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Caldeirão da Bolsa

Somague parou trabalhos no Marão-dificuldades financiamento

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por J9 » 28/6/2011 15:12

psylva79 Escreveu:Tempos difíceis para o sector da construção e obras públicas.


Agora já não bastam as "luvas" para ganhar os consursos... vão ser precisas "luvas" para receber! :lol:
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por Gtony84 » 28/6/2011 15:08

Isto sim é grave :? ...

Mais pelo facto de uma empresa como a Somague não ter estrutura/força para continuar uma obra, quando o estado deixa de cumprir com as suas obrigações.

Acredito que atrás desta mais virão, obras e empresas que não aguentem a pressão de ter de pagar aos seus funcionarios e fornecedores no final do mês.
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por JCS » 28/6/2011 14:47

As Euribor continuando a subir e vão ver o estoiro social que vai acontecer neste país...

JCS
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por pepi » 28/6/2011 12:59

PSG, pq n falaste destas coisas antes das eleições:?:

O estranho silvo que faz um pavio a arder
28 Junho2011 | 11:08
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt

Quando a troika aterrou, quis saber: como tem Portugal uma taxa de crédito malparado tão baixa?
Resposta: não tem. Nem terá: não pense só em quem comprou as casas; pense em quem não as vendeu. O tiquetaque ouve-se na construção. E faz eco na banca.

Um país com mais recessão e desemprego com taxas de malparado tão baixas? Um país em que 22% das empresas têm créditos em atraso? Não faz sentido. A não ser que a nossa banca saiba mais do que a dos outros. Pois sabe. Sabe ter contabilidade mais suave. Graças ao Banco de Portugal.

Tem dez mil euros em prestações atrasadas, de uma dívida de que ainda falta pagar 100 mil? Em Portugal, o malparado é de dez mil; em Espanha é de 100 mil. Razão: "diferentes métodos contabilísticos". O espírito de José Sócrates vive.

O segredo andou bem guardado durante anos. Tanto que se pasmava com o elevado grau de provisões que os bancos iam anunciando para cobertura de riscos. O que sabiam eles que não sabíamos nós? O que sabemos a partir desta edição do Negócios: que os bancos anunciavam o melhor enquanto se preparavam para o pior. Que o malparado é muito maior do que se supõe.

Malparado vai passar a ser igual em português e em espanhol: contam não as prestações vencidas mas o capital em dívida.

Este aumento "automático" até parece estar preparado pelas tais provisões exageradamente altas para um malparado exagerado baixo. Feitas as contas, ficaremos tão bem como a Espanha. Ou tão mal. Ou pior. Porque o pior do malparado está para vir. Não apenas porque mais portugueses deverão deixar de pagar as suas prestações de crédito à habitação. Mas porque há outro segredo a estoirar na economia portuguesa. Só que este anda mal guardado: é o sector da construção.

Quando se lançavam estradas, aqui perguntávamos pelo dinheiro. Quando só a CGD financiava, perguntavam: "E depois?". Quando os custos eram gigantes, éramos contra o Interior. A lengalenga perdurou. E ontem as obras do Túnel do Marão, o tal da interioridade, pararam. Falta dinheiro.

Eis a bolha a estoirar. Ontem parou a Somague. Muitas estão em "reestruturação" (eufemismo que, depois da Grécia, já não engana ninguém). A Opway. A Lena. A Edifer. A Tâmega. Além das insolventes: A Novopca; a AM Mesquita. Centenas de pequenas construtoras estão paradas.

Os bancos enchem os leilões de casas. E ainda falta falar da Estradas de Portugal. Mas essa fica para outro editorial. Já tem nome. É "Onde pára Paulo Campos?" Mas esse fica para a semana.

As construtoras estão como os bancos, valem pelo que têm no estrangeiro. Há dias, o Citigroup iniciou a análise da banca portuguesa. Recomendou BES e BPI - pela exposição em África. Em Portugal? O BPN, parece que nem dado. Em vez de um banco de investimento para vender o BPN, o Estado tem de contratar a Remax. Vale pelos balcões. Fica para lojas de retrosaria ou "fast food". Deixa-nos um buraco de dois mil milhões.

O aumento do malparado é um dos problemas que a banca enfrenta. Assim como o da qualidade dos créditos. O assédio de bancos estrangeiros às contas portuguesas. E a exposição a dívidas públicas amaldiçoadas, como a grega. Como a portuguesa. Se fossem hoje calculadas ao valor de mercado, amanhã era preciso capital.

A troika não quer matar, mas salvar a banca. Ajudará a banca portuguesa. Mas é preciso capital. Ora, capital abunda, mas noutras geografias. Como dizia ontem o CEO do Deutsche Bank, o nome do jogo agora é capital. Todos querem aumentar capital. Todos ao mesmo tempo. Quanto virá para Portugal? Até sabemos: 12 mil milhões. E este é do bom: é do Estado.
 
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por psylva79 » 27/6/2011 23:16

Tempos difíceis para o sector da construção e obras públicas.
 
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Somague parou trabalhos no Marão-dificuldades financiamento

por Automech » 27/6/2011 18:49

Somague parou trabalhos no túnel do Marão devido a dificuldades de financiamento

A construtora Somague "recebeu indicações da concessionária para parar os trabalhos" no empreendimento. Sindicato aponta dificuldades de financiamento.
A construtora Somague confirmou ao Negócios que “recebeu indicações da concessionária para parar os trabalhos” no empreendimento.

A Somague Concessões faz parte da concessionária, mas fonte oficial recusou-se a comentar mais este assunto. O presidente do sindicato da construção do Norte disse hoje à TSF que os trabalhos tinham parado por falta de dinheiro.

O Túnel do Marão foi uma das obras mais emblemáticas lançadas pelo anterior Governo, no valor de 350 milhões de euros, para um total de 30 quilómetros entre Amarante e Vila Real.

O consórcio escolhido para obra, Auto-Estradas do Marão, integra a Somague Itinere; MSF Concessões; MSF Empreiteiros, Somague Engenharia, e Itenere, segundo a informação disponibilizada pelo Ministério das Obras Públicas.

O Túnel já tinha sido parado duas vezes devido a providências cautelares da empresa Águas do Marão.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=492741
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