
carf2007 Escreveu:VirtuaGod Escreveu:carf2007 Escreveu:Os EUA andam desesperados e não descansam enquanto não puserem o BCE a imprimir Euros, para tentar evitar o colapso do dólar.![]()
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ohh pábebi uns copos de Castelo D'alba reserva e já nem sei se o que escrevo faz sentido, mas aqui vai mais um pouco ...
Se o BCE imprimir euros. este desvaloriza, certo ?
Se o Euro desvalorizar a fraqueza do dolar é atenuada/disfarçada e talvez continue a ser moeda de reservas internacionais, principalmente da China.
Este artigo da ISTOÉ é de 2003, mas o desespero mantêm-se :
" Há muita coisa no ar, além dos mísseis de última geração que voam em direção ao Iraque. Em cada um dos mísseis disparados pelos Estados Unidos vai o desespero do governo americano diante da possibilidade de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo abandone o padrão dólar e adote o euro em suas transações internacionais. A tragédia (para os americanos) seria catastrófica. O dólar despencaria, possivelmente com uma desvalorização de 20% a 40%. O prosseguimento da valorização do euro fortaleceria a fuga de investimentos dos EUA, já que a taxa de juros paga no país, em dólar, seria corroída pela desvalorização diante do euro. É bom lembrar que os Estados Unidos precisam de US$ 1,5 bilhão de dólares diários de investimentos externos para cobrir o seu atual imenso déficit, o maior do mundo, de US$ 450 bilhões, o que representou no ano passado um déficit da balança de pagamentos de 4,3% do PIB (a previsão para este ano é de um rombo de 4,6%, enquanto as previsões para a área do euro são de um superávit de 0,5%). Só no último ano, o dólar caiu 20% em relação ao euro – o que é mais do que suficiente para balançar a hegemonia da moeda americana no mundo. Esse processo, segundo analistas, assinala os primeiros sucessos do euro – que poderia chegar a US$ 1,80 – como moeda de troca e refúgio mundial.
O Iraque trocou o dólar pelo euro em novembro de 2000, quando a moeda européia valia US$ 0,80, fortalecendo a expectativa de que a Opep seguiria o mesmo caminho. Caso isso ocorra, os EUA teriam de comprar euros para importar petróleo, vendendo maciças quantias de dólares no mercado internacional, derrubando a cotação de sua moeda e valorizando drasticamente o euro. Os bancos centrais dos diversos países seriam também obrigados a converter suas reservas internacionais em euros para poder importar petróleo, e o mito do dólar forte cairia completamente por terra.
Recentemente, vários países começaram a trocar os dólares de suas reservas internacionais por euros, como a China e o Irã (que trocou a maioria de suas reservas pela moeda única européia). Integrantes do governo russo cogitam fazer o mesmo. O que ocasionaria a desvalorização do dólar e a valorização do euro (devido à velha lei da oferta e da procura), ainda mais incentivada pelo estouro da “bolha” das falsas expectativas de lucros das empresas americanas em 2002. Com a credibilidade da moeda americana em baixa e o surgimento de uma nova moeda aceita em trocas internacionais, os investidores estão deixando os EUA e se dirigindo à Europa.
A decisão do Iraque de trocar o dólar pelo euro, segundo especialistas, teria selado seu destino. Foi o começo da guerra que hoje assombra o planeta. Isso, segundo o professor de história, assessor comissionado do Senado e estudioso da questão Said Barbosa Dib, “se analisado por aqueles que conhecem os problemas estruturais do sistema Breton Wood (conferência de 1944, quando o dólar passou a ser a moeda universal) e as atuais limitações energéticas dos americanos, coloca em dúvida a atual hegemonia do dólar no mundo e explica a razão pela qual a administração Bush quer, desesperadamente, um regime servil na histórica Mesopotâmia”.
“Hoje, o dólar já é uma batata quente nas mãos dos grandes investidores”, escreveu o professor doutor Mário Maestri, da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Em sua análise, a transferência, mesmo parcial, das reservas da Arábia Saudita, China e Rússia do dólar em euro valorizado iniciaria movimento de troca mundial dos bilhões de dólares emitidos nas últimas décadas sem cobertura, com consequências gravíssimas para a moeda americana. Outro estímulo à ira do presidente americano é o fato de que a zona do euro tem uma fatia maior do que os EUA no comércio mundial e é a principal parceira do Oriente Médio. “Quase tudo o que se possa comprar com dólares pode-se comprar também com euros, exceto o petróleo – por enquanto”, diz
o professor Said Dib. “E é aí que está a principal razão da
resistência francesa e alemã à guerra.”
Para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a conversão do dólar para euro significaria imediata valorização de seus ativos. “Seria uma grande jogada estratégica”, diz o professor Dib. “Eles poderiam, em algum momento posterior, mover-se para outra divisa e obter mais uma vez enormes lucros.”
Bush quer manter o padrão dólar e se apoderar das imensas reservas petrolíferas iraquianas. O plano é, depois de conseguir tirar Saddam
do poder, colocar no governo do Iraque gente de sua confiança.
Assim, os EUA – que abrigam 6% da população e detêm 50% da riqueza do planeta – controlariam a segunda maior reserva de petróleo do
mundo (a da Arábia Saudita é a maior). É o sonho megalomaníaco
de Bush que assusta até americanos."
Mais um copo ?!!!
Isto ainda se aplica à realidade.
Mas como diz o ditado, se o que não mata engorda, então a Europa se conseguir ultrapassar esta crise e conseguir ignorar a especulação das agencias de rating, então sairá bastante fortalecida e mais coesa deste cenário.
A seguir virá o problema da desvalorização a pique do Dolar e a sua substituição pelo Euro.
Parece-me que neste momento é isso que se joga internacionalmente e que vai começar a ser mais evidente com o aproximar dos receios de incapacidade de reendividamento dos states pela sua limitação constitucional....