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Re: Portugal: revolução armada ou trabalhar mais

MensagemEnviado: 15/11/2011 14:58
por moppie85
1 - nao sei que contas de tempo é que foram essas, mas 1,2h parece-me um bocado exagerado. Ultimamente tenho saido de lx em hora de ponta e apanhado a fila na ponte junto ao aqueduto das águas livres e demoro cerca de 40min...

2 - "Sabiam que a energia desperdiçada em matéria organica (florestal), ardida em 2011 daria para dar energia electrica a Portugal por mais de 1 mês."

Erm... não entendo... o que é que a area ardida em 2011 tem a ver com a energia electrica em Portugal?!

3 - O resto do artigo é um bocado fora da realidade, com 2 ideias: serviços sociais suportados pela empresa junto ao local do emprego (a grande maioria das empresas não tem dimensão nem lucros para isso)

e

Uma descentralização que não é possivel, aliás, elas não estão descentralizadas (escolheram aquela localização), por algum motivo... (disponibilidade de mao de obra, de serviços de apoio, de serviços do estado dos quais dependem, de dinheiro para comprar num sitio melhor, disponibilidade de area para se instalarem, etc etc etc

Portugal: revolução armada ou trabalhar mais

MensagemEnviado: 15/11/2011 13:06
por ferradura
Tenhamos esta noticia como base:

http://economia.publico.pt/Noticia/port ... 22-1520956

Fala-se numa revolução armada ?
será solução ?
SIM, SE houvesse uma melhor alternativa.O problema é que não há.

Trabalhar mais 30 minutos ? tirar férias ?
A margem de manobra começa a desaparecer (retirar as férias todas), comecando a corrermos o risco de Portugal ser o promeiro país a reintroduzir a escravatura.


Iremos resolver os nossos problemas dessa maneira ?

E a desvalorização ?, como, de salários ?

Existem soluções, mas ninguem as quer implementar, pois mexe com intresses.Vou dar aqui alguns exemplos:

1-Sabiam que a energia desperdiçada em matéria organica (florestal), ardida em 2011 daria para dar energia electrica a Portugal por mais de 1 mês.

Mas vejamos medidas para a economia:

1-Descentralização.
Exceptuando quem mora em Lisboa, quem mora na periferia (Sintras, Almadas, Cascais), demora em média 1,2 hora X 2 para chegar a Lisboa.Além disso gasta em média 60 litros por mês em combustivel.

Vejamos as contas:

100.000 pessoas:

-240.000 horas de trabalho perdidas
-6000000 de litros de combustivel gasto(6 milhoes).

Quem vem de transportes publicos (o tempo perdido é semelhante em média):

100.000 pessoas:

-240.000 horas de trabalho perdidas

Temos então por mês:
480.000 mil horas perdidas

Se em vez de 200.000 tivermos 1 milhão nessa situação.
Estão a ver os números.

Isto para não falar no tempo perdido para ir buscar filhos à escola, o ter de pagar para poderem ficar em ATL, etc, etc.

Vejamos um exemplo:

há muitos anos atrás, havia em Portugal um grupo industrial que se chamava CUF.
Muita gente veio do Alentejo para ai trabalhar.Eles além do ordenado davam escolas e infantários para os filhos dos trabalhadores, além, penso eu de terem médico próprio.Isso fazia as pessoas verem o ytrabalho não só como meio de ganhar dinheiro, mas também para outras regalias.
Não perdiam tempo a levar os filhos à escola, e se tivessem de sair mais tarde tinham quem tomasse conta.
E hoje ?

Alguem que ganhe por exemplo 1000 euro, compensa colocar um filho nas poucas empresas que existem, num sabado ou domingo ou horário nocturno e pagar 30 ou mais por cada dia (mais o preço normal de infantário) ?
Porque as empresas não se juntam para colocar os filhos dos colaboradores em infantários próximos e quase sem custos.

Isto é um exemplo.

Mas isso mexe com a mentalidade dos nossos empresários a qual é o maior entrave ao nosso desenvolvimento.

Se o colaborador que perde 2,5 horas por dia em transportes, pudesse morar mais perto da empresa e não ter que levar o filho ao infantário, o empresário ganharia um empregado mais motivado, satisfeito, e até poderia trabalhar mais um pouco.