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Barbot: China faz concorrência desleal em Portugal mas depois é à China que Portugal pede dinheiro
27 Outubro 2011 | 23:40
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
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jneg
China pode desempenhar papel "preponderante" no reforço do fundo do euro
27/10/2011
Qualquer envolvimento da China no fundo de resgate da Zona Euro dependerá das contribuições de outros países e de serem dadas a Pequim sólidas garantias à segurança do seu investimento, comentaram ao “Financial Times” dois conselheiros do governo chinês.
Recorde-se que ficou ontem definido, na cimeira europeia, o alargamento do FEEF de 440 mil milhões de euros para 1 bilião de euros. Com os compromissos que o fundo já assumiu com Portugal e a Irlanda, neste momento o FEEF dispõe apenas de 250 mil milhões de euros. Então, como vai angariar o dinheiro que falta para o reforço até 1 bilião de euros? Há dois planos que o FEEF poderá explorar para obter o capital em falta, sublinha o “Financial Times”.
O primeiro consiste em vender CDS (seguros contra o incumprimento da dívida) sobre determinadas obrigações soberanas. O segundo será criar um fundo especial em que o FMI ou países como a China possam investir.
Uma vez que a China dispõe de 3,2 biliões de dólares em reservas estrangeiras, 25% das quais supostamente em euros, este país poderá estar disposto a contribuir com um valor entre 50 e 100 mil milhões de dólares – que irá buscar a essas reservas – para o FEEF ou para um novo fundo criado sob os seus auspícios, em colaboração com o FMI, referiu ao “FT” uma fonte conhecedora das conversações entre os líderes chineses.
“Se as condições forem as adequadas, até pode haver uma contribuição um pouco acima de 100 mil milhões”, sublinhou a mesma fonte, que não quis ser identificada.
Uma condição que a China talvez possa pedir é que a sua contribuição seja denominada, pelo menos parcialmente, em yuans – o que protegeria o seu investimento contra a flutuação cambial, refere o jornal britânico. A China compraria obrigações denominadas em euros, mas nos reembolsos compensaria quaisquer oscilações no valor do yuan.
Sublinhe-se que a moeda chinesa valorizou perto de 20% face ao euro nos últimos três anos.
Além do alargamento da capacidade do FEEF, os líderes europeus acordaram também ontem num perdão de 50% sobre a dívida grega detida pelos privados e a necessidade da banca europeia se recapitalizar em 106 mil milhões de euros no âmbito do reforço das exigências de capital (que obrigam a um Core Tier 1 de 9% até Junho de 2012).
Barbot: China faz concorrência desleal em Portugal mas depois é à China que Portugal pede dinheiro
27 Outubro 2011 | 23:40
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
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jneg
China pode desempenhar papel "preponderante" no reforço do fundo do euro
27/10/2011
Qualquer envolvimento da China no fundo de resgate da Zona Euro dependerá das contribuições de outros países e de serem dadas a Pequim sólidas garantias à segurança do seu investimento, comentaram ao “Financial Times” dois conselheiros do governo chinês.
Recorde-se que ficou ontem definido, na cimeira europeia, o alargamento do FEEF de 440 mil milhões de euros para 1 bilião de euros. Com os compromissos que o fundo já assumiu com Portugal e a Irlanda, neste momento o FEEF dispõe apenas de 250 mil milhões de euros. Então, como vai angariar o dinheiro que falta para o reforço até 1 bilião de euros? Há dois planos que o FEEF poderá explorar para obter o capital em falta, sublinha o “Financial Times”.
O primeiro consiste em vender CDS (seguros contra o incumprimento da dívida) sobre determinadas obrigações soberanas. O segundo será criar um fundo especial em que o FMI ou países como a China possam investir.
Uma vez que a China dispõe de 3,2 biliões de dólares em reservas estrangeiras, 25% das quais supostamente em euros, este país poderá estar disposto a contribuir com um valor entre 50 e 100 mil milhões de dólares – que irá buscar a essas reservas – para o FEEF ou para um novo fundo criado sob os seus auspícios, em colaboração com o FMI, referiu ao “FT” uma fonte conhecedora das conversações entre os líderes chineses.
“Se as condições forem as adequadas, até pode haver uma contribuição um pouco acima de 100 mil milhões”, sublinhou a mesma fonte, que não quis ser identificada.
Uma condição que a China talvez possa pedir é que a sua contribuição seja denominada, pelo menos parcialmente, em yuans – o que protegeria o seu investimento contra a flutuação cambial, refere o jornal britânico. A China compraria obrigações denominadas em euros, mas nos reembolsos compensaria quaisquer oscilações no valor do yuan.
Sublinhe-se que a moeda chinesa valorizou perto de 20% face ao euro nos últimos três anos.
Além do alargamento da capacidade do FEEF, os líderes europeus acordaram também ontem num perdão de 50% sobre a dívida grega detida pelos privados e a necessidade da banca europeia se recapitalizar em 106 mil milhões de euros no âmbito do reforço das exigências de capital (que obrigam a um Core Tier 1 de 9% até Junho de 2012).