
Que mais vozes se juntem a ele!!
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Dwer Escreveu:eu sou completamente contra a democracia directa aplicada a assuntos deste calibre.
uma nova constituição iria ter um impacto enorme sobre todos os sectores do país, principalmente na justiça.
Dwer Escreveu:o problema dos referendos é esse: têm normalmente pouca participação e são altamente manipuláveis.
Elias Escreveu:Dwer Escreveu:[quot
és portanto avesso à democracia representativa, preferindo a democracia directa e referendária?
Não sou o Marco mas não resisto a responder a esta questão: eu sou o mais possível a favor de uma democracia directa, pois acho que uma democracia como a nossa é tudo menos representativa, na medida em que os deputados não representam coisa nenhuma a não ser as ordens do chefe do partido.
que inscrevesse princípios mais alargados e universais, passaria, tal como nos EUA, a maior parte da interpretação da lei fundamental para a mão dos juízes. o que me parece bem. mas isso implicaria uma reviravolta enorme nos tribunais, procuradoria, judiciárias, secretas etcA maior parte da Constituição não é feita de princípios universais e permanentes, é feita de orientações tácticas e estratégicas a curto prazo e de circunstâncias
Dwer Escreveu:que eu tenha conhecimento, as constituições não são referendáveis em muitas democracias avançadas do mundo: nos USA por exemplo.são produto dos representantes, congressista e senadores.
Dwer Escreveu:
há aqui qualquer coisa que não bate certo. não cabe ao governo intervir no processo constitucional. cabe apenas e só, à assembleia da república e esta tem que estar mandatada para a revisão constitucional (a própria constituição define como). nem todas as legislaturas têm poderes de revisão constitucional.
parece-me que o Público tresleu as palavras do António Barreto. Não o estou a ver dar calinadas destas.
MarcoAntonio Escreveu:Dwer Escreveu:és portanto avesso à democracia representativa, preferindo a democracia directa e referendária?
Não propriamente nem é isso que está bem em questão.
Eu entendo que este ponto ultrapassa largamente a questão de uma Democracia Directa ou uma Democracia Representativa porque a Constituição é algo de extremamente central numa Democracia, é a moldura dessa Democracia e decide em que tipo de Democracia as pessoas vivem!
É portanto sensível demais para estar sujeita a apenas um destes moldes que de resto são muito genéricos e se sobrepõe pois não existem democracias estritamente representativas ou estritamente directas.
Mais ainda, em última instância, uma Constituição é que decide se é mais uma coisa ou mais da outra...
Muitos são os países que obrigatoriamente ou facultativamente auscultam a população acerca da constituição: Austrália, Canadá, Dinamarca, Suíça, Islândia, Irlanda, etc, etc.
Bolas, até o Egipto este ano teve um referendo constituicional.
Nós vivemos em Democracia há quase 40 anos (supostamente) e ainda não tivemos nenhum... os portugueses ainda não tiverem hipótese de dizer o que acham da sua!
Quanto ao método de revisão, António Barreto propõe que o Governo e a Assembleia da República “digam ao povo o que pretendem” e que seja criada uma comissão de debate sobre a Constituição, com um mandato de uma ano e aberta a toda a sociedade. “Que ninguém diga ‘não tenho nada a ver com isso’”, afirmou. Tal debate terminaria com um referendo, “em que, pela primeira vez, os portugueses digam ‘sim’ ou ‘não’ a Constituição”.
Dwer Escreveu:[quot
és portanto avesso à democracia representativa, preferindo a democracia directa e referendária?
Dwer Escreveu:és portanto avesso à democracia representativa, preferindo a democracia directa e referendária?
MarcoAntonio Escreveu:JMHP Escreveu:O sociólogo António Barreto defendeu hoje uma nova Constituição para Portugal, aprovada pela primeira vez com um referendo popular e após um debate que envolva toda a sociedade.
(...)
Numa intervenção na Universidade de Verão do PSD, que amanhã termina em Castelo de Vide, Barreto considerou mesmo a revisão da carta magna do país uma “tarefa muito urgente”.
“A revisão constitucional, ou a refundação da Constituição, ou a elaboração de uma nova Constituição é uma tarefa muito urgente, muito séria e que não deve ser feita como no passado”, disse aos alunos sociais-democratas.
Isso foi o que eu defendi recentemente num tópico sobre a qualidade da Democracia em Portugal.
A "democracia" portuguesa é regida por uma constituição que não foi escolhida pelos portugueses. Na verdade, mais do que isso, os portugueses estão como que proibidos de escolher que tipo de democracia (que constituição) querem ter...
Mas por outro lado, por mais inconcebível ou ridícula que seja esta abordagem a uma "democracia", parece que a generalidade da malta não se importa nada com o assunto e que está tudo bem afinal.
Portanto, não me venham dizer que o problema é meramente de políticos...JMHP Escreveu:
Barreto alegou que os tempos de crise não são impeditivos de uma revisão da Constituição, lembrando que a de 1976 foi feita durante a maior crise que Portugal já viveu. “E foi essa Constituição que ajudou a resolver a crise”, acrescentou.
Os Islandeses, por exemplo, estão a fazê-la agora na sequência da sua crise....JMHP Escreveu:
Barreto não crê que a actual Constituição seja a causa dos problemas de Portugal, mas afirma não ter dúvidas que impede o país “de encontrar melhores soluções”. “Defendo uma nova Constituição, cuja estrutura, essência, dimensão, linguagem, propósito sejam muito diferentes da actual”.
Exactamente, é óbvio que não será uma nova constituição que vai resolver todos os nossos problemas.
Mas é um mecanismo central no funcionamento do país, o argumento de que não é importante ou é uma coisa menor com a qual não nos devemos preocupar agora é simplesmente absurdo!JMHP Escreveu:
Quanto ao método de revisão, António Barreto propõe que o Governo e a Assembleia da República “digam ao povo o que pretendem” e que seja criada uma comissão de debate sobre a Constituição, com um mandato de uma ano e aberta a toda a sociedade. “Que ninguém diga ‘não tenho nada a ver com isso’”, afirmou. Tal debate terminaria com um referendo, “em que, pela primeira vez, os portugueses digam ‘sim’ ou ‘não’ a Constituição”.
Um referendo que a própria constituição tenta prevenir...
(...)
Artigo 115.º
Referendo
1. Os cidadãos eleitores recenseados no território nacional podem ser chamados a pronunciar-se directamente, a título vinculativo, através de referendo, por decisão do Presidente da República, mediante proposta da Assembleia da República ou do Governo, em matérias das respectivas competências, nos casos e nos termos previstos na Constituição e na lei.
2. O referendo pode ainda resultar da iniciativa de cidadãos dirigida à Assembleia da República, que será apresentada e apreciada nos termos e nos prazos fixados por lei.
3. O referendo só pode ter por objecto questões de relevante interesse nacional que devam ser decididas pela Assembleia da República ou pelo Governo através da aprovação de convenção internacional ou de acto legislativo.
4. São excluídas do âmbito do referendo:
a) As alterações à Constituição;
b) As questões e os actos de conteúdo orçamental, tributário ou financeiro;
c) As matérias previstas no artigo 161.º da Constituição, sem prejuízo do disposto no número seguinte;
d) As matérias previstas no artigo 164.º da Constituição, com excepção do disposto na alínea i).
5. O disposto no número anterior não prejudica a submissão a referendo das questões de relevante interesse nacional que devam ser objecto de convenção internacional, nos termos da alínea i) do artigo 161.º da Constituição, excepto quando relativas à paz e à rectificação de fronteiras.
(...)
Quando devia dizer o oposto e que acontece numa série de outras constituições/democracias: alterações à Constituição deveriam ser sujeitas obrigatoriamente ao sufrágio directo, sempre que o poder central tentasse alterar a Constituição Portuguesa, os portugueses deveriam ser chamados a confirmar que aceitam tal alteração!
JMHP Escreveu:O sociólogo António Barreto defendeu hoje uma nova Constituição para Portugal, aprovada pela primeira vez com um referendo popular e após um debate que envolva toda a sociedade. Pede, acima de tudo, uma Constituição "de princípios universais e permanentes".
Quanto ao método de revisão, António Barreto propõe que o Governo e a Assembleia da República “digam ao povo o que pretendem” e que seja criada uma comissão de debate sobre a Constituição, com um mandato de uma ano e aberta a toda a sociedade. “Que ninguém diga ‘não tenho nada a ver com isso’”, afirmou. Tal debate terminaria com um referendo, “em que, pela primeira vez, os portugueses digam ‘sim’ ou ‘não’ a Constituição”.
http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/ant ... ar_1510384
JMHP Escreveu:O sociólogo António Barreto defendeu hoje uma nova Constituição para Portugal, aprovada pela primeira vez com um referendo popular e após um debate que envolva toda a sociedade.
(...)
Numa intervenção na Universidade de Verão do PSD, que amanhã termina em Castelo de Vide, Barreto considerou mesmo a revisão da carta magna do país uma “tarefa muito urgente”.
“A revisão constitucional, ou a refundação da Constituição, ou a elaboração de uma nova Constituição é uma tarefa muito urgente, muito séria e que não deve ser feita como no passado”, disse aos alunos sociais-democratas.
JMHP Escreveu:
Barreto alegou que os tempos de crise não são impeditivos de uma revisão da Constituição, lembrando que a de 1976 foi feita durante a maior crise que Portugal já viveu. “E foi essa Constituição que ajudou a resolver a crise”, acrescentou.
JMHP Escreveu:
Barreto não crê que a actual Constituição seja a causa dos problemas de Portugal, mas afirma não ter dúvidas que impede o país “de encontrar melhores soluções”. “Defendo uma nova Constituição, cuja estrutura, essência, dimensão, linguagem, propósito sejam muito diferentes da actual”.
JMHP Escreveu:
Quanto ao método de revisão, António Barreto propõe que o Governo e a Assembleia da República “digam ao povo o que pretendem” e que seja criada uma comissão de debate sobre a Constituição, com um mandato de uma ano e aberta a toda a sociedade. “Que ninguém diga ‘não tenho nada a ver com isso’”, afirmou. Tal debate terminaria com um referendo, “em que, pela primeira vez, os portugueses digam ‘sim’ ou ‘não’ a Constituição”.
(...)
Artigo 115.º
Referendo
1. Os cidadãos eleitores recenseados no território nacional podem ser chamados a pronunciar-se directamente, a título vinculativo, através de referendo, por decisão do Presidente da República, mediante proposta da Assembleia da República ou do Governo, em matérias das respectivas competências, nos casos e nos termos previstos na Constituição e na lei.
2. O referendo pode ainda resultar da iniciativa de cidadãos dirigida à Assembleia da República, que será apresentada e apreciada nos termos e nos prazos fixados por lei.
3. O referendo só pode ter por objecto questões de relevante interesse nacional que devam ser decididas pela Assembleia da República ou pelo Governo através da aprovação de convenção internacional ou de acto legislativo.
4. São excluídas do âmbito do referendo:
a) As alterações à Constituição;
b) As questões e os actos de conteúdo orçamental, tributário ou financeiro;
c) As matérias previstas no artigo 161.º da Constituição, sem prejuízo do disposto no número seguinte;
d) As matérias previstas no artigo 164.º da Constituição, com excepção do disposto na alínea i).
5. O disposto no número anterior não prejudica a submissão a referendo das questões de relevante interesse nacional que devam ser objecto de convenção internacional, nos termos da alínea i) do artigo 161.º da Constituição, excepto quando relativas à paz e à rectificação de fronteiras.
(...)