
Da experiência que tenho de trabalho em e com empresas multinacionais, sobretudo na área de IT, posso dizer o seguinte.
Quem manda na empresa são os acionistas. E estes o que pretendem é o mais alto retorno do investimento. Os acionistas escolhem um conselho de administração (board of directors) e os executivos, em particular o CEO (chief executive officer). Acima dele está o chairman of the board (presidente do conselho de administração) que é como um presidente da república, podem demitir o CEO mas não interferem nas decisões do dia a dia da empresa. Isso é feito nas assembleias gerais anuais e é claro que o ou os maiores acionistas têm peso determinante.
Quem tem o poder no dia a dia da empresa é o CEO, que é como que um primeiro ministro, "forma governo" nomeando os CxO (chief x officer) em que x são as várias divisões F = financeiro, O = operations, I = informática, T = tecnologia, etc. Estas variam conforme as empresas. E depois nomeiam os outros por aí abaixo.
O CEO tem de ser sobretudo um líder e um vendedor. Tem de vender a empresa aos clientes, aos acionistas, aos trabalhadores, etc. E tem de apresentar resultados. Numa multincaional toda a gente, mas mesmo toda, tem objetivos concretos definidos todos os anos e trimestres e tem incentivos e prémios se os atingir; se não os atingir rapidamente é convidado a sair.
Portanto, quem manda e tem mais poder é quem mais diretamente contribui para atingir os resultados. E são normalmente as áreas comercial/marketing e financeira. No caso das tecnológicas também a investigação e desenvolvimento e a produção têm peso, mas é sempre menor.
Isto passa-se a nível central, na sede mundial da empresa. Nos restantes países onde a empresa tem filiais ou representação quem manda é a área comercial/marketing. Porque nesses países, como Portugal, não se investiga nem desenvolve nada, quando muito há alguma produção mas tem sempre pouco peso face à globalidade da empresa.
Nestes países, como Portugal, a empresa existe para vender os seus produtos e serviços. Portanto quem manda e tem maior influência são os comerciais. É muito raro que o diretor geral da uma filial nacional não tenha passado com sucesso pela área comercial.
Agora, quem é que é potencialmente um bom comercial? Isso é que já não é possível definir a priori. Há muitas característias pessoais e inatas, outras que se aprendem e cultivam. Facilidade de relações pessoais, persuasão, determinação, ambição, sobretudo a capacidade de influenciar as decisões de outros.
Nas tecnológicas além de ter um bom espírito comercial se tiver conhecimento da tecnologia é útil. É possível que um técnico ou engenheiro ou advogado ou psicólogo ou gestor se torne num bom comercial, agora um comercial é que nunca se tornará em nada disso.
Quem manda na empresa são os acionistas. E estes o que pretendem é o mais alto retorno do investimento. Os acionistas escolhem um conselho de administração (board of directors) e os executivos, em particular o CEO (chief executive officer). Acima dele está o chairman of the board (presidente do conselho de administração) que é como um presidente da república, podem demitir o CEO mas não interferem nas decisões do dia a dia da empresa. Isso é feito nas assembleias gerais anuais e é claro que o ou os maiores acionistas têm peso determinante.
Quem tem o poder no dia a dia da empresa é o CEO, que é como que um primeiro ministro, "forma governo" nomeando os CxO (chief x officer) em que x são as várias divisões F = financeiro, O = operations, I = informática, T = tecnologia, etc. Estas variam conforme as empresas. E depois nomeiam os outros por aí abaixo.
O CEO tem de ser sobretudo um líder e um vendedor. Tem de vender a empresa aos clientes, aos acionistas, aos trabalhadores, etc. E tem de apresentar resultados. Numa multincaional toda a gente, mas mesmo toda, tem objetivos concretos definidos todos os anos e trimestres e tem incentivos e prémios se os atingir; se não os atingir rapidamente é convidado a sair.
Portanto, quem manda e tem mais poder é quem mais diretamente contribui para atingir os resultados. E são normalmente as áreas comercial/marketing e financeira. No caso das tecnológicas também a investigação e desenvolvimento e a produção têm peso, mas é sempre menor.
Isto passa-se a nível central, na sede mundial da empresa. Nos restantes países onde a empresa tem filiais ou representação quem manda é a área comercial/marketing. Porque nesses países, como Portugal, não se investiga nem desenvolve nada, quando muito há alguma produção mas tem sempre pouco peso face à globalidade da empresa.
Nestes países, como Portugal, a empresa existe para vender os seus produtos e serviços. Portanto quem manda e tem maior influência são os comerciais. É muito raro que o diretor geral da uma filial nacional não tenha passado com sucesso pela área comercial.
Agora, quem é que é potencialmente um bom comercial? Isso é que já não é possível definir a priori. Há muitas característias pessoais e inatas, outras que se aprendem e cultivam. Facilidade de relações pessoais, persuasão, determinação, ambição, sobretudo a capacidade de influenciar as decisões de outros.
Nas tecnológicas além de ter um bom espírito comercial se tiver conhecimento da tecnologia é útil. É possível que um técnico ou engenheiro ou advogado ou psicólogo ou gestor se torne num bom comercial, agora um comercial é que nunca se tornará em nada disso.