
Já que aqui de fala de IVA ...
Bruxelas propõe imposto sobre os bancos e IVA europeu
A criação de um imposto sobre os bancos e um novo IVA europeu para financiar os cofres comunitários são as grandes novidades da proposta de orçamento da UE para o período 2014-2020.
A proposta apresentada hoje à noite em Bruxelas pelo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e pelo comissário europeu do Orçamento, Janusz Lewandowski, constitui o início de um processo negocial, com o Conselho e o Parlamento Europeus, que se prevê longo e difícil, dada por exemplo a oposição de Estados membros a medidas como a criação de impostos.
O envelope financeiro proposto por Bruxelas para o próximo quadro financeiro plurianual ascende no seu conjunto, em promessas de financiamento, a 1.025 mil milhões de euros (cerca de 1,05% do PIB europeu), o que representa um aumento de 5% relativamente àquele actualmente em vigor (2007-2013), embora o actual represente 1,07% da riqueza europeia.
Todavia, o aumento em 5% do montante global também promete desencadear descontentamento, já que vários Estados membros, com os "grandes" (Alemanha, Reino Unido e França) à cabeça, têm vindo a reclamar um "congelamento", face aos tempos de austeridade.
Na proposta hoje apresentada para as chamadas "perspectivas financeiras", o orçamento plurianual, para 2014-2020, o executivo comunitário explica a sugestão de criação de um imposto sobre os bancos (transacções financeiras ou actividade bancária) com a necessidade de melhorar os recursos para o orçamento da UE, garantindo que tal pode ser feito sem prejuízo dos Estados membros.
Actualmente, o financiamento do orçamento plurianual da UE é feito em cerca de três quartos (7%) pelas contribuições de cada Estado membro em função da sua riqueza, sendo o restante proveniente dos chamados "recursos próprios", como direitos aduaneiros e uma parcela do IVA recolhido por cada Estado membro.
De acordo com a Comissão, o objectivo da proposta "não é aumentar o orçamento", mas torná-lo mais sólido, baixando as contribuições directas dos Estados membros, que também deixariam de contribuir com o recurso do IVA nacional.
A Comissão lembra que a criação de novos recursos próprios está prevista no Tratado de Lisboa, e se a proposta de Bruxelas se concretizasse tal significaria que os chamados recursos próprios contribuiriam no horizonte de 2020 para metade do orçamento da UE.
Esta questão ameaça ser uma das mais polémicas nas longas negociações que se avizinham, e que têm forçosamente de reunir o consenso entre os 27.
http://economico.sapo.pt/noticias/bruxelas-propoe-imposto-sobre-os-bancos-e-iva-europeu_121720.html
Bruxelas propõe imposto sobre os bancos e IVA europeu
A criação de um imposto sobre os bancos e um novo IVA europeu para financiar os cofres comunitários são as grandes novidades da proposta de orçamento da UE para o período 2014-2020.
A proposta apresentada hoje à noite em Bruxelas pelo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e pelo comissário europeu do Orçamento, Janusz Lewandowski, constitui o início de um processo negocial, com o Conselho e o Parlamento Europeus, que se prevê longo e difícil, dada por exemplo a oposição de Estados membros a medidas como a criação de impostos.
O envelope financeiro proposto por Bruxelas para o próximo quadro financeiro plurianual ascende no seu conjunto, em promessas de financiamento, a 1.025 mil milhões de euros (cerca de 1,05% do PIB europeu), o que representa um aumento de 5% relativamente àquele actualmente em vigor (2007-2013), embora o actual represente 1,07% da riqueza europeia.
Todavia, o aumento em 5% do montante global também promete desencadear descontentamento, já que vários Estados membros, com os "grandes" (Alemanha, Reino Unido e França) à cabeça, têm vindo a reclamar um "congelamento", face aos tempos de austeridade.
Na proposta hoje apresentada para as chamadas "perspectivas financeiras", o orçamento plurianual, para 2014-2020, o executivo comunitário explica a sugestão de criação de um imposto sobre os bancos (transacções financeiras ou actividade bancária) com a necessidade de melhorar os recursos para o orçamento da UE, garantindo que tal pode ser feito sem prejuízo dos Estados membros.
Actualmente, o financiamento do orçamento plurianual da UE é feito em cerca de três quartos (7%) pelas contribuições de cada Estado membro em função da sua riqueza, sendo o restante proveniente dos chamados "recursos próprios", como direitos aduaneiros e uma parcela do IVA recolhido por cada Estado membro.
De acordo com a Comissão, o objectivo da proposta "não é aumentar o orçamento", mas torná-lo mais sólido, baixando as contribuições directas dos Estados membros, que também deixariam de contribuir com o recurso do IVA nacional.
A Comissão lembra que a criação de novos recursos próprios está prevista no Tratado de Lisboa, e se a proposta de Bruxelas se concretizasse tal significaria que os chamados recursos próprios contribuiriam no horizonte de 2020 para metade do orçamento da UE.
Esta questão ameaça ser uma das mais polémicas nas longas negociações que se avizinham, e que têm forçosamente de reunir o consenso entre os 27.
http://economico.sapo.pt/noticias/bruxelas-propoe-imposto-sobre-os-bancos-e-iva-europeu_121720.html