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Caldeirão da Bolsa

Lucro das Farmácias

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por paulop2009 » 11/1/2012 13:58

jrnabolsa Escreveu:
urukai Escreveu:Sim, claro.

Mas arriscaria dizer que mais de 90% das Farmácias são Farmácias Portuguesas, ou seja, associadas da ANF.
Tb é verdade


não se se na madeira a coisa é diferente, mas no total nacional a coisa vai para os 99%. Com o atraso que o estado tem a fazer pagamentos (e a complexidade de vários sistemas de reembolso), mesmo na altura do crédito fácil, era impossível uma farmácia viver sem estes adiantamentos da ANF.
 
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por jrnabolsa » 11/1/2012 10:24

urukai Escreveu:Sim, claro.

Mas arriscaria dizer que mais de 90% das Farmácias são Farmácias Portuguesas, ou seja, associadas da ANF.
Tb é verdade
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por urukai » 11/1/2012 10:23

Sim, claro.

Mas arriscaria dizer que mais de 90% das Farmácias são Farmácias Portuguesas, ou seja, associadas da ANF.
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por jrnabolsa » 11/1/2012 10:14

[quote="urukai"]A dívida não é às farmácias, mas sim à ANF que paga às Farmácias, e a crédito, a comparticipação das Farmácias que posteriormente é paga à ANF pelo Governo Regional da Madeira.

Se a Farmácia for sócia da ANF. Cumpts
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por urukai » 11/1/2012 10:10

A dívida não é às farmácias, mas sim à ANF que paga às Farmácias, e a crédito, a comparticipação das Farmácias que posteriormente é paga à ANF pelo Governo Regional da Madeira.

E é uma dívida acumulada desde 2009 logo dará 1 milhão a dividir por 3 e a dividir pelo número de farmácias.
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por Elias » 11/1/2012 1:29

Segundo as notícias dos últimos dias, o governo regional da Madeira deve mais de 70 milhões de euros às farmácias da região.

Como na Madeira há cerca de 70 farmácias, isto dá uma dívida de cerca de 1 milhão de euros por farmácia (em média). :shock:

Será possível?
 
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por rmachado » 2/12/2011 19:22

Lion_Heart Escreveu:Mais um tópico infeliz, e infeliz porquê?
Simplesmente porqe em economia de mercado toda e qualquer empresa ou negócios PODE e deve falir. Menos em Portugal ao que parece, não. Que grandes Democratas que voces me sairam.

E depois andam a atirar areia aos olhos dos Portugueses ao fazerem-se de coitadinhos e com ameaças.

Lembro aqui que o negócios das farmacias é um exemplo Negro dos lobbies e compadrios em Portugal. Durante dezenas de anos e mesmo agora as farmacias foram negócios de milhoes. Sim milhoes. Nao existia farmacia em que o trespasse nao fosse na ordem do milhao de euros para cima. Todos os farmaceuticos que conheço vivem muito bem, mas muito bem mesmo.

Portanto agora se nao se aguentam quando o tempo é de vacas magras, azar fechem! Não são mais que os outros.

Se se queixam do corte nos preços , atrasos de pagamentos e etc. porque não se queixaram na altura em que vendiam o que queriam ao preço que queriam ?

Culpa tem o Estado ter mantido este e outros monopolios por causa dos lobbies e corrupção , senão eramos em duvida um País mais rico , honesto e desenvolvido.

Quanto ao preço dos medicamentos em Portugal são bem mais caros que em muitos Países desenvolvidos, o porque nao sei, mas tenho ca duas ideias. Uma delas é a margem de lucro de certeza.


Exato.
Sei de um caso de trepasse que era elevadissimo (tenho idea de 1 milhão de contos ou mais) e que a dona dizia que se pagava num ano.....
 
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por fcpfcp » 2/12/2011 19:09

Para quem souber, gostaria de saber se para ser grossista tambem existem "obstáculos" como existem para se abrir uma farmacia ?
Se existem tambem tectos nas margens de lucro para os grossistas, qual os critérios que uma farmacia utiliza para trabalhar com um determinado grossista em detrimento de outro ? Será os prazos de pagamento mais ou menos alargados ou um determinado grossista vender com uma margem de lucro menor á premitida ?
 
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Re: Lucros?

por Palmix » 2/12/2011 17:02

Visitante Escreveu:Sera impressao minha ou esta toda a gente a confundir margem bruta com lucro?
O portugues comum ainda aceito, agora o pessoal do caldeirao ....


Porque dizes isso? O de confundir margem bruta com lucro?
 
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Lucros?

por SJR_inv » 2/12/2011 16:57

Sera impressao minha ou esta toda a gente a confundir margem bruta com lucro?
O portugues comum ainda aceito, agora o pessoal do caldeirao ....
 
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Sobre devoluçoes de medicamentos

por SJR_inv » 2/12/2011 16:56

Todos os distribuidores de medicamentos tem prazos para devoluçao de produtos.
Aqueles com quem trabalho sao 6 meses apos o fim do prazo de validade.
 
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por Palmix » 2/12/2011 16:28

Reislb Escreveu:
Palmix Escreveu:De facto o problema das farmácias não é o IVA...de todo...

O problema das farmácias foi a má gestão de vários anos.
Penso que se pode juntar o sistema de factoring engendrado pelo cordeiro que com toda esta crise ameaça falir...e se assim for, as farmácias ficarão em sérios riscos de sobrevivência. Claro que não todas, mas uma boa parte.

O Estado tem que fazer o seu papel, controlar e legislar, mas também tem que pagar a tempo e horas a quem deve.

De facto não existe liberalização no mercado das farmácias. Chamaram-lhe isso mas não existe.
Existe sim, liberalização da propriedade das farmácias, que é outra coisa...a liberalização do sector ficou na gaveta.
Até há quem defenda que seria muito útil...


Eu apenas referi isso do IVA como resposta a um comentário que dizia que farmácias faziam do stock um "DP". O que não corresponde à verdade, sobretudo nos últimos anos, em que o preço dos medicamentos tem sido revisto em baixa.

Cumprimentos.


Vamos lá ver uma coisa...desconhecia esse método de "poupança" das farmácias, mas admito ser ume xcelente instrumento.

Ora vejamos um exemplo prático:

Compro 100 unidades a 1000€. Na compra oferecem-me mais 100 unidades.
Aquilo que estava a ser referido era o seguinte:
A farmácia coloca à venda 100 unidades, as que comprou, colocando as restantes 100, de oferta, em armazém.
supondo que a margem das farmácias é de 27%. Temos que as 100 unidades postas à venda, compradas por 1000€, resultariam numa venda de 1270€. Portanto uma margem bruta de lucro de 270€.
Temos as outras 100 em armazém...passando o prazo de validade podem ser devolvidas. Por quanto? Pelos mesmos 1000€ do valor inicial!

Ora, nas primeiras 100 tivemos um lucro bruto de 27%, ou 270€, no segundo lote temos um lucro bruto de 1000€.
Claro que temos os custos e armazenagem, etc...mas investindo um valor residual, utilizando este metodo da devolução e da obrigação de aceitação por parte da indústria é muito melhor que qualquer depósito a prazo existente no mercado.
Arriscaria-me a dizer que é o melhor negócio que existe.

Contudo, tenho algumas dificuldades em acreditar que isto passe com esta facilidade toda...a indústria farmacêutica ainda não "apanhou" estas situações?
Se for assim mesmo, é um negócio da china...para além do lucro que a farmácia já tem garantido (saido por decreto do governo), ainda tem as margens negociais e os descontos de quantidade, o que dá margens de lucros de mais de 1000%.
 
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por Automech » 2/12/2011 15:35

Reislb Escreveu:Aquilo a que se refere é que antigamente só um farmaceutico podia ser dono de uma farmácia. Hoje em dia qualquer pessoa pode ser dona.
MAS - a propriedade não está liberalizada pois uma farmácia tem que estar a X metros de outra, porque tem que haver um numero mínimo de habitantes á volta, porque não pode vender num conselho que não seja adjacente, etc.

Isso sim, é que é liberalizar.

Isso na melhor das hipóteses é uma semi-liberalização.

Se não me deixam abrir uma farmácia ao lado de outra já existente, da mesma maneira que posso abrir uma pastelaria ao lado de outra, significa que o sector não está liberalizado.
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por Reislb » 2/12/2011 15:11

Palmix Escreveu:De facto o problema das farmácias não é o IVA...de todo...

O problema das farmácias foi a má gestão de vários anos.
Penso que se pode juntar o sistema de factoring engendrado pelo cordeiro que com toda esta crise ameaça falir...e se assim for, as farmácias ficarão em sérios riscos de sobrevivência. Claro que não todas, mas uma boa parte.

O Estado tem que fazer o seu papel, controlar e legislar, mas também tem que pagar a tempo e horas a quem deve.

De facto não existe liberalização no mercado das farmácias. Chamaram-lhe isso mas não existe.
Existe sim, liberalização da propriedade das farmácias, que é outra coisa...a liberalização do sector ficou na gaveta.
Até há quem defenda que seria muito útil...


Eu apenas referi isso do IVA como resposta a um comentário que dizia que farmácias faziam do stock um "DP". O que não corresponde à verdade, sobretudo nos últimos anos, em que o preço dos medicamentos tem sido revisto em baixa.

Cumprimentos.
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por Reislb » 2/12/2011 15:06

paulop2009 Escreveu:[quote="Reislb]Relativamente ao primeiro, pareceu-me que não está informado em relação à propriedade das farmácias, pois a liberalização já tem uns anitos. Como tal, se quiser aventurar-se na área, força. Consegue comprar desde 1€ (com um belo passivo), até alguns milhoezitos.


Aquilo a que se refere é que antigamente só um farmaceutico podia ser dono de uma farmácia. Hoje em dia qualquer pessoa pode ser dona.
MAS - a propriedade não está liberalizada pois uma farmácia tem que estar a X metros de outra, porque tem que haver um numero mínimo de habitantes á volta, porque não pode vender num conselho que não seja adjacente, etc.

Isso sim, é que é liberalizar.

[quote="Reislb]
Quantos aos anti-inflamatórios e antibióticos, eu só acrscentaria os anti-depressivos. Aliás, a realidade mostra que são sbretudo estes os ou um dos mais vendidos sem receita médica.[/quote]

[/quote]

Está a ver? Afinal não é só no centro da Maia que há trafulhas... :)[/quote]

Vamos ser coerentes. A sua pergunta foi: "qual o medo de abrirem a propriedade a quem o quiser comprar?" Como é obvio a minha resposta foi que já há a liberalização no acesso À propriedade das farmácias.

Agora se quer falar na liberalização total, isso é outra história que eu desconheço o motivo para que tal não aconteça. MAs, claro que é muito fácil especular acerca do assunto e "atacar".

Quanto ao facto de ser "trafulha", se fosse apenas na venda de MSRM, sem a referida receita.........

Cumprimentos.
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por pepi » 2/12/2011 14:29

Palmix Escreveu:De facto o problema das farmácias não é o IVA...de todo...

O problema das farmácias foi a má gestão de vários anos.
Penso que se pode juntar o sistema de factoring engendrado pelo cordeiro que com toda esta crise ameaça falir...e se assim for, as farmácias ficarão em sérios riscos de sobrevivência. Claro que não todas, mas uma boa parte.

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De facto não existe liberalização no mercado das farmácias. Chamaram-lhe isso mas não existe.
Existe sim, liberalização da propriedade das farmácias, que é outra coisa...a liberalização do sector ficou na gaveta.
Até há quem defenda que seria muito útil...


Palmix, concordo com essa análise!

Os proprietários adquiriram farmácias tendo em consideração a rentabilidade existente nesse sector até então... Pagaram-se absurdos por licenças, fizeram-se leasings imobiliários com o preço bem inflacionado, ninguém tinha muito cuidado em fazer uma gestão eficiente de stocks, etc. Agora... são farmácias claramente deficitárias. Quem acordou agora, tá F0D1D0!

A questão dos pagamentos atinge todos os fornecedores do Estado, e no caso das farmácias foi um dos factores para a ANF ter tanta força negocial nos últimos anos...
 
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por Palmix » 2/12/2011 14:22

De facto o problema das farmácias não é o IVA...de todo...

O problema das farmácias foi a má gestão de vários anos.
Penso que se pode juntar o sistema de factoring engendrado pelo cordeiro que com toda esta crise ameaça falir...e se assim for, as farmácias ficarão em sérios riscos de sobrevivência. Claro que não todas, mas uma boa parte.

O Estado tem que fazer o seu papel, controlar e legislar, mas também tem que pagar a tempo e horas a quem deve.

De facto não existe liberalização no mercado das farmácias. Chamaram-lhe isso mas não existe.
Existe sim, liberalização da propriedade das farmácias, que é outra coisa...a liberalização do sector ficou na gaveta.
Até há quem defenda que seria muito útil...
 
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por Palmix » 2/12/2011 14:18

Reislb Escreveu:
Palmix Escreveu:Não é assim...

Se és proprietário de uma farmácia, sugiro que contactes urgentemente o teu contabilista!

Numa compra de mercadorias, debitamos a conta de IVA dedutivel.
Quando devolvemos as compras, creditamos a conta IVA regularizações.

Ou seja, quando devolvo o IVA acompanha a devolução.

O IVA é um imposto sobre a transferência do bem (que taxa o valor acrescentado que cada intermediário acercenta ao valor base do bem), em ambos os sentidos (compra - venda e compra - devolução).

No final de contas, na cadeia de abastecimento, só há 1 elemento que suporta ou paga o IVA. O consumidor final...nenhum dos intermediários paga o IVA.


Não, não tenho nenhuma farmácia.
Apenas, quando vejo algo que não concordo, opino, mas tambe´m aprendo com alguns dos foristas.

Aliás, não estou aqui para defender o sector das farmácias em particular. O que se devia defender seria o utente/doente, o que me parece que está a ser menosprezado.

Bem relativamente, ao apuramento do IVA, essa é uma área que eu não domino. Mas vou explanar o meu ponto de vista. Se estiver enganado, terei todo o gosto em que me esclareça.
Com a devolução de um produto, a relação IVA recebido/ IVA entregue será inferior a 1 pois não se tratou de uma venda mas sim de uma devolução a um preço inferior ao de compra.

Cumprimentos.


O preço de devolução não tem necessariamente que ser inferior ao preço de compra.
 
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por paulop2009 » 2/12/2011 14:16

[quote="Reislb]Relativamente ao primeiro, pareceu-me que não está informado em relação à propriedade das farmácias, pois a liberalização já tem uns anitos. Como tal, se quiser aventurar-se na área, força. Consegue comprar desde 1€ (com um belo passivo), até alguns milhoezitos.[/quote]

Aquilo a que se refere é que antigamente só um farmaceutico podia ser dono de uma farmácia. Hoje em dia qualquer pessoa pode ser dona.
MAS - a propriedade não está liberalizada pois uma farmácia tem que estar a X metros de outra, porque tem que haver um numero mínimo de habitantes á volta, porque não pode vender num conselho que não seja adjacente, etc.

Isso sim, é que é liberalizar.

[quote="Reislb]
Quantos aos anti-inflamatórios e antibióticos, eu só acrscentaria os anti-depressivos. Aliás, a realidade mostra que são sbretudo estes os ou um dos mais vendidos sem receita médica.[/quote]

[/quote]

Está a ver? Afinal não é só no centro da Maia que há trafulhas... :)
 
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por pepi » 2/12/2011 14:15

Reislb Escreveu:
Com a devolução de um produto, a relação IVA recebido/ IVA entregue será inferior a 1 pois não se tratou de uma venda mas sim de uma devolução a um preço inferior ao de compra.

Cumprimentos.


O IVA tem que ser visto num âmbito da conta corrente. Havendo devoluções, esse IVA tem que ser entregue ao Estado... mas isso vai depender do volume de compras e vendas no mesmo período.

Acho que o IVA não é o problema das farmácias...
 
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por Reislb » 2/12/2011 14:06

Palmix Escreveu:Não é assim...

Se és proprietário de uma farmácia, sugiro que contactes urgentemente o teu contabilista!

Numa compra de mercadorias, debitamos a conta de IVA dedutivel.
Quando devolvemos as compras, creditamos a conta IVA regularizações.

Ou seja, quando devolvo o IVA acompanha a devolução.

O IVA é um imposto sobre a transferência do bem (que taxa o valor acrescentado que cada intermediário acercenta ao valor base do bem), em ambos os sentidos (compra - venda e compra - devolução).

No final de contas, na cadeia de abastecimento, só há 1 elemento que suporta ou paga o IVA. O consumidor final...nenhum dos intermediários paga o IVA.


Não, não tenho nenhuma farmácia.
Apenas, quando vejo algo que não concordo, opino, mas tambe´m aprendo com alguns dos foristas.

Aliás, não estou aqui para defender o sector das farmácias em particular. O que se devia defender seria o utente/doente, o que me parece que está a ser menosprezado.

Bem relativamente, ao apuramento do IVA, essa é uma área que eu não domino. Mas vou explanar o meu ponto de vista. Se estiver enganado, terei todo o gosto em que me esclareça.
Com a devolução de um produto, a relação IVA recebido/ IVA entregue será inferior a 1 pois não se tratou de uma venda mas sim de uma devolução a um preço inferior ao de compra.

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por Reislb » 2/12/2011 13:55

paulop2009 Escreveu:
Reislb Escreveu:
paulop2009 Escreveu:
economy Escreveu:Para terminar... devemos ter pena das farmácias?
NÃO! Notem que este eles têm uma vantagem enorme: o acesso a ter-se uma farmácia está regulado. E uma farmácia só pode abrir a uma certa distância de outra farmácia e se a população à volta exceder um certo número de pessoas. Uma loja da Gant pode ter margens de 100%, mas amanhã pode abrir ao lado uma loja da Tommy e lá se vai o negócio.

Respondendo a este argumento sem qualquer nexo do Paulop2009:

"Uma loja Gant e ao lado uma loja Tommy"

Os artigos da loja Gant são exclusivos e totalmente distintos dos da loja Tommy, para além disso algumas pessoas gostam de vestir diferente e não se importam de pagar mais o que não tem nada a ver com os medicamentos que são todos iguais.


Isto era uma liberdade metafórica, que não era para ser levada à letra.

Anyway, experimenta pensar que tens um supermercado, e depois vem outro senhor e mete outro supermercado ao lado.

já faz sentido a comparação?


Paulo com todo o respeito, estás a comparar algo que não faz qualquer sentido.

Se não vejamos, tu vais comprar umas calças, por exemplo,e pagas x€. A loja fica sem o produto mas tem logo o seu lucro.

Numa farmácia, o "produto" sai, mas apenas se tem o lucro quando o "Estado decidir pagar". E isto quando paga.

Pergunto algém se já viu a "correcção de receitas" que é feita na Maia. Acreditam que as receitas são devolvidas se aparecerem com algum número da data mais carregada com a caneta. Não me refiro a uma rasura ou emenda, apenas à cor estar mais carregada.

Claro que com a receita imprimida num PC, tal problema não se coloca agora, mas que nos últimos 3/4 anos era vergonhoso. A mim parece-me desculpa de mau pagador.

Outro cenário, acontece com a revisão dos preços. Porque o que tem acontecido nos últimos tempos é que com a descida dos preços, as farmácias têm de vender com uma margem negativa. Por exemplo, comprar um determinado medicamento em 2010 por 7€ e vender em 2011 por 6€, simplesmente porque "decidiram" baixar o seu preço.

Numa loja de retalho, tal não acontece, a menos que o proprietário/gestor assim o decida por algum motivo.

NA loja a retalho, existe sobretudo duas partes envolvidas, o comerciante e o comprador. Na farmácia existem 3 partes, sendo o terceiro (Estado), o que mais peso tem na tomada de decisões.

Portanto, não faz sentido comparar algo que não tem comparação possível.

Cumprimentos


Se o negócio das farmácias é assim tão mau e doloroso, qual o medo de abrirem a propriedade a quem o quiser comprar?

Se houver empresários com o estômago e a coragem suficientes para esses maus pagamentos do estado, pois que venham!

E quanto aos mauzões do centro da Maia, aposto o que o meu amigo quiser que por cada receita enviada para trás por causa da data mais carregada, eu consigo encontrar 10 situações de anti-inflamatórios ou anti-bióticos dispensados sem receita.

O estado é como deus nosso senhor: tarda mas não falha. E é por isso que toda a gente grita, mas toda a gente gosta de ser fornecedor do estado...


Bem, vou responder por cada paragrafo.

Relativamente ao primeiro, pareceu-me que não está informado em relação à propriedade das farmácias, pois a liberalização já tem uns anitos. Como tal, se quiser aventurar-se na área, força. Consegue comprar desde 1€ (com um belo passivo), até alguns milhoezitos.

Quantos aos anti-inflamatórios e antibióticos, eu só acrscentaria os anti-depressivos. Aliás, a realidade mostra que são sbretudo estes os ou um dos mais vendidos sem receita médica.

Por fim, no último parágrafo, não vou comentar. Pelo menos gosto de acreditar que sim.

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por Palmix » 2/12/2011 13:50

Não é assim...

Se és proprietário de uma farmácia, sugiro que contactes urgentemente o teu contabilista!

Numa compra de mercadorias, debitamos a conta de IVA dedutivel.
Quando devolvemos as compras, creditamos a conta IVA regularizações.

Ou seja, quando devolvo o IVA acompanha a devolução.

O IVA é um imposto sobre a transferência do bem (que taxa o valor acrescentado que cada intermediário acercenta ao valor base do bem), em ambos os sentidos (compra - venda e compra - devolução).

No final de contas, na cadeia de abastecimento, só há 1 elemento que suporta ou paga o IVA. O consumidor final...nenhum dos intermediários paga o IVA.
 
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por Elias » 2/12/2011 13:48

paulop2009 Escreveu:O estado é como deus nosso senhor: tarda mas não falha. E é por isso que toda a gente grita, mas toda a gente gosta de ser fornecedor do estado...


Até há alguma tempo atrás eu ainda acreditava nisto.

Actualmente já não acredito.
 
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por paulop2009 » 2/12/2011 13:44

Reislb Escreveu:
paulop2009 Escreveu:
economy Escreveu:Para terminar... devemos ter pena das farmácias?
NÃO! Notem que este eles têm uma vantagem enorme: o acesso a ter-se uma farmácia está regulado. E uma farmácia só pode abrir a uma certa distância de outra farmácia e se a população à volta exceder um certo número de pessoas. Uma loja da Gant pode ter margens de 100%, mas amanhã pode abrir ao lado uma loja da Tommy e lá se vai o negócio.

Respondendo a este argumento sem qualquer nexo do Paulop2009:

"Uma loja Gant e ao lado uma loja Tommy"

Os artigos da loja Gant são exclusivos e totalmente distintos dos da loja Tommy, para além disso algumas pessoas gostam de vestir diferente e não se importam de pagar mais o que não tem nada a ver com os medicamentos que são todos iguais.


Isto era uma liberdade metafórica, que não era para ser levada à letra.

Anyway, experimenta pensar que tens um supermercado, e depois vem outro senhor e mete outro supermercado ao lado.

já faz sentido a comparação?


Paulo com todo o respeito, estás a comparar algo que não faz qualquer sentido.

Se não vejamos, tu vais comprar umas calças, por exemplo,e pagas x€. A loja fica sem o produto mas tem logo o seu lucro.

Numa farmácia, o "produto" sai, mas apenas se tem o lucro quando o "Estado decidir pagar". E isto quando paga.

Pergunto algém se já viu a "correcção de receitas" que é feita na Maia. Acreditam que as receitas são devolvidas se aparecerem com algum número da data mais carregada com a caneta. Não me refiro a uma rasura ou emenda, apenas à cor estar mais carregada.

Claro que com a receita imprimida num PC, tal problema não se coloca agora, mas que nos últimos 3/4 anos era vergonhoso. A mim parece-me desculpa de mau pagador.

Outro cenário, acontece com a revisão dos preços. Porque o que tem acontecido nos últimos tempos é que com a descida dos preços, as farmácias têm de vender com uma margem negativa. Por exemplo, comprar um determinado medicamento em 2010 por 7€ e vender em 2011 por 6€, simplesmente porque "decidiram" baixar o seu preço.

Numa loja de retalho, tal não acontece, a menos que o proprietário/gestor assim o decida por algum motivo.

NA loja a retalho, existe sobretudo duas partes envolvidas, o comerciante e o comprador. Na farmácia existem 3 partes, sendo o terceiro (Estado), o que mais peso tem na tomada de decisões.

Portanto, não faz sentido comparar algo que não tem comparação possível.

Cumprimentos


Se o negócio das farmácias é assim tão mau e doloroso, qual o medo de abrirem a propriedade a quem o quiser comprar?

Se houver empresários com o estômago e a coragem suficientes para esses maus pagamentos do estado, pois que venham!

E quanto aos mauzões do centro da Maia, aposto o que o meu amigo quiser que por cada receita enviada para trás por causa da data mais carregada, eu consigo encontrar 10 situações de anti-inflamatórios ou anti-bióticos dispensados sem receita.

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