
Não deixa de ser curioso, não... Dois dias depois do artigo e dois dias antes do final da campanha...
Um abraço,
Ulisses

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BE quer tributação de jogos on-line
1 de Junho, 2011
por Susete Francisco
Francisco Louçã defendeu hoje a tributação dos «jogos e lotarias on-line», afirmando que se esta medida fosse aplicada «teríamos mais do dobro das receitas fiscais do que aquilo que foi tirado» aos portugueses no corte e diminuição do abono de família.
«Há hoje 700 milhões de euros que escapam à tributação», criticou Louçã, deixando uma farpa a Ferro Rodrigues, cabeça-de-lista do PS em Lisboa, que segundo o líder do BE quer «um parêntesis nas políticas do Estado social».
Louçã falava a meio de uma arruada, na tarde de hoje, em Braga. Desta vez, a iniciativa não deu lugar a muitas conversas. Em vez disso o líder bloquista foi ‘requisitado’ para tirar fotografias e ouviu um eleitor dizer-lhe que gostava de o ver «como ministro» - das Finanças, da Economia ou da Segurança Social.
A arruada em Braga seguiu-se a um almoço no Porto, com independentes da área da cultura e do ensino. No Dia Mundial da Criança, foi aos mais pequenos que Louçã dedicou o discurso. «O país olhará hoje para as suas crianças e talvez se dê conta que há quatro em cada 10 crianças que são pobres. Não se tornaram pobres, não se arriscam a tornar-se pobres, são pobres desde sempre». É aqui que tem de entrar o Estado, defendeu: «A resposta que a sociedade dá no combate contra a pobreza tem de ser um Estado social responsável. Não pode passar pelo corte ao abono de família, pela exclusão de jovens no acesso à Universidade ou pela diminuição da escola pública».
Já Ana Luísa Amaral, professora e poetisa, mandatária do BE pelas listas do Porto, foi taxativa: «Este PS é de direita».
susete.francisco@sol.pt
É que há muito boa gente a perder o que ganhou no ano anterior. E disso não é reembolsado do IRS pago pelo "Certo", que deixou de o ser.
canguru Escreveu:trigger Escreveu:Procurei na internet (http://en.wikipedia.org/wiki/Capital_gains_tax) e ao que parece no Mundo desenvolvido paga-se mais... que os 20%, portanto estamos tramados. Fica a lista resumida de alguns paises desenvolvidos:
Alemanha:
Mais de 25%...
Espanha:
18%
França:
30.1% para residentes (dos quais 12.1% para seg. social).
Se tiver uma conta especial chamada PEA, que tem de ser aberta por pelo menos 5 anos, pode ter até 132.000€, só paga os 12.1%.
Holanda:
Propriedades e poupanças são taxadas a 1.2% como substituto do imposto sobre ganhos capitais. Os dividendos para quem tenha, por exemplo, mais de 5% de uma empresa são taxados a 25%
Itália::
27.5%
Japão:
Há duas modalidades:
- 1,05% sobre todos os movimentos (ganhos e perdas)
- 26% sobre ganhos
Muitos declaram os negócios com ganhos no primeiro método e os negócios com perdas no 2º... baixando a carga de imposto a pagar!
Suécia:
30%
Tudo o que escrevi foi transcrito da wikipedia, poderão haver alguns lapsos. De qualquer forma, em traços gerais, parece que se paga mais
Se assim é lá fora, estou esclarecido e de acordo com a medida que peca por tardia.
O resto é conversa fiada de quem vê os seus 'direitos adquiridos' (entanda-se por "privilégios") tocados, tal qual sentiram os profs, funcionários públicos, militares...
altrio Escreveu:Suponhamos dois contribuintes A e B com um rendimento de 25000€ anuais. A recebe os 25000€ de trabalho dependente e B recebe 20000€ de trabalho dependente+5000€ de mais valias bolsistas.
Consultando o simulador das finanças vê-se que A tem de pagar 4.204,38€ de imposto enquanto B apenas tem de pagar 3.685,42 €.
Isto é verdade, mas apenas significa que mais de 50% dos trabalhadores pagaram demais ao longo do ano... (e não são reembolsados do IRS pago, apenas de uma pequena parte dele)
Ninguém é tributado por ganho/prejuízo incerto. Apenas é tributado pelo certo (o que efectivamente teve durante o ano anterior).
E eu, só demonstrei que, a contrario do que a maioria pensa, a tributação sobre a mais-valias é mais pesada que a tributação sobre o trabalho dependente.
No fim, mais de 50% dos trabalhadores dependentes são reembolsados do IRS pago, aproximadamente 40% dos trabalhadores dependentes não têm nada a pagar nem a receber, e menos de 10 % têm imposto a pagar
Uma coisa é tributar remuneração certa e permanente e outra coisa é tributar ganho/prejuízo incerto.
mtrj Escreveu:
A unica questao e onde entra a seguranca social. Se entrar directamente no IRS como e calculada no apuramento do irs a pagar, entao acho que muitos:
...
Arte-Sacra Escreveu:englishman Escreveu:Não é comparável dado que que um trabalhador dependente não tem perdas de dinheiro (pode é não ganhar como o pretendido) e não vê a possibilidade de o seu dinheiro diminuir correndo elevados riscos de o perder totalmente.
Não apanhaste.
Falamos de diferentes perspectivas.
Não contradigo o que afirmas. Acrescentei mais argumentos.
Relê os meus 3 últimos posts.
Abraço
A unica questao e onde entra a seguranca social. Se entrar directamente no IRS como e calculada no apuramento do irs a pagar, entao acho que muitos:
Se fizermos as contas,
25,000 / 14 meses = 1,786 Euros/mes
5,000 / 14 meses = 357 Euros / mes
1429 Euros liquidos equivalents / mes
hoje em dia, com salario mensal de 1.786 Euros/mes uma pessoa recebe liquido 1,321.64 Euros
englishman Escreveu:Nenhum trabalhador dependente optaria por uma taxa autónoma de 20% sobre o seu rendimento bruto, sem deduções especificas, abatimentos e deduções à colecta.
Que trabalhador dependente estaria disposto a pagar 5000 euros de IRS, sem possibilidade de qualquer reembolso, com um rendimento anual de 25.000 Euros?[/b]
englishman Escreveu:Não é comparável dado que que um trabalhador dependente não tem perdas de dinheiro (pode é não ganhar como o pretendido) e não vê a possibilidade de o seu dinheiro diminuir correndo elevados riscos de o perder totalmente.
Mares Escreveu: custa-me a acreditar que este modelo tenha sustentabilidade.
Mares.
canguru Escreveu:english,
o argumento é uma treta e mesmo que não fosse, na Alemanha ou na Holanda também terias o mesmo dilema.
Procura saber a resposta à pergunta que aqui deixei e talvez fiques ilucidado.canguru Escreveu:Qual é que é o rácio do imposto rendimentos capital / imposto rendimentos do trabalho, em vários países da UE? E em PT?
Arte-Sacra Escreveu:Não querendo dispersar sobre o tema das mais valias, sou totalmente a favor de um sistema simplificado de tributação.
Extinção dos benefícios fiscais e múltiplas deduções, com contrapartida de uma redução da taxa efectiva de tributação.
Não me chocaria uma flat rate de 10% sobre todos os rendimentos sujeitos a IRS. Sem possibilidade de deduções.
Sempre que possível, com taxa liberatória, onde a tributação seria feita na fonte, sem necessidade de futura obrigação declarativa.
Vai levar tempo. Mas lá chegaremos.
Arte-Sacra Escreveu: É que, enquanto os rendimentos de trabalho dependente, estão sujeitos às taxas gerais, após subtracção da dedução específica da categoria A (4104 Euros), muito superior ao benefício fiscal da mais-valia (500 euros).
Sendo que, para efeitos de cálculo da taxa geral a aplicar aos rendimentos de trabalho, divide-se o rendimento colectável do trabalho pelo quociente 2, o que beneficia o trabalhador dependente numa taxa geral inferior.
O rendimento de trabalho dependente ainda pode beneficiar dos múltiplos abatimentos e deduções à colecta mencionados nos Código do IRS (vide http://www.pwc.com/pt/pt/guia-fiscal-20 ... coes.jhtml ).
No fim, mais de 50% dos trabalhadores dependentes são reembolsados do IRS pago, aproximadamente 40% dos trabalhadores dependentes não têm nada a pagar nem a receber, e menos de 10 % têm imposto a pagar (vide relatório da DGCI in http://info.portaldasfinancas.gov.pt/NR ... /0/IRS.pdf )
A tributação efectiva sobre os rendimentos de trabalho dependente, é na verdade bem inferior a 10%.
[b]Isto é, o IRS dos trabalhadores dependentes, liquidado e não reembolsado pelo Estado, é na verdade inferior a 10% do rendimento bruto auferido no ano.
Nenhum trabalhador dependente optaria por uma taxa autónoma de 20% sobre o seu rendimento bruto, sem deduções especificas, abatimentos e deduções à colecta.
altrio Escreveu:Não, claro que não é. As mais valias podem ser sempre englobadas e taxadas à mesma taxa do trabalho dependente. Portanto a taxa das mais valias é sempre menor ou igual à do rendimento.
canguru Escreveu:Em PT gosta-se muito de reinventar a roda.
Qual é que é o rácio do imposto rendimentos capital / imposto rendimentos do trabalho, em vários países da UE? E em PT?
Se o rácio está longe de convergir com o resto da UE (como presumo que ainda está) é fazer para convergir.
Tudo o resto é conversa.
bEMdISPOSTO Escreveu:PERGUNTA: Com tanta actividade ilegal, chegaram a prender este tipo?
Atomez Escreveu:radiohead Escreveu:Nos dois segundos casos [prostituição e droga] sao actividades ilegais. Acho uma pessima ideia legalizar actividades com o unico proposito de aumentar a gula confiscatoria do Estado. Isto nao discutindo as questoes no aspecto moral.
Com certeza, pois claro. Os traficantes agradecem encarecidamente.
ASSIM SENDO A TRIBUTAÇÃO SOBRE AS MAIS-VALIAS É MUITO SUPERIOR À TRIBUTAÇÃO DO RENDIMENTO DO TRABALHADOR DEPENDENTE.