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Caldeirão da Bolsa

Nova era financeira, diz Pimco

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

"Bons velhos dias"

por pisão » 6/8/2011 23:30

Os chineses querem uma nova moeda de reserva mundial, provavelmente a sua.



"Bons velhos dias" de empréstimos acabaram, diz China aos EUA
reuters


NOVA YORK/XANGAI (Reuters) - A China criticou asperamente os Estados Unidos neste sábado e afirmou que os "bons velhos dias" de empréstimos acabaram, um dia depois que a nota de crédito da superpotência foi rebaixada.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu na sexta-feira a classificação de crédito de longo prazo dos norte-americanos de "AAA", a mais elevada, para "AA+", por causa da preocupação com os déficits orçamentários e o crescente peso da dívida do país.

A China, principal país credor dos EUA, afirmou que o governo norte-americano só deve culpar a si mesmo por sua situação e defendeu uma nova e estável moeda de reserva mundial.

"O governo dos EUA tem de compreender o fato doloroso de que os bons velhos dias quando poderia simplesmente tomar emprestado para sair das confusões que cria finalmente se acabaram", disse a agência estatal de notícias Xinhua, em um artigo opinativo.

Depois de uma semana em que 2,5 trilhões de dólares evaporaram nos mercados mundiais, a decisão da S&P aprofundou o medo de uma recessão iminente nos EUA e da crise na zona do euro.

No artigo da Xinhua, a China criticou os EUA por seu "vício em dívidas" e disputas políticas "míopes."

"A China, maior credor da única superpotência mundial, tem todo o direito agora de exigir que os EUA enfrentem seus problemas estruturais de débito e garantam a segurança dos ativos da China em dólar", disse.

O país asiático pediu que os EUA cortem os gastos militares e benefícios sociais.

A agência de notícias estatal chinesa afirmou que novos rebaixamentos da nota de crédito irão provavelmente minar a recuperação econômica mundial e desencadear novas rodadas de turbulência financeira.

"Deveria ser criada uma supervisão internacional da emissão de dólares dos EUA. Uma nova, estável e segura moeda de reserva mundial poderia também ser uma opção para evitar uma catástrofe causada por um único país", disse a Xinhua.

Em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, fez um chamado aos parlamentares neste sábado para que, após a batalha da dívida, deixem de lado o partidarismo político. Ele afirmou que os políticos deveriam trabalhar para pôr a situação fiscal do país em ordem e redirecionar o foco para o estímulo da economia estagnada.

A S&P atribuiu em parte o rebaixamento ao impasse político em Washington, dizendo que a política está impedindo que os EUA enfrentem seus problemas do déficit orçamentário e da dívida.

Obama pediu que o Congresso apoie medidas de alívio fiscal à classe média, amplie benefícios aos desempregados e aprove acordos de comércio internacional adiados há muito tempo.

"Ambos os partidos terão de trabalhar juntos em um grande plano para pôr as finanças de nossa nação em ordem", disse ele.

http://br.finance.yahoo.com/news/-Bons- ... 7.html?x=0

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Nova era financeira, diz Pimco

por pisão » 6/8/2011 16:18

França poderá ser a próxima a levar o corte.


FT: corte dos EUA marca nova era financeira, diz Pimco

O rebaixamento da classificação de risco de crédito dos EUA pela Standard & Poor's marca uma nova era financeira e o sistema global terá de se ajustar a ela, afirma Mohamed El-Erian, executivo-chefe e codiretor de investimentos da Pacific Investment Management Co. (Pimco), em artigo no Financial Times.

"Os mercados globais financeiros vão reabrir na segunda-feira para uma realidade diferente", diz El-Erian. As consequências operacionais imediatas vão desde a recodificação de riscos até a avaliação de garantias e gestão de liquidez. A reação de segmentos-chave, como mercado monetário, e dos grandes credores dos EUA terá de ser atentamente monitorada, afirma o gestor do maior fundo de renda fixa do mundo.

Para a economia real, diz El-Erian, o impacto deverá ser sentido no aumento do custo do crédito para praticamente todos os tomadores de crédito norte-americano. Depois dos EUA, outros países podem perder o rating máximo AAA, prevê El-Erian. Isso complicará os esforços de recuperação da Europa se um país como a França estiver entre eles, afirma.

Mas, o mais preocupante, segundo El-Erian, são as genuínas incertezas sistêmicas. "Com os EUA ocupando o centro do sistema financeiro mundial, o rebaixamento de sexta-feira vai provocar uma erosão na posição dos bens públicos globais que o país fornece - desde o dólar como moeda de reserva mundial até seus mercados financeiros como melhor lugar para outros países entregarem suas duramente conseguidas poupanças", afirma.

http://br.finance.yahoo.com/noticias/FT ... 7.html?x=0
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