boa noite, tenho para cima de 100k€ no fundimo da CGD, depois de ler esta noticia que passo a citar fiquei muito preocupado e vinha por este excelente forum pedir a vossa ajuda , será que devo resgatar o meu dinheiro deste fundo e aplicar num investimento mais seguro e mais rentavel, visto que este fundo no ultimo ano rendeu uns miseros 1,8%
passo a citar a noticia divulgada aqui pelo jornal de negocios-
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Dívida dos fundos imobiliários preocupa CMVM
12 Janeiro 2012 | 21:19
André Veríssimo -
averissimo@negocios.pt
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O nível de endividamento dos fundos de investimento imobiliários portugueses quase duplicou nos últimos anos, segundo os dados reunidos pela CMVM no primeiro relatório sobre tendências e riscos nos mercados financeiros. O aumento significativo, justificado pelos resgates, preocupa o regulador.
O nível de endividamento dos fundos de investimento imobiliários portugueses quase duplicou nos últimos anos, segundo os dados reunidos pela CMVM no primeiro relatório sobre tendências e riscos nos mercados financeiros. O aumento significativo, justificado pelos resgates, preocupa o regulador.
"Os níveis de alavancagem observados na indústria de fundos imobiliários aumentaram de forma considerável durante os primeiros dez meses de 2011", aponta a entidade liderada por Carlos Tavares no estudo que será divulgado hoje.
O endividamento dos fundos imobiliários passou de cerca de 1,9 mil milhões de euros em 2007 para 3,2 mil milhões no final de Outubro do ano passado. Neste período, o montante sob gestão cresceu bem menos, elevando o nível de alavancagem para cerca de 27%. O relatório da CMVM observa que este aumento deveu-se sobretudo aos fundos de subscrição fechada.
A dinâmica é, no entanto, mais preocupante nos fundos abertos, que têm mais de 100 mil investidores. O crescimento da dívida a partir de Janeiro do ano passado é "explicado exclusivamente" por estes, com o nível de endividamento a quase duplicar de 4,8% em Dezembro de 2009 para 8,5% em Outubro último.
A CMVM observa que os níveis de alavancagem "não estão tão elevados como os atingidos durante o aperto de liquidez que abalou a indústria em 2008 e 2009". Mas salienta que "neste contexto, o desempenho dos fundos imobiliários abertos está a ser monitorizado de perto" e merece uma "atenção cuidada".
O maior endividamento é justificado com a necessidade de os gestores dos fundos se precaverem para eventuais resgates por parte dos investidores, perante a deterioração do mercado. Esta questão é mais premente nas carteiras de activos imobiliários, como escritórios e espaços comerciais, dada a dificuldade que pode existir para os vender, em particular nas actuais condições. "Liquidar este tipo de activo a um preço relativamente atractivo pode revelar-se uma tarefa difícil, dado o estado letárgico do mercado e a recessão económica", pode ler-se no estudo.
A indústria de fundos imobiliários em Portugal tem 11,88 mil milhões de euros sob gestão, através de 263 produtos. Destes, só 17 são abertos, mas concentram 45% do investimento. Ao contrário do que ocorreu nos fundos mobiliários, o montante sob gestão cresceu nos últimos anos, aumentando 15,5% desde 2007. No entanto, no ano passado deu-se um decréscimo de 5,7% até Outubro. Também o número de subscritores desceu.
O regulador chama a atenção que "a diminuição no número de investidores e montantes aplicados nos fundos imobiliários abertos também sinalizam um maior risco de liquidez."
O relatório sobre tendências e riscos assinala outros riscos, como o contágio da crise da dívida, as dificuldades de financiamento da banca ou a negociação algorítmica (ver caixas ao lado). A análise terá uma periodicidade semestral, com o objectivo de "identificar desenvolvimentos nos mercados que possam ser interpretados como riscos reais e potenciais, susceptíveis de pôr em causa o regular funcionamento e o equilíbrio dos mercados de capitais, com especial atenção para o nacional".
Negociação algorítmica aumenta risco na bolsa de Lisboa
O relatório da CMVM realça que um grande número de ordens de bolsa não se materializam em negócios efectivos. Em média, há uma transacção em cada oito ordens. O rácio chega a ser muito superior em algumas cotadas, chegando às 265 e 481 ordens em dois casos.
Segundo o regulador, este desvio "permite supor a utilização de negociação algorítmica".
Estas ordens são desencadeados por computadores, de forma muito rápida e intensa, com base em modelos matemáticos de interpretação das condições de mercado. Este tipo de operação visa sobretudo os títulos mais líquidos, como é o caso do BCP, que segundo os corretores têm sido um alvo preferencial dos "day traders", investidores que procuram tirar partido das variações de preço intradiárias.
A CMVM considera que a negociação algorítmica "pode consubstanciar um risco potencial ao regular funcionamento do mercado, exigindo adequados procedimentos de informação e supervisão". O fenómeno tem sido objecto de análise pelos reguladores europeus.
A entidade supervisora mostra também preocupação com a "significativa concentração da negociação num número reduzido de intermediários financeiros" na bolsa de Lisboa. Cinco intermediários são responsáveis por 41,7% das transacções.
Bancos enfrentam o pior ano de refinanciamento
Um dos principais riscos para o mercado identificados pela CMVM é a dificuldade
de financiamento dos bancos. Segundo os dados recolhidos pelo regulador, as instituições portuguesas enfrentam este ano o montante de reembolsos mais elevado: chegam à maturidade 17,8 mil milhões de euros de dívida. Uma tarefa dificultada pelos elevados níveis de "stress" nos mercados de crédito europeus e, sobretudo, pela percepção de risco em relação a Portugal e aos bancos, que se traduz no preço elevados dos "credit-default swaps" (seguros contra o incumprimento na dívida).
A entidade supervisora realça que, neste contexto, "os bancos portugueses deverão contribuir para um maior risco e volatilidade do mercado accionista português", depois das fortes desvalorizações registadas em 2011.
O relatório aborda ainda a utilização das obrigações hipotecárias no financiamento dos bancos. O recurso a este tipo de instrumentos "não está isento de riscos para o sistema financeiro no seu todo e para os seus investidores em particular". A CMVM alerta para o facto de os créditos imobiliários adstritos às obrigações hipotecárias deixarem de estar disponíveis como activos para os restantes credores.
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