Atomez Escreveu:luka Escreveu:UM EXEMPLO:
Nao sao necessarios Ferraris nem Posches : contribuem as emissoes de CO2 , e a degradar a nossa balança comercial de DUAS FORMAS :1 sao importados
2 consomem MAIS petroleo que também temos de comprar ao estrangeiro
3 e... para acidentes graves ... (provocados por aqueles que precisam desses carros para se afirmarem... mas as vitimas podemos ser qualquer um de nos que utilisa as mesmas estradas...) 
se TODOS esses veiculos pagassem um imposto de
10% do seu valor a cada ano ... para financiar:
a investigaçao
as bolsas de estudo para estudantes sem meios
etc ... seria algo de nobre e certamente popular (sobretudo em numero de votos ...)

Pois sim, mas... nesse caso ninguém os ia comprar e estavas a cobrar 10% de zero... = a zero!
Até podias pôr a 1000% que dava o mesmo.
Primeiro, acho que o consumo de luxo não iria desaparecer, iria isso sim abrandar. Um rico extravagante que paga 100.000 por um carro, paga os mesmos 100.000 se vierem acrescidos de mais 10.000 de impostos. Ponto.
E se realmente fosse 10% de zero porque eles desistiam da compra... muito bem estavamos nós! Era a forma de contribuírem para a dimunuição do défice externo.
Mas, antes de mais, estavamos a falar de défice externo e já veio à baila o défice público. O défice público poderia ser diminuído como consequência positiva decorrente da diminuição do défice externo. Um duplo dividendo.
Que raio de mania de ver a ameaça comunista em todo o lado! Será que não conseguem ter uma perspectiva integrada e perceber que estamos a falar de estabilização macroeconómica?
Sugeriram aí despedir funcionários públicos que andam a "comer o dinheiro dos outros", como se fossem todos uns inúteis e como se isso resolvesse o défice externo. Em que é que um despedimento em massa contribui para o reequilíbrio externo? Pela diminuição da base fiscal? A sério, é esta a ideia fenomenal que têm para reequilibrar a balança? Despedir mais pessoas?
Não se trata de inveja, meus caros. Trata-se de seguir, para a realidade externa, a mesma visão contabilística que o pensamento liberal traz para as finanças públicas. Tem de haver penalização para aquilo que contribui mais negativamente para um défice, seja uma PPP numa auto-estrada seja um Ferrari 458: há várias formas de os adquirir, mas umas saem mais caras do que as outras.
Só porque nasci português, tenho de herdar um défice externo provocado por demasiada importação? (argumento análogo ao "só porque nasci português, tenho de herdar défices públicos continuados?")