lfhm Escreveu:Os líderes dos países do euro chegaram a acordo para assinar um Tratado internacional até Março para reforçar as regras de disciplina e de governação. Esta opção, juridicamente mais frágil e incerta, surgiu depois de o Reino Unido ter impedido que as novas regras fosem incluídas no Tratado de Lisboa. É a Europa (ainda mais) a duas velocidades
Até Março? 3 meses?
Thunder Escreveu:Tudo o resto, que vemos nos telejornais e no mainstream, sobre este assunto, é basicamente pão e circo...
Thunder não percebo porque tratas isto como peanuts. Manobras de distração uma revisão da constituição Europeia (recusada pelo ingleses sabe-se lá porque...). E achas mesmo que o problema da crise é incumprimento junto dos privados ou não será quem pede emprestado que tem culpa?
Eu não estou a dizer que o resto não têm importância nenhuma. O que eu estou a dizer é que a cobertura que vai ser feita, será totalmente enviesada, visando todo o tipo de assuntos, e não focando o que eu referi como principal (ou focando muito ao de leve).
E não me enganei. A cobertura que vi por exemplo na RTP, foi "chapa 5". O jornalista que está lá passou o tempo todo a transmitir a mensagem que enquanto o BCE não ligar a impressora "pé a fundo", nada ficará resolvido.
A origem da crise não é a questão dos privados.
Agora podes ter a certeza que quando a Alemanha propôs uma "carecada" aos portadores de bonds gregas, os alarmes devem ter tocado por todos os lados. Podes ver que a partir daí a pressão na impressa mainstream têm sido intensa para Eurobonds, ou para que o BCE aja como BoJ,BoE ou FED.
Quem pede emprestado é claro que deve cumprir, eu não defendo outra coisa, mas como bem sabes qualquer investimento é um risco. Nada é certo. E quem empresta a um país como a Grécia, ou no passado a Argentina, sabe que está a jogar um jogo perigoso (tal como eu ou tu quando compramos um fundo obrigacionista de alto rendimento). As altas taxas nada mais reflectem do que isso mesmo. Há possibilidade de default.
O que os bancos/rentiers adoram é que encaixa-se altos yields, mas quando há risco de haver estouro, encostam-se aos tesouros/bancos centrais para não levarem "carecadas". Aconteceu com as obrigações da Fannie e Freddie por exemplo.
É claro que esse é um jogo, que com essas regras, é fácil e lucrativo de jogar. É um win/win.
Mas a Alemanha jogou "caca" no ventilador ao tentar forçar que as entidades financeiras levassem com um bocado do "amargo" também. É claro que os "meninos" não gostaram e aí tens a origem (na minha opinião é claro) deste braço de ferro actual..... em que finalmente a Alemanha teve que ceder.... imagine-se o poder dum lobby destes.
Mas entre dentes lá ouviste o Sarkozy queixar-se do David Cameron estar a exigir excepções as regras de controle ao sistema financeiro.