
Tenho para mim que entre os banqueiros e os politicos que nos governaram, venha o diabo e escolha.
Aliás a conivência era bem conhecida.

Aliás a conivência era bem conhecida.
Fórum dedicado à discussão sobre os Mercados Financeiros - Bolsas de Valores
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AutoMech Escreveu:Warren Buffett on Too Big to Fail
"You have to make it that a CEO of an institution, that requires society to bail out that institution, to walk away broke," says Warren Buffett, Berkshire Hathaway chairman/CEO.
O Buffet não é suave. Quem leva uma entidade a um pedido de bailout deve ser basicamente confiscado.
Pata-Hari Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Quando se compram obrigaçoes, compram-se normalmente para a maturidade ( salvo carteiras de trading). Obrigar a banca a reforçar capitais antes do prazo das maturidades pelo valor de mercado é uma terrivel armadilha. Imagina que detêns obrigaçoes e que o teu banco te liga a explicar que estás a descoberto porque a tua carteira a valores de hoje vale menos do que o que lá depositaste e que tens que reforçar a conta senao o estado nacionaliza-te parte da carteira pessoal depositando o montante em causa e tornando-se dono de parte da carteira... Olha que nao é muito diferente.
Lion, quem paga o quê? para já, esta banca não tem qualquer dívida. Claro está que se criarem uma dívida fictícia e contabilistica porque exigem novos rácios de capital e nova contabilização de activos, passa a ter. Se de repente te começarem a avaliar enquanto individuo com base na totalidade das tuas dívidas (por exemplo, tu passas a ser avaliado pela soma da tua conta bancária e pela soma dos créditos que tens à banca, casa, carro e outros), se calhar tu também te tornas imediatamente insolvente independentemente de teres ou não parado de pagar e de estar previsto vires a ter capacidade financeira para o fazer. Aliás, não tu mas uma gigantesca maioria de portugueses.
Qualquer desculpa serve para ilibar a banca.
Quem paga, manda! Ou ja não é assim?
A Banca a nível Europeu não se opos a isto, aceitou desvalorizar as dividas!Ou foi por medo a Merkel?
A Banca tb não altera contratos unilateralmente se lhe apetece ou se acha que o cliente oferece maior risco? (o unico caso que nao acontece e com o emp. habitação, mas eles bem tentam).
Lion_Heart Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Quando se compram obrigaçoes, compram-se normalmente para a maturidade ( salvo carteiras de trading). Obrigar a banca a reforçar capitais antes do prazo das maturidades pelo valor de mercado é uma terrivel armadilha. Imagina que detêns obrigaçoes e que o teu banco te liga a explicar que estás a descoberto porque a tua carteira a valores de hoje vale menos do que o que lá depositaste e que tens que reforçar a conta senao o estado nacionaliza-te parte da carteira pessoal depositando o montante em causa e tornando-se dono de parte da carteira... Olha que nao é muito diferente.
Lion, quem paga o quê? para já, esta banca não tem qualquer dívida. Claro está que se criarem uma dívida fictícia e contabilistica porque exigem novos rácios de capital e nova contabilização de activos, passa a ter. Se de repente te começarem a avaliar enquanto individuo com base na totalidade das tuas dívidas (por exemplo, tu passas a ser avaliado pela soma da tua conta bancária e pela soma dos créditos que tens à banca, casa, carro e outros), se calhar tu também te tornas imediatamente insolvente independentemente de teres ou não parado de pagar e de estar previsto vires a ter capacidade financeira para o fazer. Aliás, não tu mas uma gigantesca maioria de portugueses.
Qualquer desculpa serve para ilibar a banca.
Quem paga, manda! Ou ja não é assim?
A Banca a nível Europeu não se opos a isto, aceitou desvalorizar as dividas!Ou foi por medo a Merkel?
A Banca tb não altera contratos unilateralmente se lhe apetece ou se acha que o cliente oferece maior risco? (o unico caso que nao acontece e com o emp. habitação, mas eles bem tentam).
Hallo Escreveu:Josytoc Escreveu:Imagine-se há aqui quem defenda o seguinte cenário:
Coitados afinal não passavam de uns inocentes, altruistas, convencidos a comprar divida pública, e divida de empresas públicas, malandros dos políticos que os enganaram, prometendo-lhes rebuçados. Agora foram apanhados no meio de uma tempestade até porque em inocentes não existe ganância. Agora o problema não é só deles, é de todos, temos que os ajudar, eles foram enganados.
Ora francamente, conversa para criancinhas.![]()
Será que a maioria de vós é banqueiro? Ou simplesmente não tem percepção que sendo utilizador comum do sistema bancário à que ter os bancos e os banqueiros bem, debaixo de olho, para seguirem as regras?
Quem é a parte mais fraca a negociar entre vós e a banca? Porque é que vão ao banco depositar dinheiro e não lhe dão o original mas apenas ficam com a cópia?
Porque é que quando vão fazer um contrato de crédito para habitação que as pessoas vão levar uma vida a pagar nem seuqer têm oportunidade de lhes ser disponibilizado esse contrato para análise pelo menos 3 dias úteis antes? Acham normal?
Idiota não é quem defende os seus interesses, é quem defende os de outrém, contrários aos seus e nem dá por isso.
Apenas tento equilibrar as coisas: o loby dos banqueiros é bem conhecido, o dos contribuintes nem por isso.
Meu caro,
Já pensei assim.
Quando tinha 13 anos no BCP, levantei dinheiro numa caixa MB e fiquei com a conta negativa. Na altura tinha a conta com o meu pai. No dia seguinte, foram fazer queixa ao meu pai que tinha a conta negativa. Levei uma reprimenda de todo o tamanho, naquele dia, só me apetecia que aqueles malandros e impostores fechassem a loja, porque até era culpa deles a máquina dar dinheiro sem se o ter lá.
Mais tarde, bem mais tarde percebi. Independentemente de ficarem com o original ou cópia, muitos portugueses têm casa própria porque os bancos lhe emprestaram dinheiro e até lhes entregam as simulações com grande antecedência.
Já ouvi dizer que muita gente deixou de pagar a casa e que lha retiraram, mas nunca ouvi dizer que o banco retirava a casa a pessoas que pagavam. É natural que o banco ao emprestar se salvaguarde.
Portanto não percebo porque tem essa desconfiança tão grande na banca, nem porque pensa que a mesma só existe para enganar pessoas.
Ao estar a defender a banca, poderei estar a defender o meu direito a ser ajudado pela mesma futuramente na minha vida. Para alguns a banca é importante e forma de crescimento. É fácil de perceber isso, todos nós já comprámos casa, carro, ou outro bem a crédito.
Com os melhores cumprimentos
Hallo
Pata-Hari Escreveu:Quando se compram obrigaçoes, compram-se normalmente para a maturidade ( salvo carteiras de trading). Obrigar a banca a reforçar capitais antes do prazo das maturidades pelo valor de mercado é uma terrivel armadilha. Imagina que detêns obrigaçoes e que o teu banco te liga a explicar que estás a descoberto porque a tua carteira a valores de hoje vale menos do que o que lá depositaste e que tens que reforçar a conta senao o estado nacionaliza-te parte da carteira pessoal depositando o montante em causa e tornando-se dono de parte da carteira... Olha que nao é muito diferente.
Josytoc Escreveu:Simulações não são contratos.
Josytoc Escreveu:Imagine-se há aqui quem defenda o seguinte cenário:
Coitados afinal não passavam de uns inocentes, altruistas, convencidos a comprar divida pública, e divida de empresas públicas, malandros dos políticos que os enganaram, prometendo-lhes rebuçados. Agora foram apanhados no meio de uma tempestade até porque em inocentes não existe ganância. Agora o problema não é só deles, é de todos, temos que os ajudar, eles foram enganados.
Ora francamente, conversa para criancinhas.![]()
Será que a maioria de vós é banqueiro? Ou simplesmente não tem percepção que sendo utilizador comum do sistema bancário à que ter os bancos e os banqueiros bem, debaixo de olho, para seguirem as regras?
Quem é a parte mais fraca a negociar entre vós e a banca? Porque é que vão ao banco depositar dinheiro e não lhe dão o original mas apenas ficam com a cópia?
Porque é que quando vão fazer um contrato de crédito para habitação que as pessoas vão levar uma vida a pagar nem seuqer têm oportunidade de lhes ser disponibilizado esse contrato para análise pelo menos 3 dias úteis antes? Acham normal?
Idiota não é quem defende os seus interesses, é quem defende os de outrém, contrários aos seus e nem dá por isso.
Apenas tento equilibrar as coisas: o loby dos banqueiros é bem conhecido, o dos contribuintes nem por isso.
Pata-Hari Escreveu:A guerra civil entre o Governo e a banca
13 Novembro2011 | 20:58
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
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Como a Helena Garrido aqui escreveu, nos últimos anos a banca capturou a política.
ajpr3392 Escreveu: Meu Caro,
Se ambos os intervenientes ponderarem e aplicarem os principios fundamentais na concessão/aceitação de um empréstimo, terão fortes probabilidades de serem bem sucedidos, a saber dou a minha sugestão:
- a 1º regra é sempre calcular a capacidade de reembolso actual e a previsão futura (pessimista) para o devedor pagar a divida.
- não emprestar com base nas garantias. Estas são sempre o último recurso. Se a intenção é executar a garantia mas vale, em alternativa, propor um negócio de aquisição. Assim sabe (ou everá saber) quanto vale o que está a comprar. No futuro nunca sabe o valor do retorno da execução.
- não devo emprestar a quem eu devo, será mais prudente pagar 1º as minhas dividas e emprestar menos. Corro menos risco, tenho ganhos na minha credibilidade e em principio, sai mais barato.
- Só emprestar se for para resolver e apenas a quem tem um plano de negócio credivel. Para adiar mais deixar cair já.
- Se empresto para "tratar" a doença, logo que o paciente esteja saudável, não deve ir de férias, deverá 1º pagar-me (excepto se a doença for do foro mental).
- Se empresto devo pedir contrapartidas "gerais", sem ingerência profunda, caso contrário as contrapartidas passam a ser um custo adicional, tal como o juro a aplicar.
- o financiador não deve "passar" a sócio. Normalmente isto é um mau sinal, ou emprestou demais, ou não negociou correctamente os reembolso ou usou de má fé.
Obervados estes principios importará ao estado calcular e exigir mais valia pelo empréstimo concedido. A melhor forma é sempre financeira, i.e, sob a forma de juro. Tudo o resto são "tretas" e que normalmente escondem negociações pouco claras. Se correl mal (contrariamente o inicialmente previsto e devidamente estudado) deve o estado tornar-se accionista de uma negócio falido? Acho que não. Para o evitar deverá poder intervir sempre que os pressuposto da aprovação forem alterados, i,e, deve actuar atempadamente, não no fim. Por último nunca gostei de empréstimos "bullet" ou seja pagar todo o capital no final. A operação deve ter reembolsos programados e adequados e deve obrigar a um esforço permanente do devedor, enquanto tal.
Estes são os principios, quanto à técnica haverá pessoas mais habilitadas do que eu para se pronunciar.
MC
noquia1 Escreveu:Concordo inteiramente com o AJPR !!
Os políticos em Portugal convenceram a Malta da banca a comprar divida publica em troca de outros favores ... Situação esta que permitiu os sucessivos governos aumentarem a divida para satisfazer caprichos de elites e ganhar eleições ... Mas também não há problema o povo fala fala mas gosta de ser enganado !! Agora e só pagar o preço !!!!
A guerra civil entre o Governo e a banca
13 Novembro2011 | 20:58
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
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Quem lê o diário da colisão entre o Governo e a banca pensará que anda muita gente alucinada a dar gritos de cabeça perdida. Há uma boa razão para pensar isso: anda muita gente alucinada a dar gritos de cabeça perdida. O confronto está a ser colocado de forma errada, como uma guerra civil – e querem vestir-nos o uniforme de uns ou o dos outros.
Quem lê o diário da colisão entre o Governo e a banca pensará que anda muita gente alucinada a dar gritos de cabeça perdida. Há uma boa razão para pensar isso: anda muita gente alucinada a dar gritos de cabeça perdida. O confronto está a ser colocado de forma errada, como uma guerra civil – e querem vestir-nos o uniforme de uns ou o dos outros.
É uma ilusão crer que estamos ou contra o Governo ou contra a banca. Essa bipolaridade é manipulada e manipuladora, perante uma tensão social que se enche como gás propano num edifício – se raspamos em fósforo, explodimos; se fechamos as janelas, asfixiamos. Se os políticos insistirem em usar a banca como diversão para a contestação social, acabarão trancados num quarto escuro. Pode haver vitrinas partidas mas é a escadaria da Assembleia da República que a revolta subirá.
Quem está a bipolarizar o debate são, precisamente, os políticos e os banqueiros. Preocupados com sondagens ou com cotações, estão a fazer tudo mal. O Governo preparou uma lei invasora, dando meia dúzia de horas aos bancos para comentar, o que é pior que ignorar porque é provocador; os bancos fizeram queixinhas à Comissão Europeia, numa carta em tom bárbaro. Este confronto dinamitou pontes de entendimento, deixando o Banco de Portugal no meio e a troika à distância. Isto pode correr mal. Não é a eles, é a nós.
Correr mal é nacionalizar à bruta, incluindo fundos de pensões, e tudo justificar como se se fizesse justiça. A economia não é lugar para ajustes de contas de poder. Aceitar o projecto do Governo de nacionalização da banca apenas porque “eles merecem” é não só moralista e justiceiro como sobretudo errado. É um processo de destruição, não de regeneração.
Como a Helena Garrido aqui escreveu, nos últimos anos a banca capturou a política. Essa captura foi feita inclusive com a incorporação de políticos, como se viu na Caixa e no BCP, os dois maiores bancos portugueses. Mas também o BES e o BPI passaram a ter discurso político no último Governo, o primeiro apoiando, o segundo opondo-se. Mas todos, no fundo, disputando. Agora, a banca perdeu o poder, desviado pela “troika” para as mãos dos políticos. Essa requalificação tem de servir para tudo menos para uma vingança. Se no passado a banca capturou a política, o erro histórico acontecerá quando os políticos (e não a política) capturarem a banca.
Esta coluna de editorial foi a primeira onde se defendeu a necessidade de aumentar capitais que levaria ao recurso do dinheiro do Estado. As razões foram muitas vezes explicadas. A capitalização do Estado é, ademais, inevitável. Ela foi precipitada pelas dívidas soberanas mas acontecerá também por outras razões, que conheceremos nas próximas seis semanas: a transferência dos fundos de pensões vai descobrir insuficiências (como o Negócios aqui explicou na sexta, os bancos terão de injectar em entre quase mil e mais de dois mil milhões de euros nos seus fundos); a reavaliação pela troika das carteiras de crédito tornará visíveis casos mais ou menos famosos de financiamentos perdidos (o que a banca está a antecipar com largos volumes de provisões); o cálculo, também pela troika, do valor futuro dos activos revelará o “spread squeeze” dos créditos à habitação (a inviabilidade de emprestar a 30 anos com margens inferiores a 1%). Tudo isto vai exigir capital. Muito capital.
A guerra hoje já não é se o Estado entra, mas sim como entra. O que foi dito pelo primeiro-ministro e pelo governador do Banco de Portugal não foi cumprido na proposta de lei do Governo. Carlos Costa propusera que a entrada fosse por acções preferenciais sem direito de voto, o que não se confirma; Passos Coelho falara do Estado como um parceiro silencioso, com suspensão de prémios de gestão e de dividendos, o que também não se confirma.
A proposta do Governo deixa demasiadas coisas em aberto, como a definição do preço de entrada e preço de saída, e deixa muitos poderes discricionários para mais tarde. Tem aspectos positivos, como forçar mais percentagem de crédito às PME (o que vai obrigar que as grandes empresas, que têm mais poder de lóbi, não sejam sempre as preferidas). E devia cancelar os dividendos, mesmo que isso cause a ruína de vários accionistas privados. Mas, como diz a banca, o Estado passa, ao fim de três anos, a poder de facto nacionalizar. É esse o erro histórico. Que Passos Coelho prometera não fazer.
A proposta de lei vai mudar, como se percebe pelas últimas notícias. Se banqueiros e políticos pensam arregimentar a opinião pública, podem desenganar-se: ela está e vai estar contra ambos. Por isso, ambos vão ter de embainhar as espadas e retirar as canetas para iniciar um processo de cooperação. Dependem demasiado uns dos outros para matarem sem morrer. Afinal, quando anda muita gente alucinada a dar gritos de cabeça perdida, só há uma maneira de ser ouvido: falar baixinho.
ajpr3392 Escreveu:Meu Caro Artista,
Enfim, não vale a pena continuar a debater consigo.
Veremos como este tema vai ser resolvido e quem terá razão. Nas condições actualmente divulgadas não vai ser com toda a certeza, os primeiros sinais serão dados já esta semana.