
Só os alemães reforçaram em dívida portuguesa este ano
Rui Barroso
14/12/11 00:05
Apenas algumas instituições financeiras alemãs e os bancos portugueses aumentaram a exposição a títulos de dívida pública nacional em 2011.
Os títulos de dívida pública portuguesa são um dos activos a evitar pelos maiores bancos europeus. Mas há excepções. Além da maior parte dos bancos portugueses, também quatro entidades alemãs submetidas ao exercício de recapitalização da Autoridade Bancária Europeia aumentaram os investimentos em obrigações e bilhetes do Tesouro.
Excluindo os bancos nacionais, o Landesbank Baden-Württemberg (LBBW), o Deutsche Bank, o HSH Nordbank e o WGZ Bank foram os únicos a participar no exercício da EBA a aumentar o investimento em títulos de dívida pública portuguesa, de acordo com uma análise do Diário Económico.
O LBBW, por exemplo, aumentou em quase nove vezes a exposição entre Dezembro e Setembro, datas referentes aos dados divulgados pela EBA nos testes de ‘stress' de Julho e no exercício de recapitalização deste mês. O banco regional alemão subiu a exposição bruta de 95 milhões para 811 milhões de euros. A maior parte da exposição está concentrada em dívida a cinco anos. Contactado, um porta-voz do LBBW referiu que o banco não faz comentários sobre investimentos específicos. O acréscimo torna-o no sexto banco europeu com maior exposição, ultrapassando entidades como os franceses Credit Agricole e o Societe Generale, por exemplo.
Já o Deutsche Bank mais que triplicou a exposição bruta a títulos de dívida da República. Se no final de 2010 tinha apenas 175 milhões de euros em títulos de dívida da República, no final de Setembro o valor disparou para 551 milhões de euros. Um porta-voz do banco apenas confirmou os valores brutos e líquidos da exposição, referindo que não comentam os motivos que levaram a este investimento. E, mais uma vez, a dívida a cinco anos é que tem um maior peso no investimento do Deutsche Bank em títulos do Tesouro. Desde o início do ano, a rentabilidade média da dívida a cinco anos é de 11,6% ao ano. Ontem, a ‘yield' situava-se em 15,7%.
Rui Barroso
14/12/11 00:05
Apenas algumas instituições financeiras alemãs e os bancos portugueses aumentaram a exposição a títulos de dívida pública nacional em 2011.
Os títulos de dívida pública portuguesa são um dos activos a evitar pelos maiores bancos europeus. Mas há excepções. Além da maior parte dos bancos portugueses, também quatro entidades alemãs submetidas ao exercício de recapitalização da Autoridade Bancária Europeia aumentaram os investimentos em obrigações e bilhetes do Tesouro.
Excluindo os bancos nacionais, o Landesbank Baden-Württemberg (LBBW), o Deutsche Bank, o HSH Nordbank e o WGZ Bank foram os únicos a participar no exercício da EBA a aumentar o investimento em títulos de dívida pública portuguesa, de acordo com uma análise do Diário Económico.
O LBBW, por exemplo, aumentou em quase nove vezes a exposição entre Dezembro e Setembro, datas referentes aos dados divulgados pela EBA nos testes de ‘stress' de Julho e no exercício de recapitalização deste mês. O banco regional alemão subiu a exposição bruta de 95 milhões para 811 milhões de euros. A maior parte da exposição está concentrada em dívida a cinco anos. Contactado, um porta-voz do LBBW referiu que o banco não faz comentários sobre investimentos específicos. O acréscimo torna-o no sexto banco europeu com maior exposição, ultrapassando entidades como os franceses Credit Agricole e o Societe Generale, por exemplo.
Já o Deutsche Bank mais que triplicou a exposição bruta a títulos de dívida da República. Se no final de 2010 tinha apenas 175 milhões de euros em títulos de dívida da República, no final de Setembro o valor disparou para 551 milhões de euros. Um porta-voz do banco apenas confirmou os valores brutos e líquidos da exposição, referindo que não comentam os motivos que levaram a este investimento. E, mais uma vez, a dívida a cinco anos é que tem um maior peso no investimento do Deutsche Bank em títulos do Tesouro. Desde o início do ano, a rentabilidade média da dívida a cinco anos é de 11,6% ao ano. Ontem, a ‘yield' situava-se em 15,7%.