CALDEIRÃO DE BOLSA

Amado aconselhou Condoleezza Rice sobre Kadhafi

Condoleezza Rice, a única dirigente norte-americana a visitar Muammar Kadhafi em mais de 50 anos, pediu e usou os conselhos do então chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, segundo o seu livro de memórias, a publicar em novembro.

“Tendo passado primeiro por Portugal (…), aproveitei o conhecimento de Luís Amado sobre a Líbia e Kadhafi. Sugeriu-me que começasse a conversa com uma discussão sobre África: "E não se surpreenda quando ele disser alguma loucura", avisou-me. "Ele volta ao normal", escreve Rice nas memórias, a publicar a 1 de Novembro e de que a revista Newsweek publicou um excerto na quinta-feira, dia da morte de Kadhafi.

O relato da ex-secretária de Estado norte-americana (2005-2009), começa por explicar por que, nos últimos meses do seu mandato, se tornou imperativo visitar oficialmente Muammar Kadhafi, em 2008, depois deste abdicar publicamente do fabrico de armas de destruição maciça, em 2003, e de aceitar indemnizar as vítimas do atentado de Lockerbie, que matou 270 pessoas em 1988.

“Kadhafi queria, desesperadamente, que eu visitasse Tripoli. Por duas razões: uma tradicional e a outra, bem, desconcertante. Obviamente, a primeira visita de um secretário de Estado dos EUA seria um marco na via da Líbia para a aceitação internacional. Mas Kadhafi também tinha um estranho fascínio por mim, tendo perguntado a outros visitantes por que a sua ‘princesa africana’ não o visitava”, escreveu Rice.

A ex-secretária de Estado descreve algumas das dificuldades na preparação da viagem – como a insistência de Tripoli para que se encontrasse com Kadhafi na tenda, a qual foi ultrapassada – e as primeiras impressões da capital líbia e dos funcionários líbios. Depois escreve sobre o encontro.

“Começámos a conversa como Amado tinha sugerido, falando de África em geral e do Sudão em particular. Isto está a correr bastante bem, pensei, ele não parece louco. Então, como Amado tinha previsto, ele parou de falar e começou a rolar a cabeça para a frente e para trás".

"Diga ao presidente Bush que deixe de falar de uma solução de dois Estados para Israel e a Palestina", gritou. "Tem de ser um Estado! Israelita!”.

Rice escreve que “talvez ele não tenha gostado” do que ela lhe disse a seguir porque, repentinamente, “mandou para fora da sala dois intérpretes”.

“Ok, pensei, é Kadhafi”, escreve.

Rice descreve em seguida, explicando que a visita foi feita durante o Ramadão, que Kadhafi a convidou a jantar com ele, convite que aceitou, apesar das objecções da sua própria segurança. E como no fim desse jantar, o ex-líder líbio a convidou para ver um vídeo que tinha feito sobre ela.

“Oh, o que vai sair daqui? Era uma inocente colecção de fotos de mim com dirigentes mundiais (…) ao som de uma canção chamada ‘Flor Negra na Casa Branca’, escrita para mim por um músico líbio. Foi estranho, mas pelo menos não foi insinuante”, escreveu.

Quando passou por Lisboa a caminho da Líbia, a 5 de Setembro de 2008, Condoleezza Rice encontrou-se oficialmente com Luís Amado e ambos deram uma conferência de imprensa.

Nela, Rice afirmou ter-lhe “interessado especialmente” a conversa com Amado sobre os contactos portugueses com a Líbia. “Foi um óptimo local para começar a viagem”, disse.

Lusa / SOL

Revelado testamento de Kadhafi

Um documento póstumo revela que Muammar Kadhafi não afastava a possibilidade de uma morte no campo de batalha e que o antigo ditador recusou várias ofertas de asilo político.

O testamento foi divulgado pelo site Seven Days News, conotado com o antigo líder líbio.

«Se for morto, gostaria de ser sepultado, de acordo com os rituais islâmicos, com as roupas que estava a usar no momento da minha morte e o meu corpo por lavar, no cemitério de Sirte, junto à minha família», declara Kadhafi na missiva.

«Quero que a minha família seja bem tratada após a minha morte, sobretudo as mulheres e as crianças», acrescenta.

A carta transforma-se depois num testamento político de defesa das acções do ditador. «Que o povo líbio preserve a sua identidade, os seus feitos, a sua história e a honorável imagem dos seus antepassados e os seus heróis. (...) Apelo aos meus apoiantes que continuem a resistir e a lutar contra qualquer agressão estrangeira contra a Líbia, hoje, amanhã e sempre», declara Kadhafi.

«Que as pessoas livres de todo o mundo saibam que podíamos ter negociado e abdicado da nossa causa em troca de segurança pessoal e de uma vida estável. Recebemos muitas ofertas para este efeito mas escolhemos estar na frente de batalha como prova do nosso dever e da nossa honra», afirma.

«Mesmo que não ganhemos imediatamente, deixamos às gerações vindouras a lição de que escolher proteger a nossa nação é uma honra, e que vendê-la é a maior traição que a história poderá recordar», termina Kadhafi.

O antigo ditador foi morto na quinta-feira logo após a captura em Sirte, sua cidade natal. Apela-se agora a uma investigação às circunstâncias da morte de Kadhafi. A liderança interina líbia afirma que este terá sido vitimado por uma bala perdida, mas vários vídeos entretanto divulgados sugerem um linchamento às mãos dos rebeldes.

SOL

Figueiraa1 Escreveu:

AutoMech Escreveu:

carrancho Escreveu:tinha a TV ligada nas notícias da RTP1, quando olho estão a dar imagens nítidas, com ele ainda vivo e coberto de sangue... de extrema violência.

Sendo a RTP presumo que seja serviço público.

Qual serviço público?
Não noto diferença nenhuma entre os programas da RTP e as privadas.

carrancho Escreveu:Estou indignado, revoltado, furioso...

...ao almoço?!?.. Hora a que pretendem entrar pelas casas dentro enquanto a família está reunida...

P. que vos pariu seus grandes cabr#$&, jornalismo de m"#$%!!!! O que sinto neste momento é violento, muito violento também, estava capaz de rebentar a boca toda a um responsável por esta porcaria!!!

Os caldeireiros que me desculpem

EuroVerde Escreveu:

tugadaytrader Escreveu:

mcarvalho Escreveu:É curioso que em PORTUGAL:



os ditadores deixam fortunas


os democratas roubam-nas

Vão para a politica sem nada e quando deixam a politica tem fortunas!
O povo continua a votar nos mesmos e muitos deles ainda são vistos como grandes democratas..

Mas sendo ditadores não são já ladrões?
Diz-se que ladrão que rouba a ladrão tem 100 anos de perdão..lol

tugadaytrader Escreveu:

mcarvalho Escreveu:É curioso que em PORTUGAL:



os ditadores deixam fortunas


os democratas roubam-nas

Vão para a politica sem nada e quando deixam a politica tem fortunas!
O povo continua a votar nos mesmos e muitos deles ainda são vistos como grandes democratas..

mcarvalho Escreveu:É curioso que em PORTUGAL:



os ditadores deixam fortunas


os democratas roubam-nas

AutoMech Escreveu:

carrancho Escreveu:tinha a TV ligada nas notícias da RTP1, quando olho estão a dar imagens nítidas, com ele ainda vivo e coberto de sangue... de extrema violência.

Sendo a RTP presumo que seja serviço público.

AutoMech Escreveu:

carrancho Escreveu:tinha a TV ligada nas notícias da RTP1, quando olho estão a dar imagens nítidas, com ele ainda vivo e coberto de sangue... de extrema violência.

Sendo a RTP presumo que seja serviço público.

carrancho Escreveu:tinha a TV ligada nas notícias da RTP1, quando olho estão a dar imagens nítidas, com ele ainda vivo e coberto de sangue... de extrema violência.

MarcoAntonio Escreveu:

A-330 Escreveu:
4.Os ditadores tem sempre o mesmo fim.São mortos , suicidam-se ou acabam presos.A história retira-nos qualquer surpresa.

Os ditadores têm sempre o mesmo fim que é morrer.

Nem todos são mortos, suicidam-se ou acabam presos.

Uma série deles (alguns deles os maiores e piores de sempre, note-se bem) a quem não aconteceu nada disso e morreram de morte natural:

> Pol Pot (pensa-se que morreu de ataque cardíaco)

> Mao Tse-tung

> Josef Stalin

> General Franco

> Vladimir Lenine

E muitos outros. Por exemplo, o ditador do Uganda que morreu há uns anos atrás morreu de doença, embora no exílio, mas em sua casa.

A-330 Escreveu:
4.Os ditadores tem sempre o mesmo fim.São mortos , suicidam-se ou acabam presos.A história retira-nos qualquer surpresa.

tavaverquenao2 Escreveu:Já sabes os números reais do conflito? Por vezes a cura mata mais do que a doença, o iraque é exemplo disso.

A-330 Escreveu:1.Não é de hoje que o mundo se move por interesses.Só um inocente não sabe que a política internacional, é do mais anti ético que há.Basta ver os nossos personagens.