será natural que recupere nos próximos anos. A nova lei prevê um sistema de 199 deputados, com 106 em circunscrições (numa só volta) e 93 em lista nacional proporcional. Mantém-se o limite de 5% para entrar no parlamento. Na prática, isto dará origem a um sistema bipartidário mais parecido com o britânico, mas que corrige alguns defeitos deste (a lista nacional, que se discute no Reino Unido).

Quais são os riscos desta situação?
Em primeiro lugar o default da Hungria, que poderia provocar uma tempestade financeira na zona da UE exterior à zona euro e talvez exercer pressão na moeda única. O governo de Viktor Orbán teria de se demitir. A oposição não poderia fazer muitas críticas, pois seria vista como anti-patriota. E os maiores beneficiários seriam provavelmente os extremistas do Jobbik (ultra-direita), pois os partidos de esquerda estiveram no poder, foram corruptos e são detestados.

O que é o Jobbik?
Um partido de extrema-direita, revisionista e anti-cigano, que tem 12% do parlamento e que a lei eleitoral deveria retirar de cena, mas só em 2014. A palavra tem uma raiz que significa "mais à direita" e "maior". Se Orbán for "culpado" da crise, será este partido a recolher os votos de uma população cada vez mais desconfiada da Europa e da democracia liberal. O radicalismo de Orbán seria então uma suave memória.
 
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