
Só para se saber um niquito mais sobre o que fazem:
Patris quer entrar na Alternext ainda no 1.º semestre Mercados22/02/11, 14:42
OJE/Lusa
A Patris quer estrear-se na Bolsa para as pequenas e médias empresas, a Alternext, no primeiro semestre deste ano, tornando-se a primeira empresa portuguesa a fazê-lo, segundo Gonçalo Pereira Coutinho, presidente da Patris Investimentos.
"Hoje temos um capital social de 7,5 milhões de euros e o objectivo mínimo é passar para 10 milhões de euros", disse o presidente da Patris num encontro com a imprensa.
Além do reforço dos capitais próprios, Gonçalo Pereira Coutinho espera ainda que a entrada em Bolsa permita "fazer operações de fusão com pagamento de acções" já que, na actual conjuntura, o financiamento nos mercados é cada vez mais difícil.
A notoriedade dada à marca Patris pela entrada na Alternext é outro dos motivos para a entrada da empresa em Bolsa.
Caso se concretize a entrada no mercado bolsista para as pequenas e médias empresas, esta é a primeira empresa a fazê-lo apesar de outras marcas já terem falado nessa possibilidade.
Pereira Coutinho justifica a resistência de outras pequenas e médias empresas em entrar em Bolsa com o facto de "os empresários portugueses gostarem de controlar 51% do capital da empresa, o que não acontece nos países anglo-saxónicos e mesmo em Espanha". Além disso, "muitos empresários preferem financiar-se na banca a utilizar capitais próprios, a alteração da conjuntura deveria forçá-los a mudar essa atitude".
Após a entrada na Alternext, a Patris deverá concretizar a operação de fusão com a Iberpartners. "Para já, estamos a negociar os termos de troca", disse Gonçalo Pereira Coutinho.
Em 2011, a Patris está também estudar a possibilidade de duas aquisições no sector financeiro. "Em 2009, adquirimos a Fincor à SLN (Sociedade Lusa de Negócios) e em 2010 a Oceanus. Em condições normais, uma empresa portuguesa não compra uma gestora de fundos de titularização ao Royal Bank of Scotland. Esta é a altura ideal para detectar oportunidades ‘a desconto'", adiantou, acrescentando que já a venda de activos será adiada para "um momento mais oportuno".
A Patris actua na área dos seguros, corretagem e gestão financeira. Este ano a marca quer destacar-se na intermediação financeira já que, segundo Gonçalo Pereira Coutinho, "o mercado está bem servido bancos, seguradoras, mas há uma lacuna no aconselhamento rigoroso, independentemente e orientado para o cliente".
Com o objectivo de aproximar os seus serviços dos clientes, a Patris está a criar uma plataforma na Internet que vai agregar todos os produtos disponibilizados pela empresa, e que deverá estar disponível em Maio.
Além disso, a empresa tem ainda balcões em Lisboa, Porto e Anadia, bem como promotores espalhados pelo País, com o objectivo de chegar aos 100 até final de 2011.
Os resultados consolidados do ano de 2010 da Patris Investimentos serão divulgados em Maio.