CALDEIRÃO DE BOLSA

mcarvalho Escreveu:Resumo das propostas dos candidatos à EDP

22/12/2011

A proposta da Three Gorges

- Intenção de criar uma fábrica de turbinas eólicas em Portugal, gerando cerca de 500 milhões de euros anuais em exportações;
- Servir de ponte para a EDP se financiar em Hong Kong;
- China Three Gorges paga 3,45 euros por acção, num total de 2,7 mil milhões de euros;
- Garante dois mil milhões de euros de financiamento à EDP, e outros 2 mil milhões por garantir.
- Interessados em comprar posições em activos eólicos da EDP
- Equipa de António Mexia mantida e não pretende interferir na actuação da gestão


A proposta da E.On

- Ficar no longo prazo no capital da EDP, sem reforçar além dos 21,35%;
- Promessa de desenvolver parcerias em sectores que fazem parte da estratégia do grupo alemão, nomeadamente a construção de parques eólicos e a entrada no mercado energético brasileiro;
- Propõem pagar 3,25 euros por acção, num total de 2,54 mil milhões de euros;
- Disposta a investir num centro de investigação e desenvolvimento em Portugal
- Concentrar competências na área das energias renováveis no mercado português
- Quer adquirir uma participação na EDP Renováveis
- Poderão manter António Mexia à frente da EDP e não exigem mudanças no modelo de "governance" da EDP


A proposta da Eletrobras

- Oferecem 3,28 euros por acção, ou um total de 2,56 mil milhões de euros;
- Interessada em adquirir activos eólicos da EDP, onde poderá investir mil milhões de euros;
- Venda de activos brasileiros de distribuição à EDP
- Aquisição de parte do negócio hidroeléctrico do grupo português;
- Brasileiros querem subir limite de voto na EDP para 32%

pasil74 Escreveu:Boas

A mim parece-me ser melhor esperar pelos 2,25 com possivel reforço nos 2,20 se este suporte aguentar.

EuroVerde Escreveu:

SMALL1969 Escreveu:Com tantos interessados e apenas 1 ganhador, acho que a soma das partes pode é ser negativa no curto prazo.

Quem ganhar fica quieto uns tempos, todos os restantes perdedores podem imediatamente ter ordem para vender as posições que tiverem, grandes ou pequenas, porque a EDP já não fará parte da estratégia.

Lembro-me quando o Qatar entrou na EDP foi em 2008 hoje está a perder e bem.

SMALL1969 Escreveu:Com tantos interessados e apenas 1 ganhador, acho que a soma das partes pode é ser negativa no curto prazo.

Quem ganhar fica quieto uns tempos, todos os restantes perdedores podem imediatamente ter ordem para vender as posições que tiverem, grandes ou pequenas, porque a EDP já não fará parte da estratégia.

EuroVerde Escreveu:Alguém sabe qual a estrutura accionista da EDP?
Quais os principais accionistas?

OPA?

Quem venderia para chegar a 51%

Eletrobras receia aquisição hostil após privatização da EDP

Empresa brasileira defende aumento do limite de direitos de voto na companhia portuguesa dos actuais 20% para 32%.

Lisboa - A Eletrobras, estatal brasileira que está a disputar a privatização de 21,35% da EDP - Energias de Portugal, receia que após a operação a empresa portuguesa venha a ser alvo de uma aquisição hostil por parte de um investidor que explore oportunidades de compra a partir de alguns dos actuais accionistas minoritários da EDP.

O presidente da Eletrobras, José Carvalho Neto, assumiu em entrevista ao "Jornal de Negócios" que a empresa está preocupada com o cenário de que, caso a Eletrobras vença a privatização, surja uma disputa de poder na EDP por parte de outro investidor em busca de pequenas participações que somem mais do que os 21% que o Estado português agora está a vender.

Esse foi o motivo que levou a Eletrobras a incluir na sua oferta pela EDP uma condição de que o limite aos direitos de voto na companhia lusa possa vir a subir para 32% (hoje está em 20%), explicou José Carvalho Neto.

Na entrevista ao "Jornal de Negócios", o presidente da estatal brasileira também deixou elogios ao líder da EDP, António Mexia, e ao trabalho da sua equipa de gestão, e garantiu que a Eletrobras não procura um desmembramento do grupo português, ideia que tem vindo a ser apontada por alguns dos concorrentes na privatização.

Esta terça-feira o "Diário Económico" também destaca o interesse da Eletrobras na EDP, escrevendo que a empresa brasileira estará disposta a rever a sua proposta pela companhia portuguesa, no sentido de deixar de exigir o aumento dos direitos de voto para 32%.

O aumento do limite aos direitos de voto na EDP foi, desde o início, uma exigência da Eletrobras, para assim garantir um maior controlo e estabilidade accionista. Esta proposta seria, no entanto, reprovada pelo Conselho Geral e de Supervisão da EDP, órgão onde estão representados os principais investidores de referência da empresa e que, apesar de não ser vinculativa, serve de referência à análise do Governo.

Além da Eletrobras, participam da privatização da EDP a também brasileira Cemig, a alemã E.On e a China Three Gorges. Uma decisão do Governo português é esperada na próxima quinta-feira. O negócio será fechado por um valor superior a 2 mil milhões de euros.