Fernando Ulrich "Das melhores coisas que podiam acontecer era rebentar com o mercado de CDS"18 Outubro 2011 | 12:36
Como é que com mais capital chegamos a uma economia mais próspera? A pergunta foi hoje deixada por Fernando Ulrich, que criticou a pressão das autoridades internacionais para capitalizar os bancos com o objectivo de evitar o colapso do mercado de credit default swaps (CDS). Este colapso seria "das melhores coisas que podiam acontecer ao mundo".
O presidente do BPI, Fernando Ulrich, criticou hoje os líderes internacionais pela forma “confrangedora” como têm lidado com a crise financeira internacional, designadamente ao imporem o reforço do capital dos bancos para fazer face a perdas na exposição a dívida soberana, com o objectivo de evitar o colapso do mercado de “credit default swaps” (CDS).
“Percebo que digam que a Grécia não consegue pagar e que vai haver um perdão. Mas das melhores coisas que podiam acontecer ao mundo, era rebentar com o mercado dos CDS. [os líderes internacionais] têm medo [dos CDS] porque não percebem o que é”, constatou o banqueiro. Ulrich reconheceu que também não percebe o funcionamento deste mercado, mas acrescentou que, por isso mesmo, não investe nele.
“Vivemos um problema do financiamento. O que os líderes mundiais estão a fazer é de uma pobreza confrangedora. Não percebo como vão resolver o problema da estabilidade financeira do mundo com mais capital. Como é que com mais capital chegamos a uma economia mais próspera?”, questionou o líder do BPI.
Para o banqueiro, não haverá capital privado para injectar nos bancos caso as autoridades internacionais obriguem as instituições financeiras a registarem nas suas contas as menos-valias potenciais associadas à sua exposição à dívida pública dos países da zona euro. “Virem dizer que vão ver qual é o preço de mercado da dívida pública e os bancos vão ter que fazer isso é criar um problema”, alertou.
“Não sei onde estão os accionistas privados para fazer face a estas perdas potenciais através de capital. É o fim do principio do ‘risk free’ da dívida soberana. Vai significar a desarticulação do sistema financeiro”, sublinhou.
“É uma crise intelectual. De falta de capacidade de perceber os problemas e de encontrar uma solução. Vive-se num jogo de passa culpas. Autoridades culpam os bancos e exigem-lhes mais capital e os bancos culpam o sector público. Mas os argumentos dos bancos são mais sólidos”, defendeu o banqueiro.
Como é que com mais capital chegamos a uma economia mais próspera? A pergunta foi hoje deixada por Fernando Ulrich, que criticou a pressão das autoridades internacionais para capitalizar os bancos com o objectivo de evitar o colapso do mercado de credit default swaps (CDS). Este colapso seria "das melhores coisas que podiam acontecer ao mundo".
O presidente do BPI, Fernando Ulrich, criticou hoje os líderes internacionais pela forma “confrangedora” como têm lidado com a crise financeira internacional, designadamente ao imporem o reforço do capital dos bancos para fazer face a perdas na exposição a dívida soberana, com o objectivo de evitar o colapso do mercado de “credit default swaps” (CDS).
“Percebo que digam que a Grécia não consegue pagar e que vai haver um perdão. Mas das melhores coisas que podiam acontecer ao mundo, era rebentar com o mercado dos CDS. [os líderes internacionais] têm medo [dos CDS] porque não percebem o que é”, constatou o banqueiro. Ulrich reconheceu que também não percebe o funcionamento deste mercado, mas acrescentou que, por isso mesmo, não investe nele.
“Vivemos um problema do financiamento. O que os líderes mundiais estão a fazer é de uma pobreza confrangedora. Não percebo como vão resolver o problema da estabilidade financeira do mundo com mais capital. Como é que com mais capital chegamos a uma economia mais próspera?”, questionou o líder do BPI.
Para o banqueiro, não haverá capital privado para injectar nos bancos caso as autoridades internacionais obriguem as instituições financeiras a registarem nas suas contas as menos-valias potenciais associadas à sua exposição à dívida pública dos países da zona euro. “Virem dizer que vão ver qual é o preço de mercado da dívida pública e os bancos vão ter que fazer isso é criar um problema”, alertou.
“Não sei onde estão os accionistas privados para fazer face a estas perdas potenciais através de capital. É o fim do principio do ‘risk free’ da dívida soberana. Vai significar a desarticulação do sistema financeiro”, sublinhou.
“É uma crise intelectual. De falta de capacidade de perceber os problemas e de encontrar uma solução. Vive-se num jogo de passa culpas. Autoridades culpam os bancos e exigem-lhes mais capital e os bancos culpam o sector público. Mas os argumentos dos bancos são mais sólidos”, defendeu o banqueiro.
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