MarcoAntonio Escreveu:
É indiferente o nome que lhe dão, "juros" ou "sorrisos" vai dar ao mesmo: o que interessa é quanto desembolsas pelo crédito, ie, quanto te custa no final.
Marco, não sei se estavas a falar do tópico ou da banca islâmica. Mas se for o segundo...pode ir dar ao mesmo mas isso também pode não acontecer se o negócio correr mal ou se o negócio correr bem.
O conceito islâmico de não haver juros tem como base a questão de ser proibido gerar dinheiro com dinheiro, tendo que haver um activo tangível sempre por trás.
Num vulgo depósito a prazo, uma pessoa gera dinheiro através de dinheiro, não temos um activo tangível por trás. Na minha fé e creio que até pode fazer ainda mais sentido se tomarmos a bolha do crédito de 2007, o dinheiro deve aumentar o desenvolvimento humano e somente isso.
Assim, se seguirmos o conceito tradicional e tomarmos como exemplo a compra de uma casa: O indivíduo X empresta-me 200k e compro o imóvel. Vou pagando prestações de 20k todos os meses até atingir os 200k?
Não. A ideia está aí mesmo: o valor de cada prestação deve seguir o valor do activo tangível, que é o imóvel. Se há uma valorização do imóvel..pago prestações mais elevadas, se há uma desvalorização, pago prestações mais baixas.
Ou seja, não há uma vantagem para nenhum dos lados. Se o credor ganha por receber prestações mais elevadas, o devedor também ganha por possuir um imóvel mais caro e inversamente.
No conceito Islâmico, um empréstimo passa a ser um investimento.