
escada1 Escreveu:Cuidado com as palavras.
Azeiteiro em Espanha quer dizer Chulo.Pata-Hari Escreveu:lol, small, o carriço (a partir de agora com o cognome "azeiteiro" ganho por mérito e conhecimento) conseguiu calar-te
pois ... azeiteiro é um adjectivo que pode suscitar dúvidas na interpretação, mas eu vou aceitar que a intenção tenha sido boa.
Concordo que a diferenciação pela qualidade seja um bom caminho, mas o problema é que não há uma massa consumidora que diferencie qualidade mesmo que até tivesse predisposição ($$) para o fazer.
Até em Portugal, até há pouco o único critério relevante no consumo, de quem pouco sabe, era a acidez, que pode ser um indicador do estado em que foram processadas as azeitonas, mas é claramente insuficiente para dizer algo sobre a qualidade de um azeite. E por exemplo em azeites espanhóis derivados da piqual, de sabor diferente (e na minha opinião muito piores que os nossos) conseguem-se teores baixos de acidez, e por isso na óptica de muitos consumidores seriam bons azeites.
Contrariamente os vinhos conseguiram criar mercadologicamente a noção de terroir, que permite a distinção de castas, de ambiente, de clima, etc.. E há também muito mais consumidores educados sobre o tipo de produto, que abre espaço para a produção com qualidade.
No azeite há espaço para o mesmo, sendo que há também as "castas" nacionais de azeites, e há condições de produção em qualidade mas tem que ser com volumes que permitem ganhos de escala. Mas com excepção de produtores como o esporão, que podem investir umas centenas de milhar de euros numa linha de produção moderna, num período de amadurecimento de marcas que possam ser apreciadas por um público mais exigente, não há muito mais quem possa.
É que produzir um bom douro e conseguir um retorno do mercado é significativamente mais fácil do que fazer o mesmo processo com um excelente azeite da mesma zona. Até porque alguns dos produtores de maior dimensão nem se dão a esse trabalho e por vezes até misturam azeites espanhóis com outros daqui.