pepi Escreveu:Pata, acho que esta é uma das medidas essenciais para se controlar a despesa com medicamentos. Pk? Porque é necessário controlar/monitorizar o prescritor...
Até agora um qq médico independentemente da sua especialidade, poderia receitar um medicamento para qualquer tipo de doença... A facilidade de como se consegue uma receita através de um médico amigo ou familiar tem que acabar, pq no fim das contas se vai traduzir em + despesa pública. E é isso que queremos controlar, ou n?!
Já para não falar que vai permitir analisar quais os medicamentos que cada médico prescreve, e provavelmente se vai constatar a predilecção de alguns médicos por alguns laboratórios...
pepi, desculpa a frontalidade, mas não é bem este o cerne da questão. Antes da receita electrónica já havia medicamentos (exemplo, algumas terapias para o alzeimer) que estavam restritas a alguns especialistas e os outros não podiam prescrever. É que as actuais vinhetas, além de um código de barras têm o nome e a especialidade do médico.
Também não vai mudar o "gosto" por alguns laboratórios, pois a prescrição é livre.
Pata-Hari Escreveu:O ministro da saúde está a forçar o avanço das receitas electrónicas. Pelo menos poupa já nas receitas que ainda temos nas carteiras. Sou só eu a achar uma tonteria...? há tanta poupança assim...?
O cerne da questão está em 2 grandes frentes
1 - burla entre médicos-farmácias-armazenistas.
Cada vez que um médico passa uma receita, é como se assinasse um cheque em nome do estado (comparticipação). Tem-se descoberto cada vez mais esquemas de receitas falsas. Esses esquemas consistem, em geral, de uma farmácia que paga a um médico para passar umas dezenas de receitas de remédios caros, a farmácia faz de conta que vendeu esses remédios e envia as receitas para receber a comparticipação de um produto que não vendeu. Havendo a informatização, há a possibilidade de fazer auditorias mais precisas, filtragens, detecção de outliers, etc.
2 - passar receitas para familiares de utentes com cartão verde.
Em portugal, os portadores do "cartão verde" (reformados que recebem abaixo do salário mínimo) têm umá % de comparticipação maior - nalguns casos levando o medicamento a ser quase grátis. Muitos destes "velhinhos" pediam ao médico para prescrever em seu nome medicamentos para a família. O médico agora sabe que pode ser auditado e podem descobrir-se algumas carecas. Por exemplo, se se prescrever a um velhinho 2 protectores gástricos ao mesmo tempo, ou tem um grave problema de estomago ou então há marosca... e por aí fora...
Agora, aquilo que eu nãi sei é de onde é que vem esta estimativa do ministro em tantos milhões em burla... Não creio que tenha sido revelado o racional por detrás do seu cálculo...