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MensagemEnviado: 21/10/2011 16:41
por nelsongoncalves
Obrigado a todos pelos esclarecimentos. Já entendi os processos envolvidos.

MensagemEnviado: 19/10/2011 8:39
por vitorigus
Não falta dizer que teremos que pagar o juro decorrido ao vendedor?

MensagemEnviado: 19/10/2011 2:51
por Josytoc
Pois e se tivesses comprado as da Irlanda seria ao contrário. :mrgreen:

MensagemEnviado: 18/10/2011 17:08
por Rural 1
Nelson:

Vou dar um exemplo meramente académico de como funciona o mercado primário e secundário:

A Grécia emite títulos de dívida de €1000, por 1 ano, à taxa de 5%. No final do ano pagará, portanto, €1050 (capital e juros) e só isso.
Todavia como é expectável que a Grécia não possa pagar a dívida, pelo menos na sua totalidade, suponhamos os detentores desses títulos só os conseguem vender por 700 euros (mercado secundário).
Então o comprador no mercado secundário, se tudo correr bem, com um investimento de €700 receberá no final 1050 (taxa implícita de 50%).

Espero ter sido útil.

Cumprimentos

Re: mercado primário vs mercado secundário

MensagemEnviado: 18/10/2011 16:05
por nfmarque
nelsongoncalves Escreveu:Gostaria de saber porque há uma diferença tão grande pagos nos mercados primário e secundário de dívida. Pelo que percebo, um estado emite dívida contratualizando uma taxa, e a mesma dívida é depois renegociada no mercado secundário a uma taxa, por vezes, muito superior. Nesse caso, o estado é obrigado pagar uma taxa que não foi negociada no primeiro acordo? Se sim, poque é que o primeiro "comprador" de dívida não contratualizou pela maior taxa? Se não, é o primeiro comprador que tem de pagar a diferença ao segundo comprador, uma vez que paga a uma taxa mais alta do que a que recebe?


Ola nelson,
para perceberes melhor como funciona vou dar 1 simples exemplo, o que estas a tentar perceber é a ytm.

no mercado primario:
Portugal emite divida.
[A] compra 1 OT a portugal por 1000 euros com 3 anos de maturidade e cupão de 4%, ou seja com um cupao anual de 40 euros.

No mercado secundario:
Passado algum tempo [A] pensa que portugal não vai pagar, então vai limitar as suas perdas e tenta vender a OT que comprou a 1000 euros por 500 euros, ou seja a 50%.
[B] compra a OT a [A], neste caso para um investimento de 500 euros [B] vai receber um cupao de 4% sobre a OT, logo vai continuar a receber 40 euros. Para [B] o juro é de 8% pois o investimento foi de 500, Portugal continua a pagar a mesma os mesmos 40 euros. Depois no final da maturidade [B] recebe os 1000 euros do valor da OT que comprou a [A].

MensagemEnviado: 18/10/2011 14:23
por Ulisses Pereira
nelson, essa diferença tem a ver com datas diferentes. Se houver hoje um leilão da dívida, nos dias seguintes no mercado secundário, com esses prazos (a menos que haja algo extraordinário que aconteça) não haverá grande diferença. Contudo, daqui a uns meses é bem possível que a situação se tenha alterado.

Por exemplo, se Portugal agora emitir dívidas a 3 anos, não conseguiria taxas minimamente perto das da última emissão.

Um abraço,
Ulisses

mercado primário vs mercado secundário

MensagemEnviado: 18/10/2011 14:17
por nelsongoncalves
Gostaria de saber porque há uma diferença tão grande pagos nos mercados primário e secundário de dívida. Pelo que percebo, um estado emite dívida contratualizando uma taxa, e a mesma dívida é depois renegociada no mercado secundário a uma taxa, por vezes, muito superior. Nesse caso, o estado é obrigado pagar uma taxa que não foi negociada no primeiro acordo? Se sim, poque é que o primeiro "comprador" de dívida não contratualizou pela maior taxa? Se não, é o primeiro comprador que tem de pagar a diferença ao segundo comprador, uma vez que paga a uma taxa mais alta do que a que recebe?