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MensagemEnviado: 17/9/2011 23:48
por Mares
Da mesma fonte referída pelo MarcoAntonio, temos na página 6:


Ainda segundo a Síntese da Execução Orçamental, a receita das contribuições para o Regime Geral da
Segurança Social registou um crescimento homólogo de 2.8 por cento até julho. Do lado da despesa,
continuam a observar-se diminuições acentuadas no que se refere aos gastos com o subsídio familiar a
crianças e jovens, o Rendimento Social de Inserção e os subsídios de desemprego e apoio ao emprego
(-32.2, -25.8 e -10.5 por cento, respetivamente
), enquanto a despesa com pensões registou até julho um
crescimento homólogo de 3.0 por cento (4.7 por cento no caso das pensões de velhice). Por seu turno, a
despesa com pensões e abonos da responsabilidade da Caixa Geral de Aposentações apresentou, nos
primeiros sete meses do ano, uma subida de 5.5 por cento
.

http://www.bportugal.pt/pt-PT/EstudosEc ... et11_p.pdf



De notar, que de um lado têmos:

- subsídio familiar a crianças e jovens --> -32.2%
- Rendimento Social de Inserção --> -25.8%

- Subs. de desemprego e apoio ao emprego --> -10.5%


E do outro lado:

- "Pensões e abonos da responsabilidade da Caixa Geral de Aposentações apresentou, nos
primeiros sete meses do ano, uma subida de 5.5 por cento
", que correspondeu a uma "derrapagem" de mais de 300 milhões de euros, em relação ao ano anterior. Para alimentar este "polvo" é necessário "inventar" os 8,5 mil milhões de euros que são necessários por ano.

Mais curiosidades no anexo.

MensagemEnviado: 17/9/2011 20:33
por MarcoAntonio
Há pouco na RTP cometeram a mesma gaffe várias vezes (fazendo-me redescobrir porque é que actualmente vejo tão pouca televisão): transformaram o maior recuo do consumo desde 1978 no consumo mais baixo desde 1978 quando uma coisa é diferente da outra.


O documento do Banco de Portugal pode ser consultado aqui na íntegra:

http://www.bportugal.pt/pt-PT/EstudosEc ... et11_p.pdf

o gráfico com a variação da taxa homóloga está na página 13 e é perfeitamente perceptível que o recuo é o maior (pelo menos desde 1983) mas não anula porém completamente os crescimentos anteriores nem pouco mais ou menos, portanto não pode ser o consumo mais baixo.

MensagemEnviado: 16/9/2011 14:57
por MarcoAntonio
Ainda a propósito da queda de consumo, estão hoje nos média os números de Agosto, com uma quebra superior a 4%, ou seja, um recuo ainda mais acentuado do que o de Julho:



Consumo das famílias agrava queda histórica em Agosto

16 Setembro 2011 | 14:11
Nuno Carregueiro - nc@negocios.pt



Indicador que mede o consumo privado recuou mais de 4% em Agosto, acentuando a descida verificada no mês anterior, que já era a mais elevada em 30 anos. A actividade económica também está em contracção.


Os indicadores de conjuntura hoje divulgados pelo Banco de Portugal mostram que a economia portuguesa está a acentuar o movimento negativo, com o consumo das famílias a registar em Agosto uma queda ainda mais forte do que a verificada em Julho, que já tinha sido a mais elevada em 30 anos.

O Indicador Coincidente do Consumo Privado, divulgado pelo Banco de Portugal, registou uma queda homóloga de 4,1% em Agosto, o que representa a descida mais intensa desde pelo menos 1978, primeiro ano para o qual há registos sobre a evolução do consumo das famílias portuguesas.

Quanto ao Indicador Coincidente da Actividade, que avalia a economia da economia, a queda em Agosto foi de 2,3%, o que representa a mais forte desde Junho de 2,4%.

Julho foi já o nono mês consecutivo de quedas no consumo privado em Portugal, uma tendência que espelha as dificuldades das famílias portuguesas perante o aumento dos impostos e outras medidas de austeridade implementadas que têm impacto directo no rendimento disponível dos portugueses.

A actividade económica desceu em Agosto pelo sétimo mês, sinalizando que a economia portuguesa terá permanecido em recessão no terceiro trimestre.

A queda do consumo privado é uma das principais justificações para a quebra da economia portuguesa este ano. O PIB português recuou 0,9% no segundo trimestre, em termos homólogos, um desempenho que o INE justificou com a quebra no consumo e no investimento. Ainda assim, as previsões da troika apontam para uma queda de 2,2% no PIB português este ano.





http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=506521

MensagemEnviado: 9/9/2011 21:42
por Mares
Um curioso... Escreveu:Numa espreitadela rápida ao site do INE:

Primeiros 7 meses 2011/2010:

-exportações aumentaram 16,3%
-importações aumentaram 5,7%
-taxa de cobertura em 2010 (Janeiro a Julho)-65%
-taxa de cobertura em 2011 (Janeiro a Julho)-71,5%


Lá têmos um saldíto positivo nos "tamancos" e nas "lenhas", o resto é só comer....

É evidente que vai haver fome....

MensagemEnviado: 9/9/2011 20:10
por MarcoAntonio
Aqui ficam os totais acumulados (jan-jul) para importações e exportações, desde 2004.


Edit: versão com resultado líquido.

MensagemEnviado: 9/9/2011 19:47
por Um curioso...
Numa espreitadela rápida ao site do INE:

Primeiros 7 meses 2011/2010:

-exportações aumentaram 16,3%
-importações aumentaram 5,7%
-taxa de cobertura em 2010 (Janeiro a Julho)-65%
-taxa de cobertura em 2011 (Janeiro a Julho)-71,5%

MensagemEnviado: 9/9/2011 17:43
por MarcoAntonio
Um curioso... Escreveu:No entanto o texto do JN é confuso e contraditório, principalment o último parágrafo onde é dito que em Julho e em termos homólogos as importações aumentaram 32,1% (?????)


Esse parágrafo diz respeito às importações extra-comunitárias. Entretanto vou verficar mas possivelmente está correcto...

MensagemEnviado: 9/9/2011 16:39
por Um curioso...
Estes números do INE (por incluirem já o mês de Julho) parecem ser positivos. Embora possam estar enviezados por acrescentarem apenas mais um mês, poderão ser um indicativo do trimestre, mas só quando houver os números finais de Setembro será possível definir melhor a tendência. Pessoalmente só ficaria descansado quando a taxa de cobertura atingir os 100%!!! ...mas isso já não acontece desde os anos 40do Sec. passado :shock:
No entanto o texto do JN é confuso e contraditório, principalment o último parágrafo onde é dito que em Julho e em termos homólogos as importações aumentaram 32,1% (?????)



JN
Em comunicado, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que o défice da balança comercial caiu de -5,2 mil milhões de euros em 2010 para -3,9 mil milhões de euros entre Maio e Julho deste ano.

Em termos de comércio Internacional, as saídas e as entradas de bens registaram aumentos de 14,9% e 0,2% respectivamente, face ao período homólogo e a taxa de cobertura foi de 73,9%, o que corresponde a uma melhoria de 9,4 p.p. face à taxa registada no período homólogo do ano anterior.

O INE explica que, em termos das variações homólogas, no mês de Julho de 2011, ocorreu uma desaceleração no crescimento das saídas face aos meses anteriores, o qual se situou em 8,9%. As entradas, depois da queda significativa registada no mês anterior, apresentaram um acréscimo de 5,9% face ao valor registado em Junho de 2010, “consequência essencialmente da recuperação registada no Comércio Extracomunitário, dado ter-se verificado uma quebra no Comércio Intracomunitário”.

Assim, no comércio Intracomunitário, no período de Maio a Julho de 2011, as expedições aumentaram 14,4% e as chegadas diminuíram 4,8%, face ao mesmo período do ano anterior.

No que respeita às variações homólogas, em Julho de 2011 registou-se uma desaceleração no crescimento das expedições intracomunitárias, com um acréscimo de 8,7%, devido às evoluções positivas registadas nos Veículos e outro material de transporte e nos Plásticos e borrachas. As chegadas de bens registaram um decréscimo (-2%), reflexo da quebra verificada nos Veículos e outro material de transporte.

No comércio Extracomunitário, as exportações e as importações aumentaram 16,3% e 15,1% respectivamente, face ao mesmo período do ano anterior.

Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, verifica-se que as exportações aumentaram 16% e as importações diminuíram 0,7%, em comparação com igual período do ano anterior. O saldo da balança comercial, com exclusão deste tipo de produtos, atingiu um excedente de 308,2 milhões de euros e a correspondente taxa de cobertura foi de 115,3%, enquanto nos resultados globais (incluindo os Combustíveis e lubrificantes) se registou um défice de 1.495,8 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 65,1%.

Em termos homólogos, em Julho de 2011 as exportações, apresentaram um acréscimo de 9,6%, em resultado principalmente das exportações de produtos Químicos, Máquinas e aparelhos e Combustíveis minerais, mas que se traduz numa desaceleração no crescimento face aos meses anteriores. As importações aumentaram 32,1%, devido fundamentalmente ao aumento registado nas importações de Combustíveis minerais originários dos países extracomunitários

MensagemEnviado: 9/9/2011 2:35
por MarcoAntonio
Uma versão reduzida mais orientada para o consumo privado (os valores continuam a ser totais, apenas retirei alguns dos sectores).

MensagemEnviado: 9/9/2011 2:26
por MarcoAntonio
Bom, depois de algum trabalho a importar os dados e etc, aqui fica o gráfico para a evolução das importações por sector (durante o primeiro semestre da cada ano) para a última década.

MensagemEnviado: 9/9/2011 2:00
por migluso
sem legendas, senão fica imperceptível.

MensagemEnviado: 9/9/2011 1:45
por migluso
MarcoAntonio Escreveu:
De onde é que estás a tirar os semestres?



http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=IN ... elTab=tab2

MensagemEnviado: 9/9/2011 1:40
por MarcoAntonio
migluso Escreveu:Eu experimentei, mas não achei tão intuitivo...


De onde é que estás a tirar os semestres?

Essa opção não me parece no local onde estou a ver, só os valores mensais...



migluso Escreveu:EDIT: barras verticais torna ainda mais difícil a visualização da evolução.


O ideal mesmo é com um gráfico de linhas como tenho no segundo gráfico do meu post anterior, mas como digo aquilo é só para exemplificar, dado que eu não estou a ver de onde estás a tirar o acumulado semestral.

MensagemEnviado: 9/9/2011 1:31
por migluso
Eu experimentei, mas não achei tão intuitivo...

O aumento dos fornecimentos industriais serão inputs para a nossa indústria e provavelmente estão relacionados com o aumento das exportações e o aumento dos combustíveis relacionados com o aumento do preço.

EDIT: barras verticais torna ainda mais difícil a visualização da evolução.

MensagemEnviado: 9/9/2011 1:25
por MarcoAntonio
Tipo isto...


O gráfico é minúsculo e aquilo não é o trimestre mas só um mês de cada trimestre, por causa das limitações da ferramenta do INE.

O ideal é sacar os dados e tratar numa folha de cálculo. De qq das formas serve para ilustrar, assim (ou em gráfico de linhas, individuais) pode-se perceber melhor como evolui cada sector.

MensagemEnviado: 9/9/2011 1:16
por MarcoAntonio
Assim não dá para perceber bem, só a primeira parcela é que fica evidente...

É preferível colocar barras separadas para cada sector.

MensagemEnviado: 9/9/2011 1:11
por migluso
Fica aqui outra perspectiva.

MensagemEnviado: 8/9/2011 23:27
por MarcoAntonio
Uma rectificação: a "poupança" na importação de veículos foi afinal de cerca de 200 milhões de euros no trimestre.

Os combustíveis por seu turno subiram bastante mais do que isso, cerca de 600 milhões, portanto o que eu escrevi antes está incorrecto: as duas parcelas não se cancelam sensivelmente uma vez que uma consideravelmente maior do que a outra.

MensagemEnviado: 8/9/2011 23:24
por migluso
MarcoAntonio Escreveu:Sim, eu não consegui retirar os dados trimestrais, só mensais (como estão nos gráficos e nas tabelas que coloquei, os cálculos trimestrais foram feitos "à mão" com base nos mensais).


Podias ter feito por sector de actividade... :wink:

indo a "alterar condições de selecção" e depois tipo de bens...

Eu tenho que fazer o TPC para amanhã.

Cumps

MensagemEnviado: 8/9/2011 23:20
por MarcoAntonio
migluso Escreveu:Não estou a encontrar os dados trimestrais, nem sei se será possível fazer aquilo que fiz para o semestre.

o período tem que começar sempre em janeiro de cada ano... ou estarei a ver mal?


Sim, eu não consegui retirar os dados trimestrais, só mensais (como estão nos gráficos e nas tabelas que coloquei, os cálculos trimestrais foram feitos "à mão" com base nos mensais).

MensagemEnviado: 8/9/2011 23:17
por migluso
Não estou a encontrar os dados trimestrais, nem sei se será possível fazer aquilo que fiz para o semestre.

o período tem que começar sempre em janeiro de cada ano... ou estarei a ver mal?

MensagemEnviado: 8/9/2011 23:07
por MarcoAntonio
migluso Escreveu:gráficos...

ok Marco, não tinha lido com atenção.
convido-vos a fazerem os gráficos para os dados trimestrais homólogos desde 2007


A partir do site do INE não dá por causa dos limites de campos e células, os gráficos mensais que tenho no meu primeiro post neste tópico foi o melhor que consegui (ou então o defeito é meu)...

Só retirando tudo para o PC e tratando a partir do excel.

migluso Escreveu:EDIT - bem, isto tá a dar trabalho... fónix


Exacto...

Mas o que só serve para mostrar um dos meus vários pontos aqui neste tópico: o relatório do INE esclarece muito pouco!

MensagemEnviado: 8/9/2011 23:04
por migluso
gráficos...

ok Marco, não tinha lido com atenção.
convido-vos a fazerem os gráficos para os dados trimestrais homólogos desde 2007

eu deixo o semestral acumulado... :mrgreen:

EDIT - bem, isto tá a dar trabalho... fónix

EDIT II - postar gráficos

MensagemEnviado: 8/9/2011 22:57
por MarcoAntonio
É o trimestre que se está a discutir, migluso.

Tanto a notícia de hoje como os números que eu estou a discutir e a contrapor, é sempre medido trimestre a trimestre...

MensagemEnviado: 8/9/2011 22:55
por migluso
no sector dos bens alimentares e para o mesmo período dá-me um acréscimo de pouco mais de 300 milhões salvo erro.

no sector dos transportes e acessórios e para o mesmo período o valor praticamente manteve-se próximo 4 mil milhões

máquinas e outros bens de capital as importações diminuíram cerca de 300 milhões.

isto para o período janeiro a junho acumulado e em comparação com o mesmo período de 2010