
Enviado:
9/10/2012 15:09
por EuroVerde
Durante décadas as Universidades defendem que os mercados são eficientes e que tendem para o equilibrio. - o que nem sempre é verdade.
Eu acredito que o mercado (segundo a conjugação destas 2 teorias) como um todo tende a ter momentos que se afasta do equilibrio, mas mais tarde ou mais cedo acaba por voltar a ele.
Existem activos individuais (empresas) que tendem defenitivamente em não encontrar o equilibrio e a afastar-se dele eternamente. - a falência.

Enviado:
8/10/2012 16:24
por EuroVerde
Contudo é facilmente verificavel que um indice ou activo pode estar muito longe da sua zona de equilibrio e ainda assim estar estável apresentando pouquissíma volatidade.
Ou estar mais ou menos em equilibrio e estavel. Ou estar em equilibrio e instavel completamente (mercado caótico devido a interpretações com a devida actuação sobre o mercado dos vários participantes que divergem completamente entre si).
Ou estar fora de equilibrio e instável. (raros momentos, ex, Março de 2009)

Enviado:
8/10/2012 16:08
por EuroVerde
Os mercados têm apetência para a longo prazo irem ao lado Bull e subirem numa tendência prevalecente na realidade, mas sobrecai sempre do lado do investidor uma errada interpretação dessa tendência, ou uma concepção errada dela própria.
A bolha é inicialmente um processo que se auto-reforça a si, acabando por ser auto-destruidor. Portanto um processo de crescimento e queda, que passa por um serial de sequências mais ou menos bem definidas...
Uma tendência de mercado seja do lado bull ou bear tem sempre sempre a dura verdade de se auto-reforçar prelongando assim a duração e a intensidade da onda primária bull ou bear, muito para lá do que a maioria dos profissionais e agentes do mercado julgam.
Uma tendência de inicio quase nunca é reconhecivel.
Ela pode ser despertada por uma inovação tecnologica ou simplesmente de caracter financeiro.
Quando os participantes no mercado começam a prestar atenção a ela, ela já basicamente vai a mais de meio. Por exemplo, o PSI20 no actual momento, se for aos 7000 pontos desta onda secundária bull, só agora acima da MM200 é que muitos dos investidores estão capazes de olhar e actuar do lado bull perante tal cenário, porque antes não o fizeram, ou a sua estratégia não o permitia.
Quanto mais sobe, mais os investidores interpretam que poderá subir, e quando desce por falta de compradores, mais os investidores pensam em desfazer-se das suas posições das acções. Assim, a tendência pode ser interrompida, colocando uma ameaça a essa concepção errada.
As autoridades monetárias não têm a capacidade de mudar a tendência do mercado, mas têm capacidade de deixar criar as condições ideais para no devido timing lançar o inicio de uma nova tendência e assim controlar por vezes os movimentos artificialmente em conjunto com todos os outros participantes de mercado de acções.
O que o mercado fez logo após o anuncio do Q3 foi autoreforçar-se, num momento em que o esperado bateu com o previsto e a sustentabilidade do lado bull era patente e fácil de verificar enquanto existir auto-reforço bull. Ocasionalmente uma tendência é posta em prova provocando momentos de lateralização. Se passa a prova, ainda se reforça mais e brutalmente. Caso não passe na prova, a tendência é cortada aniquilando a visão do agente.
Um auto-reforço positivo põe em causa as concepções erradas predominantes, enquanto que um auto-reforço negativo corrige essas mesma concepções. No caso actual do PSI20 podemos pôr em prática essa evidência juntamente com o desenrolar das ocorrências sucedidas, infor negativa dos mídia, manifestações nas ruas, gente em desespero, comunidade internacional a dizer que Portugal é bom aluno, etc.
A ordem prevalecente é vista como imutável e mutável, sendo sempre mais fácil explicar o presente do que o futuro. Pessoalmente não me aventuro a explicar o passado, mas gosto de lançar hipóteses e tentar compreender o futuro e sobretudo em momentos recessivos. Os mercados são mais bem interpretados como processo histórico pelos participantes deste ou de qualquer outro forum do que intimamente ligado ao tempo e ao contexto, mas por estes condicionado.
Eu começo a estar também mais inclinado de ir contra a opinião da maioria das pessoas (principalmente do Artista) que tanta vez me desafia e dizer ao contrário destes que: "Os mercado não têm razão ou estão a maior parte do tempo fora de contexto e errados."
Não sou economista, mas estudo nos últimos meses tanto as situações dos indices em momentos próximas do equilibrio bem como os momentos longe do equilibrio e reparo que o equilibrio é um alvo em movimento e que o mercado anda a maior parte do tempo fora desse range do equilibrio. A realidade do mercado anda fora dessas duas realidades.
No PSI20 se formos ver por exemplo, os últimos 14 anos e verificarmos através de uma ordem complexa que segue o volume de transações e o valor do indice com o periodo temporal, ao fazermos a média contínua de todos os valores do indice dar-nos-á um valor perto dos 7700 pontos. ( linha horizontal que tenho a preto no gráfico mensal).
Perguntam agora: Mas EuroVerde, queres dizer que o valor da média é o mesmo que o valor do equilibrio do indice?
- Também não. Dado que o equilibrio é um alvo em movimento, medido pelos extremos do máximo e do minimo historicamente feitos num dado periodo de tempo, e suas volatidades relativas desses 2 momentos conjugados com os valores actuais da volatidade e do próprio indice, podemos dizer com algum grau de fiabilidade que o verdadeiro equilibrio não existe.
Mas conjugando o valor do equilibrio com a média feita pelo indice nos últimos 14 anos, obtemos um range que nos diz que o mercado mais tarde ou mais cedo volta sempre a ele. Neste caso o indice cota 5387 ao fecho de ontem.
É com base também nesta teória que eu defendo pelo menos os 7000 pontos no PSI20 como próximo objectivo.
A teoria de equilibrio de volatidades iniciada pelo Cem e a média do indice PSI20 nos últimos 14 anos.

Enviado:
22/9/2012 0:42
por EuroVerde
De acrescentar ainda que, tal como SP500, o Vix sofre também variações diárias, e constata-se que o equilibrio de volatidades é dinâmico, alterando por si só toda a meta tendêncial a ser atingida.
É um alvo em movimento com o qual se espera estar em sintonia, mesmo nos periodos em que o indice se afasta do potêncial alvo com o Vix a ter um coeficiente mais pesado em termos de influência na formúla.
O momento em que o Vix cota quando o indice faz extremos de minimo ou max absoluto de fim de bear/bull markets, é preponderante em todo desenrolar posterior de um novo ciclo primário/secundário.

Enviado:
21/9/2012 23:42
por EuroVerde
Estou aqui a rever um conceito dado pelo Cem pt aqui à 3 ou 4 anos atrás e tentar relacioná-lo com o "Equilibrio" dos mercados e com o conceito de volatidades impostas nos extremos, por exemplo para o SP500.
O Cem mediria a volatidade pelo barometro do caldeirão da bolsa, mas eu vou subsitui-lo pelo Vix do SP500.
A formúla é a seguinte:
R= (B-A)/(B-C)x(E-D) + D em que,
A - é o valor da volatidade do Vix no dia em que o SP500 atinge o máximo do anterior Bullmarket (2003-2007).
B - é o valor da volatidade do Vix no dia em que o SP500 atinge o minimo do anterior Bearmarket (2007-2009).
C - é a volatidade actual do Vix
D - é a cotação minima do SP500 no fim do último Bear Market.
E - cotação actual.
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Assim, penso que se pode estabelecer a todo o instante o valor mais indicado a ser atingido pelo indice SP500 a curto prazo e tirar partido do equilibrio de volatidades a ser atingido.
Neste momento temos o seguinte:
R = (50,1-18,88)/(50,1-13,89)x(1460-666)+666
R = 1350 é o valor para onde o SP500 se tende a encaminhar no curto prazo.