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Caldeirão da Bolsa

Agências de Rating - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por PT_Trader » 8/7/2011 12:25

Olli Rehn: Comissão está a trabalhar na criação de agência de "rating"

08 Julho 2011 | 11:18
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt

O comissário europeu para os assuntos económicos e monetários, Olli Rehn, diz que a Comissão Europeia está a explorar a possibilidade de criar uma agência de "rating" europeia.

“Os trabalhos [de preparação] estão a decorrer e serão concluídos no Outono”, disse Olli Rehn a um jornal finlândes, o Helsingin Sanomat, citado pela agência Dow Jones.

Na opinião do responsável, é “problemático” que todas as três principais agências de “rating” estejam baseadas nos EUA.

“Eles [nos EUA] olham para a actividade económica europeia de uma forma diferente do que nós aqui”, afirmou Rehn.

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já veio "lamentar profundamente a decisão da Moody’s de cortar o rating da dívida portuguesa".

"Lamento, em especial, o timing e a dimensão do corte", acrescentou o presidente da Comissão, destacando que só agora Portugal começou a implementar as medidas definidas no plano acordado com a troika. "O cumprimento destas medidas será avaliado trimestralmente pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional", sublinhou Barroso.
 
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sad

por luislobs. » 7/7/2011 21:40

No contexto actual axo que em Portugal deveria ser proibido os chamados ..short.. sobre os titulos mais importantes ou corremos o risco de ainda vendermos Edp, Pt ou bancos a preço errisorios.

Pergunto eu ..como estas Agencias de rating podem ser cotadas em bolsa??

Pergunto eu ..como estas agencias podem atraves de subsidiarias fazer mega investimentos, eu sou mt parvo ou isto pode ser informaçao preveligiada???

Entao ao terem conhecimentos das situaçoes das empresas e Paises dias antes destes lançamentos de ..lixos..sobre cotadas nao terao ja aberto centenas de shorts nesses mercados.

Andamos a encher os bolsos das Agencias nao tenham duvidas,

E digo mais temos muitos bons Portugueses a encher os bolsos a custa das Agencias, mas que agora ja andam meio com as calças na mao, acontece que os banquinhos portugueses estao todos no lixo(e a seguir os europeus) e la vao as suas pequenas fortunas, por isso agora sao apresentadores, sao economistas todos na tv a pedir uniao nacional contra as Agencias.
Enquanto andaram do lado curto a seguir a onda tava tudo bem, agora se der para o torto la teram de ir la para fora com as malas cheias de notas e nada de cartoes de credito e afins que ta tudo na ruina-

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por Ulisses Pereira » 7/7/2011 19:36

Apenas queria recordar que notícias relevantes sobre agências de rating não têm que ser, necessariamente, concentradas neste tópico. Não é bem esta a filosofia do Caldeirão.

Um abraço,
Ulisses
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Ulisses Pereira

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Acabar com as agências de rating

por vultur » 7/7/2011 19:23

http://octopedia.blogspot.com/

Quarta-feira, 6 de Julho de 2011
Acabar com as agências de rating

Como nas arenas romanas, em que o imperador com um simples gesto podia condenar à morte um gladiador, as agência de rating fazem o mesmo com os países que elas notam.

Quem são essas agências que dispõem do poder de vida ou de morte sobre uma nação?

Como já foi abordado neste blogue, existem três agências de rating americanas que dominam 95% do sector: a Standard & Poor's, a Moody's e a Fitch. Apesar de não fazerem grande alarido, estas agências não escondem que trabalham de mão dada com Wall Street e a City.

Quem controla as agências de rating ?

Moody's:
O accionista principal é Berkshire Hathaway que pertence a um dos maiores especuladores da história, Warren Buffet e ao conhecido Bill Gates.

Fitch:
Pertence à francesa Fimalac (Financière Marc Ladreit de Lacharrière). No conselho de administração temos Philippe Lagayette de JP Morgan, David Dautresme de Lazard Frères e Henri Lachmann do grupo Schneider Electric.

Standards & Poor's:
É uma filial da empresa de "media" McGraw-Hill Companies de Nova Iorque. O homem forte é o seu vice-presidente inglês David Murphy, antigo patrão internacional dos recursos humanos da Ford Motor Company.

Uma das questões fundamentais é: porque é que Estados soberanos, Estados europeus, aceitam ser julgados, condenados e desestabilizados por três empresas privadas?
Porque é que empresas privadas podem impor as suas leis a estados soberanos?
Porque é que não se passa nada?
Porque é que nem os Estados, nem a Europa se mexem?

A resposta é: porque a ganância tornou-se a regra que rege a banca e todo o sector financeiro, porque são eles que destroem as instituições democráticas para nelas colocar uma "oligarquia", isto é, o poder controlado por meia dúzia de pessoas. Uma oligarquia da riqueza, uma oligarquia ao serviço da riqueza.

Esta construção perversa tem a ajuda daqueles que julgamos serem os nossos representantes eleitos democraticamente, mas que na realidade são colocados no poder por organismo elitistas com o clube de Bilderberg. São também eles que dominam as grandes instituições não-eleitas que nos governam: Comissão Europeia, FMI ou Banco Central Europeu.

Mas chega um tempo em que demais é demais! Chega um tempo em que é preciso dizer basta!

Por isso, é urgente levar a cabo o combate do direito, o combate da verdadeira democracia, o combate da ética, para combater e regulamentar os comportamentos dessa oligarquia constituída pela finança internacional, os bancos, as grandes empresas multinacionais e os políticos que as sustentam.

Enquanto o nosso sistema jurídico, apesar das limitações, o permite, um processo deve ser instaurado contra as agência de rating. Para isso, quatro docentes universitários - José Reis e José Manuel Pureza, da Universidade de Coimbra, e Manuel Brandão Alves e Maria Manuela Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) - pediram um inquérito à Procuradoria-Geral da República (PGR), denunciando as três agências de crime de manipulação de mercado. A iniciativa é inédita em Portugal, mas já existem outros exemplos concretos.

Existe igualmente uma Petição http://www.peticaopublica.com/PeticaoVe ... i=denuncia entregue na Procuradoria-Geral da República (PGR)

Os signatários da Petição propõem assim que do inquérito realizado se possa apurar:

a) a prática dos actos abusivos que são imputados às Denunciadas;
b) a existência de graves prejuízos produzidos nos interesses do Estado e do povo Português;
c) a identificação dos quadros directivos das ditas agências e os autores dos actos objecto desta denúncia, além das pessoas já indicadas;
d) se os benefícios obtidos pelas agências denunciadas e seus clientes foram de notória importância;
e) quais os contratos celebrados a partir de 1 de Janeiro de 2010 com as entidades participantes no mercado da dívida pública portuguesa;
f) todas as comunicações internas respeitantes às classificações referentes a Portugal, a partir de 1 de Janeiro de 2010.
 
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por cmcf_CALD » 7/7/2011 19:22

quinta-feira, 7 de Julho de 2011 | 16:09


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Agências de rating na mira das autoridades norte-americanas


As agências de rating Moody´s e Standard & Poor's estão na mira do regulador norte-americano dos mercados bolsistas, penalizando a sua cotação e levando alguns analistas a rever em baixa ("downgrade") as suas acções.
O regulador (SEC) está a investigar a Moody´s e a S&P e pondera avançar com uma queixa por fraude pelo seu papel nos negócios de obrigações hipotecárias que levaram ao desencadear da crise financeira de 2008.

As empresas poderão enfrentar a acusação de terem usado informação incompleta ou desactualizada para as suas avaliações de títulos baseados em crédito hipotecário de alto risco ("subprime"), ou ignorando os problemas com estes produtos financeiros.

No dia em que foi conhecida a investigação, as acções da Moody´s chegaram a cair 7,2%, enquanto as da McGraw-Hill Companies, que detém a Standard & Poor's, estiveram a recuar 3,7%.

Num recente relatório ao mercado sobre a Moody´s, o analista William Bird, da Lazard Capital Markets, reviu em baixa o potencial de valorização das acções da empresa de ratings, de "comprar" para "neutral". (continuação)

A causa, referiu, é justamente a redução de emissões de títulos de dívida, face à actual incerteza nos mercados de crédito na Europa e nos EUA, quando parte substancial do rendimento das agências de rating vem precisamente da notação destes títulos.

As agências de rating têm sido criticadas por legisladores em Washington como "facilitadores" da crise de 2008, atribuindo notações máximas a títulos que se baseavam em activos de elevado risco, mas têm evitado um ambiente regulatório mais restritivo e mesmo ganho algumas batalhas a nível judicial.

Em Maio, o Tribunal de Recurso norte-americano decidiu que estas empresas não são legalmente responsáveis pelos ratings, uma vez que constituem "meramente opiniões", assim confirmando a tese das agências, que se consideram protegidas pela Primeira Emenda da Constituição.(continuação)

Para elaborar os "ratings", as agências baseiam-se em informação fornecida pelos emitentes, mas podem ser acusadas de ignorar falhas óbvias nos dados, nomeadamente a incapacidade de reflectir a deterioração do mercado hipotecário.

Raro foi o processo apresentado no ano passado contra a Standard & Poor's e Moody's pelo então procurador-geral do Connecticut, Richard Blumenthal, que foi considerado em vários outros Estados, incluindo na Califórnia.

Contestado em tribunal pelas duas firmas, o processo acusa-as de terem atribuído ratings elevados a negócios hipotecários sabendo das suas falhas.(continuação)

Um subcomité de investigações do Senado, encabeçado pelo senador Carl Levin, divulgou em Abril de 2010 um relatório que acusa as agências de usar modelos ineficazes para calcular o risco de crédito, de empregar pessoal impreparado e de sucumbir a pressões concorrenciais para satisfazer os interesses dos bancos, que lhes pagavam por avaliações supostamente independentes.

Para além dos EUA, também em Espanha e em Portugal foram interpostas acções contra as agências de rating.

Diário Digital / Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... ews=161856
 
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por Elias » 7/7/2011 15:40

Moody’s atribui rating pior que o da República à CP, Refer, RTP e Parpública
07.07.2011 - 14:21 Por Ana Rita Faria - publico

Depois de ter reduzido o rating da República Portuguesa a lixo, a Moody’s veio hoje rever em baixa as notas atribuídas a algumas empresas públicas. A CP, a Refer, a RTP e a Parpública passam a ter um rating situado dois níveis abaixo da nota do país.

Em comunicado, a Moody’s anuncia a sua decisão de reduzir para o nível B1 os ratings da CP, Refer, Parpública e RTP. Estas empresas ficam assim dois níveis abaixo do rating da dívida soberana nacional, num patamar considerado como dívida muito especulativa, com risco presente de default (incumprimento).

Esta decisão era já esperada, visto que as regras de avaliação das agências de rating fazem com que, sempre que há um corte na nota da República, as empresas públicas sofram também um corte na sua notação de crédito, de modo a não ficarem acima do rating do país.

A empresa mais afectada pelo corte da notação foi a Parpública, que viu o seu rating descer três níveis, de Ba1 para B1. Já a CP, a Refer e a RTP deslizaram de Ba2 (o nível onde a Moody’s colocou Portugal esta semana) para B1.

A agência mantém-se o Outlook (perspectiva) dos ratings destas empresas como negativa, o que indica que pode vir a proceder a novos cortes a curto prazo.

A Moody’s explica a decisão de igualar os ratings de todas estas empresas no nível B1, dizendo que, “neste momento, há uma probabilidade semelhante de ter de ser fornecido apoio financeiro a cada uma delas, se este for solicitado”.

A agência recorda que, desde que tomou a sua última decisão sobre os ratings destas empresas, em Abril, o Governo português teve de prestar assistência financeira directa à CP e à Refer, de modo a que estas cumprissem as suas obrigações financeiras. Além disso, acrescenta a Moody’s, o Executivo já disse que iria garantir a maior parte da dívida da RTP.

“Este comportamento, juntamente com o memorando de entendimento que Portugal assinou com o FMI para receber ajuda externa, confirma a nossa visão de que o Governo de Portugal terá, provavelmente, de fornecer apoio financeiro numa base regular para evitar um incumprimento nos pagamentos por parte destas empresas”, esclarece a Moody’s.

Notícia actualizada às 14h43
 
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por PT_Trader » 7/7/2011 15:30

Notações também são consideradas "lixo"
Moody’s corta ratings de Lisboa, Sintra, Açores e Madeira em quatro níveis

07.07.2011 - 15:09 Por Ana Rita Faria

Depois de cortar as notações da República, da dívida garantida dos bancos e das empresas públicas, é a vez das autarquias e das regiões autonómas.

A agência Moody’s acaba de anunciar o corte do rating de Lisboa e de Sintra em quatro níveis, o mesmo que para as regiões dos Açores e da Madeira.

As regras internas das agências de notação não permitem, regra geral, que as autarquias e as regiões tenham um rating superior ao da República.

As entidades mais atingidas pelo novo corte da Moody’s foi a região autónoma da Madeira, cujo rating deslizou em quatro níveis, de Baa3 para B1, ou seja, a dívida desta região é neste momento considerada como muito especulativa, com presente risco de default (incumprimento).

Os Açores também viram a sua notação descer, de Baa2 para Ba3, ficando um nível abaixo da nota da República.

Já as autarquias de Lisboa e de Sintra desceram de Baa1 para Ba2, ficando ao mesmo nível do rating do país.

Tanto as regiões autónomas como as autarquias avaliadas pela Moody’s estão, assim, com uma notação considerada junk (lixo), ou seja, sem estatuto de investimento. Contudo, para os Açores e para a Madeira, o cenário é ainda pior, visto que a Moody’s colocou os seus ratings sob revisão com implicações negativas, por considerar que “os governos regionais e as empresas do sector empresarial regional vão enfrentar crescentes dificuldades em financiarem-se daqui para a frente”.

A agência diz que a decisão sobre um novo corte do rating será tomada “nas próximas semanas” e que, durante este processo de revisão, irá reexaminar documentação relacionada com a exposição a empréstimos, obrigações e derivados, bem como facilidades de crédito, de modo a avaliar a capacidade das regiões de cumprirem com as suas obrigações financeiras. Além disso, a agência irá avaliar a posição financeira das empresas públicas dos Açores e da Madeira.


http://economia.publico.pt/Noticia/mood ... is_1501855
 
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por krat3r » 7/7/2011 15:20

O grande problema das agências de rating não será terem o monopólio? (95% do mercado)

Big Three (credit rating agencies)OneRiotYahooAmazonTwitterdel.icio.us
From Wikipedia, the free encyclopedia

The Big Three credit rating agencies are Standard & Poor's (S&P), Moody's, and Fitch Group. S&P and Moody's are US-based, while Fitch is dual-headquartered in New York City and London, and is controlled by the France-based Fimalac SA. The European Union has considered setting up a state-supported EU-based agency.[1] In 2001, Moody's and Standard & Poor's market share was around 40% each, and Fitch's market share was around 15%; the Big Three therefore held 95% of the market.[2] However these figures understate the dominance of Moody's and S&P, since the norm for debt issuers is to obtain ratings from these two, and only occasionally turn to Fitch, for example if Moody's and S&P disagree.[3]

From the mid 1990s until early 2003, the Big Three were the only "Nationally Recognized Statistical Rating Organizations (NRSROs)" in the United States.[3]

http://en.wikipedia.org/wiki/Big_Three_ ... gencies%29
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por krat3r » 7/7/2011 15:07

China: agências de rating encobrem insolvência dos EUA

A agência de rating chinesa Dagong acusa as rivais norte-americanas (Standard&Poor’s, Moody’s e Fitch) de estarem a cometer o mesmo erro que levou à crise financeira mundial, em 2008, ao se recusarem a fazer um downgrade no rating dos EUA apesar do «estado de insolvência e das crescentes dificuldades do país em pagar a dívida» da maior economia mundial.

Em declarações ao SOL, Chen Jialin, director-adjunto do departamento internacional da Dagong, refere que as três maiores agências mundiais de notação de crédito apenas lançaram os avisos recentes sobre a elevada dívida dos EUA devido «à pressão da opinião pública» e não por sua vontade.

A Standard&Poor’s colocou o rating dos EUA em ‘vigilância negativa’ – o primeiro passo para uma eventual descida da notação – no mês passado, surpreendendo os investidores internacionais. Os EUA ainda mantêm a classificação máxima – AAA – junto da S&P, Moody’s e Fitch, o que indica que o país tem uma hipótese quase nula de entrar em incumprimento junto dos credores.

Mau exemplo

Porém, a folha financeira dos EUA está longe de ser exemplar. O Estado tem um défice orçamental superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e uma dívida pública que ronda 100% do PIB, que cresce abaixo de 2%. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner reiteraram esta semana que, se o tecto da dívida nos EUA não for aumentado pelo Congresso – de maioria republicana –, o país corre o risco de entrar em incumprimento em Agosto.

Numa primeira fase, a Dagong fez um downgrade do rating dos EUA, do nível máximo, AAA, para AA, devido à inexistência de uma «solução credível» para a resolução do défice orçamental no longo prazo, que estava a levar o país para um «crise da dívida», adianta o responsável.

A decisão da Fed, o banco central norte-americano, de injectar mais de 600 mil milhões de dólares na economia através da emissão de moeda, em Novembro de 2010, reflectiu o «colapso do estado de solvência dos EUA e a deterioração da capacidade de pagar as suas dívidas», salienta a agência chinesa. Este evento levou a Dagong a fazer um novo corte na notação dos EUA, para A+. Jialin lembra que nem a deterioração económica dos EUA levou as três agências norte-americanas a alterarem a classificação, acrescentando que «o silêncio tornou-se a opção unânime entre elas».

«O rating da dívida pública norte-americana é o segundo teste para as três maiores agênciasg. No primeiro, os seus erros morais e de actuação provocaram a crise de crédito global», diz Chen Jialin.

luis.goncalves@sol.pt
/via http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=23130
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por PT_Trader » 7/7/2011 15:03

Trichet: Decisão do BCE sobre Portugal é uma "resposta imediata" à Moody’s
07 Julho 2011 | 14:47
Rui Peres Jorge - rpjorge@negocios.pt

Jean-Claude Trichet não escondeu o desagrado com a decisão da Moody"s de baixar o "rating" português quando o País está no primeiro mês da implementação do seu programa de ajustamento acordado, exactamente, com o BCE, o FMI e a Comissão Europeia.

Questionado sobre como é que analisa a decisão da agência de “rating” neste momento, Trichet respondeu: a decisão de hoje é "em certa medida, uma resposta, uma resposta imediata", precisou, sem falar sobre outras medidas.

Jean-Claude Trichet anunciou hoje que o BCE vai aceitar obrigações portuguesas independentemente da notação de dívida que tiverem. Em causa está o corte de “rating” da Moody’s para Portugal, que colocou a notação do País num nível considerado de “lixo”.

Se todas as agências de "rating" decidirem cortar a notação da República para um nível de "lixo", as obrigações portuguesas deixariam de servir como garantia junto do BCE para que entidades se possam financiar. Contudo, o anúncio hoje feito por Trichet determina que mesmo que todas as agências cortem o "rating", Portugal poderá continuar a servir de garantia junto da instituição.

A justificação para esta decisão do BCE, como aliás já tinha acontecido com Grécia e Irlanda, decorre da aplicação pelo governo nacional do plano de ajustamento acordado com BCE, FMI e Comissão Europeia que é considerado apropriado e suficiente.
 
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por Elias » 7/7/2011 14:57

A Ficth permite consultar uma data de informação acerca de ratings, bastando para tal que o utilizador se registe no site: www.fitchratings.com

O registo é gratuito.
 
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por PT_Trader » 7/7/2011 14:31

Moody´s

A Moody´s teve origem no início do século XX, por John Moody, aquando da publicação do Moody’s Manual of Industrial and Miscellaneous Securities, com dados sobre diversas empresas. Este manual atingiu um sucesso tal, que esgotou em dois meses. No entanto, com o crash de 1907 na bolsa de Nova Iorque, o seu negócio foi severamente penalizado. Mas, no ano de 1909, John Moody relançou o seu negócio com um factor inovador, para além de recolher dados sobre as empresas, passava também a analisar a qualidade relativa dos investimentos. Moody transmitia as suas avaliações através de símbolos de classificação, que anteriormente eram utilizados pelo sistema de classificação mercantil e de crédito.

Standard & Poor´s

As origens da Standard & Poor´s começam do século XIX, mais concretamente no ano de 1860. Nesta data, Henry Varnum Poor publicou o livro History of Railroads and Canals of the United States, que continha dados sobre as companhias ferroviárias norte-americanas, com o intuito de colmatar a escassez de informação de qualidade que estava disponível para os investidores.
No ano de 1906, Luther Lee Blake fundou a empresa Standard Statistics Bureau, que recolheu e publicou dados sobre empresas que não pertenciam à indústria ferroviária.
Os ratings de crédito da S&P começaram a ser publicados em 1916. Mas, a empresa S&P, resulta da fusão das empresas de Henry Varnum Poor e Luther Lee Blake, no ano de 1941. No ano de 1966, a S&P foi adquirida pela The McGraw-Hill Companies. Para além da sua agência de rating, a S&P mantém o índice S&P 500. A S&P é a agência líder neste mercado, sendo a principal fonte de ratings de crédito.

Fitch Ratings

A Fitch Rating foi fundada por John Knowles Fitch, no ano de 1914. Na sua génese, publicava estatísticas financeiras, tornando-se numa das empresas que mais atenção recolhia por parte dos investidores, que aderiram em massa a publicações como o Fitch Bond Book e Fitch Stock and Bond Manual.
No ano de 1924, a Fitch Ratings introduziu a conhecida escala de classificação que varia entre “AAA” a “D”, tornando-se uma referência para os investidores.

CPR – Companhia Portuguesa de Rating

A Companhia Portuguesa de Rating tem a sua origem em 1988 e é a única empresa portuguesa de rating. Desde 1993, que é accionista minoritária da, também, primeira agência de rating brasileira – SR Rating.
 
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Agências de Rating - Tópico Geral

por PT_Trader » 7/7/2011 14:24

Devido à multiplicidade de tópicos sobre as Agências de Rating, julgo que é útil haver um único tópico onde seja possível debater e colocar toda a informação associada a este tema.


Ainda há dois dias atrás me ria, com um comentário do Martim Avillez Figueiredo na SIC Notícias, no qual dizia que as agências de rating tinham sido criadas para avaliar o risco dos investimentos efectuados pelos fundos de pensões.

Mas não foi assim...


A primeira agência de rating surge no início do século XX, nos Estados Unidos da América, e foi criada por John Moody, como consequência da falta de informação sobre o risco de incumprimento. John Moody publicou na primavera de 1909 a primeira edição do manual Moddy’s Analyses of Railroad Investments, com o intuito de analisar os relatórios das companhias ferroviárias e classificar as emissões de títulos das mesmas. A análise de Moody representava uma informação independente e credível sobre risco de incumprimento.


Já o Thomas Friedman dizia que:

There are two superpowers in the world today in my opinion. There’s the United States and there’s Moody’s Bond Rating Service. The United States can destroy you by dropping bombs, and Moody’s can destroy you by downgrading your bonds. And believe me, it’s not clear sometimes who’s more powerful. - Thomas Friedman
Editado pela última vez por PT_Trader em 7/7/2011 14:42, num total de 1 vez.
 
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