BESI corta avaliação da Sonae para 0,73€

BESI corta avaliação da Sonae SGPS para 0,73 euros15 Julho 2011 | 12:12
Raqu
el Godinho - rgodinho@negocios.pt
A nova avaliação confere uma margem de progressão de 9,6% às acções da empresa liderada por Paulo de Azevedo.
O Espírito Santo Investment Bank (BESI) divulgou hoje uma nota de investimento sobre o sector de retalho português, considerando que a Sonae SGPS e a Jerónimo Martins apresentam "caminhos separados".
O banco cortou, em média, em 17% as suas estimativas de lucros para a Sonae SGPS entre 2011 e 2013. Os mesmos especialistas prevêem que a queda das vendas não-alimentares continuem a acelerar em Portugal enquanto que o imposto extraordinário, recentemente anunciado pelo governo, deverá acentuar a deterioração das perspectivas para o consumo em 2011, que deverá descer mais de 4%.
A avaliação para a companhia foi revista em baixa de 0,95 euros para 0,73 euros, mantendo-se a recomendação de "neutral".
Já para a Jerónimo Martins foram mantidas as estimativas e a avaliação, pois "tem uma muito limitada exposição ao não-alimentar em Portugal". O banco de investimento estima que a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos registe outro "sólido trimestre" no segundo trimestre deste ano, graças a um "desempenho muito forte na Polónia".
O preço-alvo de 12,3 euros representa uma margem de descida de 10,9% para as acções face aos níveis actuais, apesar de ser mantida a recomendação de "neutral".
"Depois da venda dos seus activos brasileiros em 2005, a Sonae tem cedido em grande medida da sua exposição internacional, enquanto a Jerónimo Martins tem mantido o crescimento a um ritmo acelerado na Polónia", sublinha a nota assinada pelos analistas Filipe Rosa e Manuel Albuquerque.
A Sonae optou por capitalizar a sua "expertise" no segmento não-alimentar e lançou vários formatos neste âmbito, primeiro próximos das suas lojas do segmento alimentar e, posteriormente, em Espanha e outras geografias. Já no caso da Jerónimo Martins, "o sucesso na Polónia e o reposicionamento do Pingo Doce têm-na tornado numa retalhista alimentar quase pura".
Por outro lado, o banco de investimento considera que a situação económica e financeira de Portugal está a ter "um efeito muito mais forte" na Sonae SGPS, pelo peso da actividade doméstica, pela exposição ao segmento não-alimentar e pela alavancagem acima da média. Efeitos que têm impactos "negativos" nos resultados e na cotação.
"Temos recomendações de 'neutral' para ambas as empresas pois acreditamos que as suas actuais cotações já reflectem as diferentes perspectivas de crescimento e perfis de risco", frisa o BESI.
As acções da Sonae SGPS perdem 0,60% para os 0,666 euros, enquanto a Jerónimo Martins recua 0,25% para os 13,80 euros.
Raqu
el Godinho - rgodinho@negocios.pt
A nova avaliação confere uma margem de progressão de 9,6% às acções da empresa liderada por Paulo de Azevedo.
O Espírito Santo Investment Bank (BESI) divulgou hoje uma nota de investimento sobre o sector de retalho português, considerando que a Sonae SGPS e a Jerónimo Martins apresentam "caminhos separados".
O banco cortou, em média, em 17% as suas estimativas de lucros para a Sonae SGPS entre 2011 e 2013. Os mesmos especialistas prevêem que a queda das vendas não-alimentares continuem a acelerar em Portugal enquanto que o imposto extraordinário, recentemente anunciado pelo governo, deverá acentuar a deterioração das perspectivas para o consumo em 2011, que deverá descer mais de 4%.
A avaliação para a companhia foi revista em baixa de 0,95 euros para 0,73 euros, mantendo-se a recomendação de "neutral".
Já para a Jerónimo Martins foram mantidas as estimativas e a avaliação, pois "tem uma muito limitada exposição ao não-alimentar em Portugal". O banco de investimento estima que a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos registe outro "sólido trimestre" no segundo trimestre deste ano, graças a um "desempenho muito forte na Polónia".
O preço-alvo de 12,3 euros representa uma margem de descida de 10,9% para as acções face aos níveis actuais, apesar de ser mantida a recomendação de "neutral".
"Depois da venda dos seus activos brasileiros em 2005, a Sonae tem cedido em grande medida da sua exposição internacional, enquanto a Jerónimo Martins tem mantido o crescimento a um ritmo acelerado na Polónia", sublinha a nota assinada pelos analistas Filipe Rosa e Manuel Albuquerque.
A Sonae optou por capitalizar a sua "expertise" no segmento não-alimentar e lançou vários formatos neste âmbito, primeiro próximos das suas lojas do segmento alimentar e, posteriormente, em Espanha e outras geografias. Já no caso da Jerónimo Martins, "o sucesso na Polónia e o reposicionamento do Pingo Doce têm-na tornado numa retalhista alimentar quase pura".
Por outro lado, o banco de investimento considera que a situação económica e financeira de Portugal está a ter "um efeito muito mais forte" na Sonae SGPS, pelo peso da actividade doméstica, pela exposição ao segmento não-alimentar e pela alavancagem acima da média. Efeitos que têm impactos "negativos" nos resultados e na cotação.
"Temos recomendações de 'neutral' para ambas as empresas pois acreditamos que as suas actuais cotações já reflectem as diferentes perspectivas de crescimento e perfis de risco", frisa o BESI.
As acções da Sonae SGPS perdem 0,60% para os 0,666 euros, enquanto a Jerónimo Martins recua 0,25% para os 13,80 euros.