Reserva Federal Americana?

O que tem em comum a Reserva Federal Americana, os atentados de 11 de Setembro de 2001 e a Nova Ordem Mundial?!
Fórum dedicado à discussão sobre os Mercados Financeiros - Bolsas de Valores
http://teste.caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/
http://teste.caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=77627
hmaavv Escreveu:O desenvolvimento do papel moeda teve a sua origem nos desenvolvimento dos bancos privados , momentos houve em que num mesmo país havia moedas de variados bancos, o sistema assentava na confiança de que o valor impresso poderia ser trocado por um valor real ( ouro ou outra moeda )junto do banco emitente , só mais tarde é que os estados passaram a conceder o privilégio da emissão de moeda a um único banco normalmente o banco central do país.
Atomez Escreveu:bmiguelmf Escreveu:De cada vez que penso neste sistema economico Americano, mais repugnante me parece.
Bom, então será melhor mudares de planeta porque esse sistema é o americano e o do resto do mundo todo!
Excetuando talvez a Coreia do Norte e Cuba...
bmiguelmf Escreveu:De cada vez que penso neste sistema economico Americano, mais repugnante me parece.
richardj Escreveu:entao quem é que sao os principais accionistas do BCE ?
é que eu pensava que os bancos centrais pertenciam ao governo de cada pais. o banco de portugal é 100% ou tambem tem privados? nunca ouvi falar disto...
fooman Escreveu:Os [b]USA não têm emitido dinheiro nenhum. Quem emite é a Reserva Federal, que depois adquire dívida pública americana usando esse capital, ou seja, torna-se credor de todos os americanos.
Muffin Escreveu:FilRib Escreveu:Agora a minha pergunta é outra: quais são os países que podem imprimir? Se imprimir desvaloriza a moeda isso é bom para países exportadores em massa...
Quem regula?
Muito perguntas tu
Pensa sempre a partir de uma situação de equilibrio, em que um país está em sintonia com o exterior.
Se aumentares a massa monetária, em condições normais, o dinheiro vai ser gasto na compra de bens e/ou serviços (seja por gasto directo ou indirecto - investimento).
Isso vai aumentar a procura interna com alguns efeitos imediatos, o aumento do Gasto agregado leva ao aumento do Produto Interno no curto prazo, ao aumento das importações e o aumento dos preços (por via do aumento da Procura). Numa segunda fase irá levar ao aumento dos saláios para repôr o poder de compra que a inflação vai "comendo".
Dito isto passámos a uma situação de desequilibrio, uma vez que os bens internos ficaram mais caros e os externos estarão ao mesmo preço (para além de termos um buraco nas contas externas).
O mercado regula estes desequilibrios através da desvalorizaçñao da moeda, até se voltar a ter uma taxa de equilibrio que reponha a competitividade perdida (mas desta vez com uma inflação que antes não existia, derivada do aumento das expectativas internas e do aumento do custo na aquisiçñao dos produtos externos). Todos os ingredientes para uma recessão (ou pior se este ciclo se autoalimentar) e um "comer" do aumento provocado anteriormente. Ou seja, uma grande trapalhada... Existem muitos exemplos.
Respondendo à tua pergunta, pode emitir moeda qualquer Estado / Banco Central que detenha moeda própria, mas pelos seus resultados, não o faz.
Agora, passemos às situaçoes não "normais", como por exemplo a do japão ou dos EUA (e em grande parte a Europa).
Quando a taxa de juro é zero ou próximo dela, a política monetária não funciona. na prática, aumentar a moeda em circulação será como deitar uns baldes de água numa piscina.
Isto acontece porque se vive uma situação em que o dinheiro existente já não circula para Gastos ou investimento, ou seja, quem detém capital, não o gasta (e.g. porque não quer aumentar capacidade produtiva uma vez que a Procura não o justifica), apenas o deixa no Banco ou o aplica em activos "seguros" como depósitos Bancários, ou produtos mais ou menos estruturados.
O famoso QE2 por exemplo, o que fez na prática foi moneratizar a dívida, mais ou menos como imprimir dinheiro sem o fazer. Muitos, baseados na análise descrita acima previram o Armagedon e a descida de Cristo à Terra, no entanto as taxas de juro não subiram, a inflação não subiu, e o produto não subiu. o único que subiu foram as Bolsas de Valores.
Outro exemplo sobre o que provoca o excesso de liquidez existente nos EUA foi citado o outro dia em que um Banco Americano passou a cobrar uma taxa para depósito acima de xxx.xxx.xxx dólares, o que na prática torna o juro negativo.
Espero não ter sido pouco preciso e mais ou menos claro.
FilRib Escreveu:Quais são as regras definidas? Se por exemplo os EUA imprimissem agora uns bons maços à revelia ...?
PIKAS Escreveu:Nem mais. Esta notícia desta tarde ajuda um pouco:
Krugman acusa BCE de castigar periféricos em favor da Alemanha
Rui Barroso
11/04/11 17:20
O Nobel da economia defende que o BCE está a procurar acabar com os desequilíbrios à custa dos países do sul da Europa.
O Nobel da economia, Paul Krugman, tem lançado uma série de ataques à política do BCE. Em sucessivos ‘posts' no seu blogue, o economista defende que "o BCE está a exigir a remoção dos desequilíbrios de competitividade via deflação no sul, e nada através de inflação na Alemanha". Diz mesmo que a política monetária está a servir única e exclusivamente a Alemanha.
Krugman explica que "a introdução do euro levou a um período de baixas taxas de juro no sul da Europa, provocando um ‘boom' inflacionário; quando o ‘boom' acabou, estes países tornaram-se não competitivos em relação ao norte da Europa".
Estes desequilíbrios foram criados aquando da criação do euro, que permitiu a "países que anteriormente pagavam elevados prémios nos juros encontraram-se em condições para pedir emprestado nos mesmo termos da Alemanha, o que se traduziu numa grande queda nos seus custos de capital". Isto levou a bolhas e inflações e a consequência é a crise actual.
Para corrigir estes desequilíbrios, Krugman questiona: "Deverão ocorrer via inflação na Alemanha ou deflação na Espanha?". A resposta do economista é que "numa perspectiva pan-europeia, a resposta é seguramente através de ambos - e dado que a deflação é sempre mais dolorosa, a maior parte do ajustamento deve de facto tomar a forma de aumento de salários na Alemanha em vez de quedas nos salários em Espanha".
E é neste ponto que a visão de Krugman e de Jean-Claude Trichet divergem. Na semana passada, o BCE aumentou as taxas de referência em 25 pontos base para 1,25% e os economistas antecipam novas subidas. Para o Nobel da economia, "o BCE está a sinalizar que a inflação na Alemanha não será tolerada, colocando a totalidade do fardo na deflação na periferia".
As consequências desta política, alerta Krugman, são uma "prolongada e dolorosa queda na periferia e, quase seguramente, enormes ‘defaults". Refere ainda que isso aumenta as probabilidades de uma quebra do euro.
PIKAS Escreveu:Estamos a jogar no mesmo campeonato da alemanha mas com uma equipa de coxos. Só podemos ir de cabazada em cabazada.
Cumprimentos,
FilRib Escreveu:Agora a minha pergunta é outra: quais são os países que podem imprimir? Se imprimir desvaloriza a moeda isso é bom para países exportadores em massa...
Quem regula?
FilRib Escreveu:Agora a minha pergunta é outra: quais são os países que podem imprimir? Se imprimir desvaloriza a moeda isso é bom para países exportadores em massa...
Quem regula?
FilRib Escreveu:Mas pelo que percebo, essa hipótese existe. E já foi usada, certo? Porque é que todas essas situações não sucedem...?
canteiro Escreveu:Eu posso imprimir dinheiro. Tenho uma boa impressora laser em minha casa. Com a vantagem de ter toners separados.