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Enviado:
1/11/2011 21:16
por jotabilo
Caros
Como, desde sempre, referi, estamos em mudança de paradigma social.
O Liberalismo velho e anquilosado, está a viver os últimos tempos antes de desaparecer como lógica de vida politico-social.
O homen perante o impasse, procura, irrevogavelmente,a sua segurança e bem estar, os fins últimos que persegue.
Se esta sociedade não lhos concede ele procurará outro modo de viver para que atinja esses referidos fins.
Não se sabe ao certo o que virá, mas uma equação poderá ser formulada:
- Ou caminhamos para grandes espaços politico-económicos;
- Ou, de outro modo, procuramos viver num ambiente regional comunitário e autárquico, com a necessária descentralização politica, económica, energética e com outro paradigma social mais gregário porque sistemático e racionalmente mais exigente nos valores do espirito humano.
É esta a luta que se trava actualmente. De um lado, os que tentam manter o status quo, alargando os espaços para se manterem num nível de impunidade dos crimes sociais que cometem.
Do outro lado os que exigem uma racionalidade diferente e conforme a emergência das novas tecnologias que exigem outros valores e outra fé que fundamente uma nova racionalidade que nada terá a ver com o iluminismo romantico e heróico de Kant.
Estamos a mudar e a possibilidade de vos inquietar com essa pretensa possibilidade de mudança acentuada, é já, um exemplo sintomático da sua efectividade.
cumps
Re: Colapso global?

Enviado:
1/11/2011 21:02
por Pantone
oscar c. Escreveu:Infelizmente parece-me que o problema é ainda pior que aquele que o Ulisses descreveu.
A recapitalização é necessária também para os bancos europeus, em geral, em virtude de terem que considerar nos seus balanços a desvalorização das dívidas soberanas em que estão investidos.
Resultado: não há dinheiro no BCE para isso. É preciso convencer a China e outros países (Brasil?) a entrarem no fundo de estabilização. E conseguem? A que preço?
E o problema vai agravar-se quando os bancos americanos tiverem necessidade de recapitalização pelos mesmos motivos. Não falta muito tempo.
E aí não vai ser possível porque não há dinheiro no sistema financeiro internacional para isso. As dívidas foram contraídas na compra de activos que agora valem muito menos. O dinheiro esfumou-se, portanto.
Daí até ao colapso global não faltará muito...
Oscar, ponha as rotativas do BCE a funcionar (em sentido figurado, entenda-se), e verá como há dinheiro para isso e muito mais!
De qualquer forma, o problema actual das dívidas que se seguem (Espanha, Italia e a ver até quando a França) é de confiança (ou desconfiança) dos mercados, pelo que nem teria que introduzir muito, apenas ameaçar (de uma forma credível) que o faria.
Mas temos os dirigentes que temos, e o BCE não está mandatado para fazê-lo pelo que... branco é galinha o põe!
Colapso global?

Enviado:
1/11/2011 20:23
por oscar c.
Infelizmente parece-me que o problema é ainda pior que aquele que o Ulisses descreveu.
A recapitalização é necessária também para os bancos europeus, em geral, em virtude de terem que considerar nos seus balanços a desvalorização das dívidas soberanas em que estão investidos.
Resultado: não há dinheiro no BCE para isso. É preciso convencer a China e outros países (Brasil?) a entrarem no fundo de estabilização. E conseguem? A que preço?
E o problema vai agravar-se quando os bancos americanos tiverem necessidade de recapitalização pelos mesmos motivos. Não falta muito tempo.
E aí não vai ser possível porque não há dinheiro no sistema financeiro internacional para isso. As dívidas foram contraídas na compra de activos que agora valem muito menos. O dinheiro esfumou-se, portanto.
Daí até ao colapso global não faltará muito...
Re: comentário

Enviado:
1/11/2011 18:21
por Marco Martins
mfsr1980 Escreveu:smiile Escreveu:jotabilo Escreveu:Caro K
Creio que pouco se pode fazer, além da convulsão social ou guerra para conter essa profunda injustiça de que os trabalhadores da europa são objecto.
Existe um conjunto de homens apostados em manter essa situação.
Querem presidir aos nossos destinos e nada farão que os afaste desse desígnio.
Encontraram no Oriente a possibilidade de manter a sua exclusividade como seres, aproveitando a diferença de potêncial dos recursos humanos que se verifica. Daí não sairão facilmente.
Os poderosos estão nesta Europa e de um modo geral no Ocidente. Hoje é facil movimentar capitais.
Vivem em condominios ou guetos vidas fabulosas e fantásticas...constiuem uma aristocracia que tem ideias e aproveita as massas para as impôr.
Só a rotura violenta os pode fazer estremecer desse status.
Aquilo que propões, é portanto pouco exequível porque eles são donos desses instrumentos e por esse lado nada acontecerá.
Só a revolta....como sempre sucedeu na história.
cumps
Subscrevo na totalidade este seu comentário.

Acho que vocês estão loucos ou não sabem o que dizem!
Muitos anos de economia florescente dá nisto!
As pessoas perdem a noção da realidade, julgam que já desceram tudo o que havia a descer e começam a achar que a convulsão social é a única solução.
Temos de viver com menos, temos procurar consumir nacional ou a falta disso consumir Europeu. Temos de criar condições para que o investimento se faça e temos de acudir socialmente aos casos mais dramáticos.
A Grécia quer-se suicidar? É deixá-la! Não vamos seguir os passos dela.
Por um lado será bom para a Europa se deixarem a Grécia seguir o caminho que entender....
Já deu para entender que eles não estão a ser sérios na utilização dos dinheiros que receberam.
O facto da Grécia cair, e sair do euro será bom para mostrar a outros países que existem outros caminhos e qual será o caminho deles no curto prazo...
Pelo menos levaria Portugal e outros a pensar duas vezes quando desejassem sair do euro a pensar que tudo seria melhor...

Enviado:
1/11/2011 18:15
por Pantone
E nem de propósito...
Repost: European Inflation Targets
...
So, about why the euro needs inflation to work, here’s what I wrote some time ago:
Jean-Claude Trichet is sounding hawkish about inflation again — and this is very bad news for the European periphery. Let me offer a stylized example to explain why.
So, imagine a eurozone that contains only two countries, Germany and Spain. And let’s make two assumptions: first, Germany’s economy is three times the size of Spain’s, so that German inflation is 3/4 of the overall index, Spain’s inflation 1/4; second, past events have left Spanish wages and prices 20 percent logarithmic too high relative to Germany. (Why logarithmic? So I can just add percentage changes, without having to worry about compounding.)
Now suppose that you want to get relative prices and wages back in line over the course of 5 years. How can this happen? Well, one way or another we need to have German inflation 4 points higher than Spanish inflation over that period.
So consider two scenarios: in scenario A, we have 2 percent German inflation and 2 percent Spanish deflation. This implies an overall eurozone inflation rate of 1 percent. In scenario B, we have 4 percent German inflation and zero Spanish inflation, implying eurozone inflation of 3 percent.
In a frictionless world, it wouldn’t matter which scenario gets chosen. But in reality, scenario A, the low-inflation scenario, is vastly worse for Spain — for two reasons. First, it’s much, much harder to get actual deflation than simply to have stable prices, so scenario A means much higher unemployment. Second, because Spanish debt is in euros, scenario A implies a significantly worse debt burden.
So what we’re seeing is an ECB catering to German desires for low inflation, very much at the expense of making the problems of peripheral economies much less tractable.
This is going to be ugly.
I’d add that the ECB and European leaders have been in complete denial on this point, willing neither to acknowledge the deflation their policies require nor to accept the need for higher overall inflation if deflation is to be avoided.
in
http://krugman.blogs.nytimes.com/2011/1 ... n-targets/
Re: E se a Europa parasse para pensar!

Enviado:
1/11/2011 17:24
por smiile
«É preciso dar mais valor a coisas terrenas e menos importância a ninharias estratosféricas. Os direitos humanos não devem ser só valorizados quando interessa. A globalização comercial sem regras iguais para todos trouxe-nos até aqui. Acordemos enquanto há tempo ou então vamos ter de começar uns níveis mais abaixo por motivos óbvios.»
A solução para Portugal ,tal como noutros momentos conturbados da nossa História,está nesse bem enorme e precioso que possuímos, o MAR, investindo no desenvolvimento de uma estrutura de armador nacional que entre no mercado internacional do transporte,em projetos de desenvolvimento de estruturas de apoio ao turismo de recreio náutico e em projectos de criação de pescado.
Temos que inovar e alimentar uma economia
produtiva e exportadora alicerçada numa moeda própria.
E se a Europa parasse para pensar!

Enviado:
1/11/2011 17:02
por TTM62
E se a Europa parasse para pensar!Como chegamos até aqui? Para que serve o dinheiro? Porquê foi necessário construir/elaborar fortalezas de confiança (CDS) e elas revelaram-se inúteis. Isto não parece a “Teoria de Murfi “? A confiança não se compra, ela deve entranhar-se por osmose. Não há liquidez que chegue para comprar infinitamente o que se revela valer pouco. É imperioso inverter o ciclo da maximização da desconfiança. As ferramentas financeiras previram isto, potenciaram a especulação e vão continuar a faze-lo até ao momento de inversão. Elas não apareceram do longínquo universo, foram criadas por nós. Criamos o monstro, demos-lhes as ferramentas e agora espantamo-nos com a grande dificuldade em domina-lo? Enumeremos coisas simples, pois serão o caminho a trilhar, com ou sem guerra, teremos de produzir, deixar de oprimir, importar menos e exportar mais. É preciso dar mais valor a coisas terrenas e menos importância a ninharias estratosféricas. Os direitos humanos não devem ser só valorizados quando interessa. A globalização comercial sem regras iguais para todos trouxe-nos até aqui. Acordemos enquanto há tempo ou então vamos ter de começar uns níveis mais abaixo por motivos óbvios.

Enviado:
1/11/2011 15:11
por K.
Repara bem no que escrevi, eu falo de monetizar as dividas de todas as economias desenvolvidas simultaneamente (como ja esta a ser feito em Inglaterra e nos EU). Assim, todas as moedas desses paises desvalorizam contra as moedas dos BRICS o que e equivalente a valorizar as moedas dos BRICS. A vantagem da monetizacao em relacao a desvalorizacao interna e que e muito mais facil politicamente. Mas nessa discussao nao me quero meter.
Re: comentário

Enviado:
1/11/2011 14:59
por smiile
mfsr1980 Escreveu:smiile Escreveu:jotabilo Escreveu:Caro K
Creio que pouco se pode fazer, além da convulsão social ou guerra para conter essa profunda injustiça de que os trabalhadores da europa são objecto.
Existe um conjunto de homens apostados em manter essa situação.
Querem presidir aos nossos destinos e nada farão que os afaste desse desígnio.
Encontraram no Oriente a possibilidade de manter a sua exclusividade como seres, aproveitando a diferença de potêncial dos recursos humanos que se verifica. Daí não sairão facilmente.
Os poderosos estão nesta Europa e de um modo geral no Ocidente. Hoje é facil movimentar capitais.
Vivem em condominios ou guetos vidas fabulosas e fantásticas...constiuem uma aristocracia que tem ideias e aproveita as massas para as impôr.
Só a rotura violenta os pode fazer estremecer desse status.
Aquilo que propões, é portanto pouco exequível porque eles são donos desses instrumentos e por esse lado nada acontecerá.
Só a revolta....como sempre sucedeu na história.
cumps
Subscrevo na totalidade este seu comentário.

Acho que vocês estão loucos ou não sabem o que dizem!
Muitos anos de economia florescente dá nisto!
As pessoas perdem a noção da realidade, julgam que já desceram tudo o que havia a descer e começam a achar que a convulsão social é a única solução.
Temos de viver com menos, temos procurar consumir nacional ou a falta disso consumir Europeu. Temos de criar condições para que o investimento se faça e temos de acudir socialmente aos casos mais dramáticos.
A Grécia quer-se suicidar? É deixá-la! Não vamos seguir os passos dela.
Amigo,considera mesmo que o que a Grécia procura é o suicídio, ou será apenas sinal da revolta do povo contra a fraude e a mentira, a mentira do crédito fácil,do desinvestimento na industria, dos facilitismos na educação e do enriquecimento ilícito de banqueiros, gestores e politicos,etc, etc, etc, por cá submetemo-nos a tudo de ânimo leve com o eterno medo da ruptura,como se estarmos de joelhos, efeminados e mendigantes perante essas raças pedantes do norte nos enobrecesse de alguma maneira.Pro inferno com eles,sempre ao longo da nossa HISTÓRIA eles tiveram do lado oposto das trincheiras que por lá continuem, é tempo de enfrentar outras tormentas e tempestades que nos tragam riqueza e orgulho.

Enviado:
1/11/2011 14:41
por artista_
Não sei se a Pata leu este artigo?! Acho que lhe fazia bem... e, já agora, dizer que mudou de opinião ou confrontar o Ulisses sobre uma boa parte do conteúdo do artigo!
Concordo com tudo, infelizmente, até com a parte onde defendes que são reduzidas as probabilidades de tudo correr bem e o estado sair sem perdas da banca!
Re: comentário

Enviado:
1/11/2011 14:30
por mfsr1980
smiile Escreveu:jotabilo Escreveu:Caro K
Creio que pouco se pode fazer, além da convulsão social ou guerra para conter essa profunda injustiça de que os trabalhadores da europa são objecto.
Existe um conjunto de homens apostados em manter essa situação.
Querem presidir aos nossos destinos e nada farão que os afaste desse desígnio.
Encontraram no Oriente a possibilidade de manter a sua exclusividade como seres, aproveitando a diferença de potêncial dos recursos humanos que se verifica. Daí não sairão facilmente.
Os poderosos estão nesta Europa e de um modo geral no Ocidente. Hoje é facil movimentar capitais.
Vivem em condominios ou guetos vidas fabulosas e fantásticas...constiuem uma aristocracia que tem ideias e aproveita as massas para as impôr.
Só a rotura violenta os pode fazer estremecer desse status.
Aquilo que propões, é portanto pouco exequível porque eles são donos desses instrumentos e por esse lado nada acontecerá.
Só a revolta....como sempre sucedeu na história.
cumps
Subscrevo na totalidade este seu comentário.

Acho que vocês estão loucos ou não sabem o que dizem!
Muitos anos de economia florescente dá nisto!
As pessoas perdem a noção da realidade, julgam que já desceram tudo o que havia a descer e começam a achar que a convulsão social é a única solução.
Temos de viver com menos, temos procurar consumir nacional ou a falta disso consumir Europeu. Temos de criar condições para que o investimento se faça e temos de acudir socialmente aos casos mais dramáticos.
A Grécia quer-se suicidar? É deixá-la! Não vamos seguir os passos dela.

Enviado:
1/11/2011 14:21
por migluso
K. Escreveu:Equivalente uma coisa e outra, certo?
Na minha opinião, não. O que defendeste é exactamente o mesmo que reduzir os salários na Europa.
Re: comentário

Enviado:
1/11/2011 14:18
por migluso
jotabilo Escreveu:Caro K
Creio que pouco se pode fazer, além da convulsão social ou guerra para conter essa profunda injustiça de que os trabalhadores da europa são objecto.
Mas haverá continente onde os trabalhadores sejam tão protegidos como na Europa?
Este argumento ultrapassa a minha capacidade de entendimentos.
Um empregado na China, África ou América Latina não tem as condições de trabalho de um europeu.
Um desempregado, seja de que parte do mundo for, não tem a mesma protecção que tem um desempregado na Europa.

Enviado:
1/11/2011 14:18
por K.
Equivalente uma coisa e outra, certo?

Enviado:
1/11/2011 14:09
por migluso
K. Escreveu:Nao e dificil aumentar o custo de trabalho nos paises do Oriente, basta monetizar simultaneamente a divida Americana, Europeia, Inglesa e Japonesa, isto levaria a uma desvalorizacao das moedas que corresponderia a uma valorizacao das moedas dos BRICS, aumentando assim os custos de trabalho nestes paises. O problema e que a Europa nao esta a alinhar nisto, por causa da Alemanha.
Isto não aumentaria o custo do factor trabalho no oriente. Reduziria sim, o custo do factor trabalho no ocidente.
Re: comentário

Enviado:
1/11/2011 13:35
por smiile
jotabilo Escreveu:Caro K
Creio que pouco se pode fazer, além da convulsão social ou guerra para conter essa profunda injustiça de que os trabalhadores da europa são objecto.
Existe um conjunto de homens apostados em manter essa situação.
Querem presidir aos nossos destinos e nada farão que os afaste desse desígnio.
Encontraram no Oriente a possibilidade de manter a sua exclusividade como seres, aproveitando a diferença de potêncial dos recursos humanos que se verifica. Daí não sairão facilmente.
Os poderosos estão nesta Europa e de um modo geral no Ocidente. Hoje é facil movimentar capitais.
Vivem em condominios ou guetos vidas fabulosas e fantásticas...constiuem uma aristocracia que tem ideias e aproveita as massas para as impôr.
Só a rotura violenta os pode fazer estremecer desse status.
Aquilo que propões, é portanto pouco exequível porque eles são donos desses instrumentos e por esse lado nada acontecerá.
Só a revolta....como sempre sucedeu na história.
cumps
Subscrevo na totalidade este seu comentário.

comentário

Enviado:
1/11/2011 13:31
por jotabilo
Caro K
Creio que pouco se pode fazer, além da convulsão social ou guerra para conter essa profunda injustiça de que os trabalhadores da europa são objecto.
Existe um conjunto de homens apostados em manter essa situação.
Querem presidir aos nossos destinos e nada farão que os afaste desse desígnio.
Encontraram no Oriente a possibilidade de manter a sua exclusividade como seres, aproveitando a diferença de potêncial dos recursos humanos que se verifica. Daí não sairão facilmente.
Os poderosos estão nesta Europa e de um modo geral no Ocidente. Hoje é facil movimentar capitais.
Vivem em condominios ou guetos vidas fabulosas e fantásticas...constiuem uma aristocracia que tem ideias e aproveita as massas para as impôr.
Só a rotura violenta os pode fazer estremecer desse status.
Aquilo que propões, é portanto pouco exequível porque eles são donos desses instrumentos e por esse lado nada acontecerá.
Só a revolta....como sempre sucedeu na história.
cumps

Enviado:
1/11/2011 13:19
por Ulisses Pereira
Este artigo terá de ser refeito para considerar as indecisões do que realmente vai acontecer agora
Olha que não, Marco. Apesar desta decisão inesperada, o artigo permanece completamente actual. Infelizmente.
Um abraço,
Ulisses

Enviado:
1/11/2011 11:56
por K.
Nao e dificil aumentar o custo de trabalho nos paises do Oriente, basta monetizar simultaneamente a divida Americana, Europeia, Inglesa e Japonesa, isto levaria a uma desvalorizacao das moedas que corresponderia a uma valorizacao das moedas dos BRICS, aumentando assim os custos de trabalho nestes paises. O problema e que a Europa nao esta a alinhar nisto, por causa da Alemanha.
comentário

Enviado:
1/11/2011 11:40
por jotabilo
O mal existe na assimetria que se verifica na economia considerada a nível global.
Um dos factores principais da economia é o prêço dos recursos humanos disponíveis. Ora o prêço dos recursos humanos da Europa nunca poderá rivalizar com o do Oriente com clara vantagem para este.
Todos os empresários dos USA e da Europa estão atentos a esta realidade e naturalmente deslocalizam as suas empresas em face disso para o Oriente, sobretudo, China, India, Paquistão, Tailândia...and so on.
Sendo assim, duas possibilidades se podem equacionar:
- Ou reduzimos o nosso prêço de trabalho;
- Ou fazemos com que o prêço do trabalho no Oriente aumente.
A primeira dessas possibilidades é um caminho que amargamente teremos de percorrer, dado que se me afigura que será lento o aumento do prêço do trabalho dos Orientais.
Face a esta realidade e porque os empresários que assim estão e continuarão a proceder, permanecem no seio da nossa sociedade, antevejo as necessárias convulsões sociais e guerras para anular tamanha injustiça decorrente de uma ganância cega e oportunista.
cumps

Enviado:
1/11/2011 10:55
por Pantone
K. Escreveu:Muffin, tudo o que está a acontecer deve-se exactamente à necessidade de evitar inflacção. De outra forma o problema resolvia-se facilmente com o BCE a emitir moeda como estão a fazer nos EU e em Inglaterra.
O problema é que se qualquer aumento da massa monetária neste momento (seja por descida de juros ou por injecções do BCE) pode fazer disparar a inflação na Alemanha, que já está acima dos 3%. Se tal acontecer, quem vai pagar a factura são os Alemães (que vão ver os activos diminuir de valor). E eles não estão para isso.
Claro, tudo isto são ideias provenientes de monetaristas. O que se passa é que, neste momento, nenhum Keynesiano, para alem de Krugman, se atreve a dizer seja o que for.
Agora, Draghi é (será segredo?) Keynesiano. A pergunta de 3 triliões de Euros é: Q que vai ele fazer? Pode injectar, em segredo, liquidez em pontos estratégicos da economia, que coloquem a máquina a funcionar do lado da procura. Exactamente onde é muito difícil. Podem ser, por exemplo, bancos com obrigações de países "solventes mas ilíquidos". Se Portugal utilizar o dinheiro da Troika para capitalizar os bancos, cruza a fronteira da solvência-fica de fora deste plano.
Isto parece loucura, mas então eu coloco outra questão: como é possível que, com praticamente TODOS os bancos europeus tecnicamente falidos, a UE aparece com um plano de recapitalização de banca de apenas 100 mil milhões?
Aqui tens outra versão sobre este assunto:
http://www.project-syndicate.org/commen ... 19/English
e aqui outra:
http://www.voxeu.org/index.php?q=node/7158
Onde se opina sobre o quê e o porquê do BCE dever cumprir as suas funções naturais, e não o fazer.
O Euro está a estrangular a periferia e o BCE com medo de uma inflação inexistente (reflexo dos traumas alemães pós I Guerra mundial) não actua. Veremos quanto dura esta novela.

Enviado:
1/11/2011 10:53
por mfsr1980
Eu acho que o pessoal está a "panicar"!
O objectivo é financiar a economia, sobretudo as empresas que exportam e isso não está a ser feito!
Sem isso tudo se desmorona!
Há um segundo objectivo importante, é que há muito dinheiro nos bancos que é desviado para ordenados desproporcionados e comissões loucas e que também têm de acabar!
Se os bancos não querem aquele dinheiro então há que construir um de raiz que entre ao serviço da economia.
Abraço mfsr1980
Re: Que o céu não nos caia em cima da cabeça

Enviado:
1/11/2011 10:39
por Marco Martins
Este artigo terá de ser refeito para considerar as indecisões do que realmente vai acontecer agora
Em relação à banca ser recapitalizada ou nacionalizada parcialmente, será algo muito grave!!!
Parece-me que com isso iremos encontrar vários BPN ou então criar várias empresas PPP na banca!
Ou é total ou não é, senão a tendência será os bancos excluirem os seus activos bons e deixar o estado entrar apenas naquilo que é mau.

Enviado:
1/11/2011 9:54
por K.
Muffin, tudo o que está a acontecer deve-se exactamente à necessidade de evitar inflacção. De outra forma o problema resolvia-se facilmente com o BCE a emitir moeda como estão a fazer nos EU e em Inglaterra.
O problema é que se qualquer aumento da massa monetária neste momento (seja por descida de juros ou por injecções do BCE) pode fazer disparar a inflação na Alemanha, que já está acima dos 3%. Se tal acontecer, quem vai pagar a factura são os Alemães (que vão ver os activos diminuir de valor). E eles não estão para isso.
Claro, tudo isto são ideias provenientes de monetaristas. O que se passa é que, neste momento, nenhum Keynesiano, para alem de Krugman, se atreve a dizer seja o que for.
Agora, Draghi é (será segredo?) Keynesiano. A pergunta de 3 triliões de Euros é: Q que vai ele fazer? Pode injectar, em segredo, liquidez em pontos estratégicos da economia, que coloquem a máquina a funcionar do lado da procura. Exactamente onde é muito difícil. Podem ser, por exemplo, bancos com obrigações de países "solventes mas ilíquidos". Se Portugal utilizar o dinheiro da Troika para capitalizar os bancos, cruza a fronteira da solvência-fica de fora deste plano.
Isto parece loucura, mas então eu coloco outra questão: como é possível que, com praticamente TODOS os bancos europeus tecnicamente falidos, a UE aparece com um plano de recapitalização de banca de apenas 100 mil milhões?

Enviado:
1/11/2011 9:24
por Marco Martins
migueljat Escreveu:Ulisses ou quem souber explicar
Quais as reais consequencias de Portugal ficar fora dos mercados de credito durante varios anos?
Se não nos conseguirmos endividar nos mercados internacionais, ficamos dependentes do BCE e provavelmente do FMI, o que nos leva a pagar taxas mais altas do que numa situação normal.
Para além disso temos de ter programas conforme a troika pretende... o que nos limita a liberdade e autonomia.