
MarcoAntonio Escreveu:A referência em particular à solar surgiu porque havia (e há, ainda anda por aí) um tópico no forum e que estava a circular frequentemente na primeira página na altura, relativo aos benefícios da instalação dos painéis fotovoltaicos em clientes residenciais.
Convém percebermos onde estão os custos das rendas/subsídios.
Se o governo decidir cancelar os contratos da produção foto-voltaica, deixamos de ter um custo de 1295M e passamos para 1236M.
Mas se cancelar os subsídios à cogeração e eólicas, passamos de 1295M para um custo de 222M (era capaz de dar jeito ao OE).
Só que mexer nas eólicas e cogeração é mexer nas empresas do regime, e isso, nem que Portugal esteja a morrer à fome, irá acontecer (a acontecer será apenas cortes cosméticos para tuga desinformado comer).
Os custos de produção energética estão a baixar, fruto das alterações do mercado de gás natural nos EUA. A exportação de carvão dos EUA está em máximos, porque lá, neste momento, é mais barato produzir com centrais de gás natural (ciclo combinado). O carvão está a ficar mais barato na Europa e Asia devido ao aumento da exportação do carvão Americano.
Em Espanha, no mês passado, a energia no mercado por grosso baixou 4% se não estou em erro. Só que o governo deu ordens para que a margem seja aplicada na redução do défice tarifário, acabando por não existir alteração de preço ao cliente final (o mesmo se irá passar em Portugal).
O custo de produção de energia irá baixar nos próximos anos, mas devido ao calote acumulado, o consumidor final vai apanhar com o inverso.
Quanto ao mercado liberalizado, ele só não existe totalmente porque íamos apanhar com um aumento brutal de preço.
A finalidade do mercado liberalizado é só uma: a de os produtores facturarem a energia ao seu custo real (incluindo os custos da PRE) e o estado deixar de acumular défice tarifário. Só que provavelmente seria um aumento de 30 a 40% no preço da energia, assim com a fase transitória regulada pela ERSE os aumentos vão acontecendo aos poucos.
Mas o resultado final já sabemos qual é ....