“Não diabolizo projetos” como a mina da Lagoa Salgada

[englishman]

Agora é o Credit Suisse :

Credit Suisse
"Ficaremos chocados se Portugal não entrar em incumprimento"

Económico
06/07/11 10:30


Andrew Garthwaite, do Credit Suisse, conta com um ‘haircut' de 30% na dívida pública portuguesa.

"Teríamos ficado chocados se Portugal não tivesse sido reduzido para a classificação de lixo e ainda mais chocados se não entrar em incumprimento (sendo evidente que lhe chamaremos outra coisa)", escreveu Andrew Garthwaite, do Credit Suisse, numa nota citada no Financial Times.

Para este perito do banco suíço, as crises de Lisboa e Atenas só diferem "à superfície" porque o "excesso de alavancagem em Portugal está escondido no sector privado, enquanto na Grécia está no sector público".

"Os nossos modelos dizem que Portugal precisa de um ‘haircut' de 30% na dívida pública", escreve Andrew Garthwaite, justificando o número com o elevado endividamento do sector privado português, a perda de competitividade do país e a falta de crescimento da economia. "Os nossos cálculos sugerem que os salários precisam cair 5-10% e isso são más notícias para o PIB", conclui.

[Mcmad]

Já há Portugueses a dizerem que estamos piores que a Grécia, Silva Lopes

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html

[vgasmo]

Giro... e de um dia para o outro teríamos o dobro da dívida, que estava cotada em euros. Dívida a que teríamos de fazer Default e só passado uns 3 ou 4 anos estaríamos no mercado. Por outro lado, emitir moda sem fim para pagar dívida levaria talvez a taxas elevadíssimas de inflação.

Talvez funcionasse como na Argentina, ou talvez não... Alguém quer apostar?

[PMACS]

Mais um...

Ferreira do Amaral
"Não temos condições para estar no euro muito mais tempo"

O economista João Ferreira do Amaral afirmou hoje que o programa da 'troika' vai colocar a economia em maiores dificuldades.

"Este programa da 'troika' pode resolver o problema de financiamento público nos próximos anos, mas não resolve o problema da economia. O programa da troika porá a economia em maiores dificuldades", considerou hoje o economista do ISEG, numa conferência organizada pelo IDEFF e pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.

João Ferreira do Amaral defendeu ainda que Portugal terá de abandonar a moeda única e que o deveria fazer de forma organizada, caso contrário será "empurrado" numa situação muito pior do que aquela em que se encontra.

"Fui contra a entrada mas não fui adepto da saída, até que verifiquei que a questão se põe agora em moldes diferentes do que há dois, três anos. A questão é se nós podemos permanecer no euro. Do meu ponto de vista não temos condições para permanecer no euro muito mais tempo", disse.

O economista considera que Portugal se encontra numa situação de "ausência completa de instrumentos para tentar lidar com a situação" e que apesar de reconhecer que se trataria de um grande choque, considera que a longo prazo seria pior manter-se no euro.

"Não tenho esperança nenhuma em ser ouvido nesta matéria. Acho que vamos deixar apodrecer nesta situação. (...) Iremos ser empurrados da Zona Euro, e provavelmente em muito má situação, uma situação tipo a Argentina", considera.

Para minimizar esta eventual saída do euro, o economista defende que teria de ser feita uma compensação, através da entrada para o mecanismo de taxas de câmbio II (que controla a variação das taxas de câmbio entre países fora e dentro do euro), com uma ajuda do Banco Central Europeu que impedisse uma grande desvalorização da moeda (eventualmente um novo escudo) e que Portugal pudesse emitir nova moeda para financiar défices, de forma a compensar em parte o aumento das dívidas, também dos particulares e empresas.

Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/nao-t ... 22003.html

[ToshB]

Só conheço a especulação que ele fez da bolha do mercado imobiliário, e ele não era o único a dizer isso. Além disso era só uma questão de ver o que é que fez subir o mercado imobiliário no passado: rendimento real, taxas de juro, demografia, imigração. Como no último bull market do imobiliário nada disto justificava um bull market, era óbvio que era uma bolha especulativa.

http://www.nypost.com/p/news/business/roubini_doom_is_in_his_predictions_yddlejublbVt7nFOL0SCXO

E sobre especulação tem 0 de conhecimento, como a maioria dos economistas: "I don’t believe in picking individual stocks or assets. . . . Never invest your money as though you are gambling at the casino. Buying and selling individual stocks is a waste of time." Pois está bem, se ele percebesse alguma coisa de mercados financeiros não dizia isto.

[Marco Martins]

Quase pior? Então é igual? Ou melhor?

Concordo com esta questão!

O Roubini está a especular e tentar acertar...

No entanto, se a Grécia tiver problemas maiores, acredito que Portugal sofra uma especulação maior, se antes disso não der sinais claros de retoma... mas uma declaração do "quase pior" vinda de um economista como o Roubini, apenas o descredibiliza!


De todas as especulações que o Roubini fez, gostava de saber aquelas que se confirmaram verdade e as que foram tiros ao lado! Alguém sabe se existe?

[Rics]

Até podemos vir a ter o mesmo fim que eles, mas o estado do nosso país não tem nada a ver com a Grécia!

Nós, apesar de muito desperdício, temos infraestrutura moderna (estradas, hospitais, algumas escolas, telecomunucações,...). A Grécia, no entanto, gastou o dinheiro e pouco ou nada se vê feito - e já bati por lá muito território...

Estradas em geral más, principalmente nas ilhas, cidades caóticas, algumas praias de beleza natural paradisíaca num estado nojento (o que já não se vê em Portugal há mais de 20 anos). Nalguns meios pequenos, nas ilhas, tem que se pagar 500€ para subornar um médico para ter uma consulta no serviço público que deveria ser gratuito (hábito que também desapareceu em Portugal nas últimas décadas), etc etc...


Apesar de tudo, estamos em geral bem melhor que eles. Gastamos o que tinhamos e o que não tinhamos, mas alguma coisa ficou. Lá, pouco ou nada se vê. Já para não falar que, apesar da nossa desorganização, somos bem mais organizados que eles (e até que os Italianos e alguns Espanhóis).

[psylva79]

O Silva Lopes disso hoje "quase" o mesmo.

[marianonunes]

Quase pior? Então é igual? Ou melhor?

[EuroVerde]

Estava aqui a ver uma cena do Monaco em que um casal ganha 4000 por mês e está a ver-se à rasca em pagar o apartamento de 2000000euros que comprou. Vá lá que dos 4000 metade seja para pagar a casa por mês, levava 83 anos para pagar o apartamento no Monaco.
Vai acabar por sair do principado.

[Mcmad]

Eu diria que o "quase" deve-se ao desconhecimento de Roubini da realidade Portuguesa.

Roubini diz que situação em Portugal é "quase pior" do que na Grécia
03 Julho 2011 | 16:57
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt


Economista cita a falta de competitividade da economia portuguesa na comparação que faz com a Grécia e antecipa uma correcção mais longa nos mercados accionistas.
O economista Nouriel Roubini, conhecido por ter antecipado a crise financeira em 2007 e também apelidado de “profeta da desgraça, diz que a crise de dívida soberana na Europa é uma dos factores de incerteza que deverão continuar a prejudicar os mercados accionistas.

Numa entrevista ao jornal Euro am Sonntag, citada pela agência Bloomberg, o professor da Universidade de Nova Iorque diz que a situação em Portugal “é quase pior” do que a que se vive na Grécia, devido à falta de competitividade da economia portuguesa.

O resumo da entrevista citada pela Bloomberg não providencia mais citações de Roubini sobre Portugal. Contudo, o pessimismo do economista com Portugal já é recorrente. Ainda em Junho Roubini antecipou que Portugal seria, a par da Grécia, um dos países a sair do euro.

A situação de Portugal é para Roubini um dos exemplos das “muitas coisas que estão a aumentar a incerteza nos mercados e vão aumentar a volatilidade”.

Roubini afirmou que a “ a crise da dívida na periferia da Europa e um factor muito elevado de incerteza”, e os dados económicos nos Estados Unidos e no Reino Unido são fracos e o Japão está de novo em recessão”.

“Devido a todos estes ricos para a economia e os mercados, não acredito em ninguém que diga que a correcção nos mercados será de curta duração”, afirmou.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=494011