Eu também estou longe de ser um expert, não sou economista, mas confesso que realmente
não estou a perceber nada do que sugeres.
A economia é uma coisa real, o que me parece é que estás à procura de uma espécie de solução
milagrosa à base de "cosmética" para resolver problemas reais. E o problema real é que
uns países gastam mais do que consomem e ficam a dever a alguém, nomeadamente a outros
países mas não só. Isto colocado de forma muito sucinta, pois isto depois divide-se em
diversos layers como a dívida pública e a dívida privada, por exemplo.
E a malta - salvo algumas excepções - só empresta quando espera que haja retorno, sendo
ainda que a forma como empresta depende do risco associado (exemplo: taxa de juro).
Isto não há soluções milagrosas. Por exemplo, como quando sugeres que se imprima dinheiro:
o dinheiro serve para comprar coisas que são avaliadas (têm um custo medido em dinheiro)
que depende do valor do próprio dinheiro. Logo, imprimir moeda tem consequências: na
inflação, no valor da moeda, na taxa de juros, etc.
Imprimir dinheiro a torto e a direito para resolver a dívida era uma solução fantástica se nós
comessemos dinheiro, vestissemos dinheiro, conduzissemos dinheiro e metessemos dinheiro
no depósito do carro, etc. Se imprimissemos muito dinheiro então era sinal que estavamos a
produzir imenso!
A "solução milagrosa" é repensarmos completamente a forma como vivemos, o que produzimos e o
que consumimos pois estamos a ser cilindrados pelos nossos próprios excessos. Não obstante
existirem factores agravantes!
Por exemplo, as agências, como funcionam e suas regras: existem problemas mas não são o
problema todo. Pois existe um problema real nas economias cuja culpa não é estritamente
das agências de rating, estas podem é agravar a situação por não funcionarem de forma
transparente, isenta e eficiente.
Agora, insisto, existem problemas reais que precisam de ser resolvidos, a Europa está toda a
tentar reestruturar-se e reformar-se pois está consciente dos problemas reais. Convém
nós aqui também não perdermos a noção disso...