Trichet: Zona Euro está a portar-se melhor economicamente do que grandes países desenvolvidos Escreveu:17 Setembro 2011 | 14:49
A Zona Euro está a porta-se melhor economicamente do que outros grandes países desenvolvidos, afirmou hoje o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, depois da reunião dos ministros da Finanças da União Europeia (UE), na Polónia.
"No conjunto, a UE e a Zona Euro estão numa situação provavelmente melhor do que as economias de outros grandes países desenvolvidos”, referiu. Trichet, que respondeu a uma questão de um jornalista chinês, reconheceu que “houve erros ao nível dos países individualmente, mas esses erros “estão a ser corrigidos.”
O responsável pelo Banco Central Europeu lembrou que o défice da Zona Euro ficará em torno de 4,5% do PIB este ano, enquanto que “em outras importantes economias desenvolvidas é de cerca de 10%”.
Os Estados Unidos prevêem um défice de 8,8% do PIB este ano, mais 1,7% do que em 2010.
As declarações de Trichet surgem como resposta aos comentários feitos, na véspera, pelo secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, que participou na reunião do Eurogrupo.
Geithner pediu à zona euro para que acabasse com as divisões sobre os meios de resolução desta crise, particularmente entre o BCE e os Governos europeus, alertando para o risco "catastrófico" de desunião.
O secretário do Tesouro norte-americano também pediu para a UE dar mais poder ao seu Fundo de Assistência Financeira (EFSF) para os países mais frágeis.
A Alemanha sugeriu aos Estados Unidos apoiar a ideia de uma taxa sobre as transacções financeiras, que permitem libertar os fundos necessários, mas o secretário norte-americano recusou a proposta.
O ministro da Finanças belga, Didier Reynders, defendeu hoje que esta taxa sobre transacções financeiras seria útil, “importante, não somente para financiar o orçamento (europeu), mas para estabilizar os fluxos dos mercados financeiros”.
Uma proposta da Comissão Europeia deve ser feita no início de Outubro sobre a matéria.
O ministro belga disse que se não for possível implantá-la ao nível mundial, será aplicada na União Europeia e, se também não for possível, será na zona euro.
Entretanto, “há divisões importantes sobre esta questão”, reconheceu o ministro das Finanças polaco, Jacek Rostowski.
A reunião dos ministros das Finanças europeus foi encurtada para permitir que os responsáveis pudessem partir antes da chegada ao local de milhares de manifestantes, para protestar contra as medidas de austeridade implementadas na Europa.
No que diz respeito à Grécia, a reunião na Polónia não permitiu avançar com a concretização de um segundo plano de ajuda prometido ao país.
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